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Direto do Arquivo – O Efêmero na Arte Brasileira: Anos 60/70

Saiba mais sobre Artur Barrio e sobre a exposição O Efêmero na Arte Brasileira

Publicado em 17/10/2017

Atualizado às 17:45 de 16/08/2022

A exposição O Efêmero na Arte Brasileira: Anos 60/70 foi realizada no Itaú Cultural em 1994. A proposta era resgatar uma significativa produção artística de vanguarda do final da década de 1960 e começo dos anos 1970, período de questionamentos e tendências que culminaram com grandes mudanças na arte contemporânea. Novos processos e novos conceitos emergiram dessa fase e importantes artistas brasileiros surgiram para o mundo. Eram eles que estavam na mostra: Artur Barrio, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Nelson Leirner e Cildo Meireles, entre outros.

Uma das exposições internacionais mais importantes do período, intitulada Summer 70 – Information, foi realizada no Museu de Arte de Nova York e reuniu, além do catálogo, filmes e produtos audiovisuais. Participaram com destaque quatro importantes artistas brasileiros: Cildo Meirelles, Artur Barrio, Guilherme Vaz e Hélio Oiticica.

A exposição deu ênfase à chamada arte conceitual, termo muito explorado e que se tornou abrangente no mundo das artes. Para Rolf Wedewer, importante curador da época, “a arte conceitual impõe uma reconstrução mental e uma participação ativa” [ela] “não indica somente ao artista mas também ao observador uma nova atitude”.

Apostando nessa abordagem conceitual, a exposição do Itaú Cultural teve como um dos grandes destaques o artista Artur Barrio, com Trouxas Ensanguentadas, de 1970. Formada por 14 trouxas com carne, ossos e sangue deixados em um rio em Belo Horizonte (MG), a obra conceitual fez parte da exposição Do Corpo à Terra, realizada em 1970, na capital mineira. O trabalho tinha forte apelo político, já que versava sobre assassinatos cometidos pelo regime militar e por grupos de extermínio.

A documentação dessa ação, por meio de filmes gravados em super-8, fotografias, cadernos e livros do artista, se tornou parte do trabalho de Barrio e compôs a mostra do Itaú Cultural, em 1994. O artista destacou: “Reneguei as categorias de arte em função de uma maior abertura e consequentemente possibilidade de ação, inclusive a denominação ‘obra de arte’, envolta em pompa bastante duvidosa. Refiro-me ao que faço apenas como trabalhos”.

Saiba mais sobre Artur Barrio e sobre a exposição O Efêmero na Arte Brasileira: Anos 60/70 na Enciclopédia Itaú Cultural.

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