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Agora a gente vai brincar?

Para a criança, brincadeira é coisa muito séria. O brincar pode influenciar seu desenvolvimento cognitivo, sua capacidade de construção...

Publicado em 07/11/2014

Atualizado às 14:59 de 13/08/2017

Para a criança, brincadeira é coisa muito séria. O brincar pode influenciar seu desenvolvimento cognitivo, sua capacidade de construção de significados e sua compreensão afetiva. Trata-se de uma das primeiras ferramentas de relacionamento dos pequenos não só consigo mesmos, mas também com o outro e com o mundo.

Como dar mais atenção a essa atividade tão importante na vida de uma criança, como pensá-la de forma mais ampla, não restrita às horas de lazer? Esse desafio para educadores do ensino formal e não formal tem sido enfrentado com diversas estratégias, que lidam com conteúdos e conceitos de forma mais lúdica e atrativa – por meio de jogos, brincadeiras, propostas investigativas, dinâmicas, experiências e vivências.

Uma proposta nesse sentido é a contação de história em que se usa um baralho com ilustrações ou texto, de acordo com o nível de alfabetização dos alunos. Nessa brincadeira cada criança retira uma carta e conta uma história a partir do que está representado nela. As demais crianças têm de continuar, em diálogo também com as cartas que retirarem. Além de muito divertido, esse jogo desenvolve capacidades cognitivas, como interpretação de imagens e textos, ampliação de repertório visual, leitura e fala, além – e incentiva o uso da imaginação.

A equipe de educadores do Itaú Cultural desenvolveu um baralho para contação de histórias baseado na Ocupação Antonio Nóbrega. Acesse aqui.

Existem diversos pensadores que pesquisam a importância da brincadeira nas dimensões pedagógicas e culturais. Tizuko Morchida Kishimoto, livre-docente em educação, diz em O Jogo e a Educação Infantil: “O brincar faz parte do nosso cotidiano e é uma necessidade do ser humano, independente de suas crenças, idade e nível social”.

Já o artista visual Gandhy Piorski, em entrevista ao site A Brinquedoteca, afirma que “a criança é o brinquedo e se descobre brincada pelo imaginar. Coisa esta, este imaginar, que vem de longe e brota nos homens, ainda crianças, com tanto vigor que faz do mundo, uma verdadeira ‘oficina de desmanchar a natureza’ (como diria Manoel de Barros)”.

Você já pensou nos possíveis caminhos do brincar em sua prática educativa e no seu cotidiano? Nessa descoberta de meios para inserir o lúdico no contexto educativo talvez o mais importante seja estar à vontade com as propostas e nos deixarmos tornar um pouco crianças durante o processo. Experimente!

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