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Gabriel Nobrega e Banda Silibrina

Músicos apresentam show instrumental inédito

Publicado em 29/04/2016

Atualizado às 10:23 de 03/08/2018

O músico Gabriel Nobrega sobe ao palco do Auditório Ibirapuera, ao lado da banda Silibrinaformada por Jabes Felipe (bateria), Ricardinho Paraíso (baixo), Raphael Braga (guitarra), Bruno Belasco (trompete), Anderson Quevedo (saxofone) e Luciano Fagundes (percussão) –, para um show instrumental inédito, repleto de brasilidade, presença jazzística e improvisos.

No repertório da apresentação estão nove composições autorais de Gabriel, que vão da MPB ao jazz, passando por frevo, maracatu, pop e baião. Segundo ele, é difícil categorizar o som da Silibrina. “Tem uma sonoridade brasileira que vem naturalmente, mas ela é recriada com a influência das músicas que nós escutamos, que não são exclusivamente do Brasil”, diz. “A nossa proposta é incorporar a música instrumental no cotidiano de quem gosta de ouvir música.”

O septeto promete mostrar ainda alguns improvisos em diferentes momentos do espetáculo. “Nós tentamos trazer essa versatilidade, essa fluência na música e esse caráter espontâneo [...] Quase como um refresco no tema”, explica o compositor da banda. “O clima musical se mantém e o improvisador obedece, mas varia esse tema de acordo com ‘o que tem na cabeça’.”

Filho do multi-instrumentista Antônio Nobrega, Gabriel acompanhou o pai em shows e turnês, como baterista e percussionista, dos 10 aos 22 anos de idade. Cursou composição e regência na faculdade (onde conheceu Anderson, futuro saxofonista da Silibrina), mas em paralelo produzia filmes de animação em um estúdio caseiro. “Eu levava a música profissionalmente [...] Mas fazia ‘no quintal de casa’ as minhas coisas com animação”, relembra. “Por volta dos 18 anos, eu abri uma empresa [...] Isso começou a dar certo e, em dado momento, eu tive de escolher entre a música e a animação. E abandonei a carreira musical de um dia para o outro.”

O então diretor de animação ficou completamente distante da música por dez anos. “Só que foi começando a bater uma saudade. Eu voltei a compor, a estudar piano”, diz Gabriel. “Inicialmente, as músicas que eu compunha eram todas para trio. Era uma coisa pequena [...] Até que percebi que precisava ser algo maior do que um trio [...] E a banda passou de três para sete integrantes”, explica. “As músicas são as mesmas que eu tinha composto para trio, mas elas mudaram porque não basta adicionar os instrumentos – os arranjos mudam também.”

Com as composições prontas, Gabriel decidiu transformá-las em um projeto musical e passou a entrar em contato com músicos para formar a Silibrina. “O Anderson foi a primeira pessoa que contatei e a quem mostrei o som. Ele se empolgou, eu chamei um guitarrista, que chamou o baterista, que chamou o baixista”, explica. “Configuramos a banda e decidimos fazer um show.” A Silibrina conta com músicos de referências diversas, vindos de diferentes regiões do Brasil e atuantes na cena musical. “Eu e o Ricardinho somos pernambucanos”, diz Gabriel. “O Luciano é de Curitiba, o Bruno é de Guarulhos e o Anderson é de São Paulo também.”

Perguntado sobre a escolha do nome Silibrina, o compositor explica que demorou um ano e meio procurando por ele, até que a namorada o sugeriu. “Quando fui pesquisá-lo, comecei a achar uma série de coincidências. Uma delas é que ‘silibrina’ é a comemoração da chegada das festas juninas”, diz. “Tem uma expressão muito comum em Recife para falar que um cara é bom: ‘Fulano é o raio da silibrina’. Outra coisa é o fato de ser uma festa regada a dança, música, muito som. O caráter festivo brasileiro está todo ali, na silibrina.”

A respeito do trabalho como diretor de animação, Gabriel Nobrega afirma que não o abandonou e que a carreira vai muito bem. Entre vários prêmios, o curta Guerra ao Drugo, dirigido por ele, conquistou Leão de Ouro no Festival de Cannes no ano passado. “A minha ideia não é cometer o erro que cometi com a música [ao abandoná-la para se dedicar à animação]”, diz. “Eu quero uma união, tentando fazer a trilha dos filmes ou as animações para as músicas. Eu acho que este é o objetivo: pensar uma coisa conjunta, uma criação artística multimídia.”

Gabriel Nobrega e Banda Silibrina
sábado 14 de maio
às 21h
duração: 60 min (aproximadamente)

ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)

[livre para todos os públicos]

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Ingresso Rápido, pelo telefone 11 4003 12 12 ou na bilheteria do Auditório:

Horários de funcionamento
sexta e sábado das 13h às 22h
domingo das 13h às 20h

 

 

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