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Mostra Rumos

Exposição, debates e espetáculos com os selecionados da mais recente edição do principal programa de incentivo à cultura do Itaú Cultural

Publicado em 13/08/2015

Atualizado às 10:14 de 03/08/2018

Literatura, música, artes visuais, artes cênicas, gastronomia – a multiplicidade dos caminhos da cultura compõe a Mostra Rumos, que acontece de 27 de agosto a 25 de outubro, no Itaú Cultural, em São Paulo. O evento reúne parte dos selecionados da edição mais recente do principal programa de incentivo à cultura do instituto. Exposição, debates, seminários, workshops e espetáculos marcam a programação.

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São expostos na Mostra Rumos 20 trabalhos. Registros de performance, projetos audiovisuais, obras ligadas às artes visuais e à arte e tecnologia estarão nos pisos 1 e -1, com exceção de Tudo Está Relacionado, de André Penteado, exibida fora do instituto. Apresentações de artes cênicas serão realizadas no piso -2. Clique nos links abaixo para ler as reportagens sobre cada um dos projetos no blog do Rumos. Para mais informações, acesse também a aba Programação.

As performances são Precisa-se do Presente, de Berna Reale, vídeo em que a artista visita os Brics – grupo de países em desenvolvimento formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul; e Jardim de Passagem, de Teresa Siewerdt, registro de uma intervenção na qual, a cada ponto, um ônibus era preenchido de plantas.

Quanto ao audiovisual, são três trabalhos. O documentário Rua Fulano de Tal, de Caroline Neumann – curta-metragem também apresentado como uma instalação fotográfica –, fala sobre pertencer a onde se mora. Já o documentário Homenagem a Matta-Clark, de Pedro Urano e Joana Traub Csekö, trata do artista visual Gordon Matta-Clark, que trabalha com a dissolução das construções urbanas, vistas como fixas, mas que podem ser, como ele quer mostrar, espaços mutáveis, transformáveis. João Angelini, por sua vez, com Experimentos em Animação, apresenta o resultado de pesquisas sobre essa técnica cinematográfica.

Além disso, duas das instalações apresentadas são próximas ao audiovisual. Moviola, de Marcio Ambrosio, permite ao visitante criar narrativas a partir de sequências animadas predefinidas. Já Psicose, de Gisela Motta e Leandro Lima, reconstrói o filme homônimo de Alfred Hitchcock a partir de bancos de mídia diversos.

Há ainda outras quatro instalações. TranS(obre)por, de Marcelo Armani, em uma obra que mistura escultura, desenho e fotografia, ressignifica a paisagem sonora urbana no espaço expositivo. Outra obra dedicada ao som, Voz/Voice, de Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, torna visível o movimento das vozes dos visitantes da mostra. O Corte, de Cecilia Cipriano, recupera os destroços de uma residência antes erguida no Morro da Providência, favela do Rio de Janeiro, com a proposta de relembrar e valorizar os moradores da região. Enfim, Tudo Está Relacionado, de André Penteado, montada em um imóvel no bairro paulistano de Perdizes que ficará aberto ao público por duas semanas, é uma tentativa de criar diálogos entre os arquivos fotográficos familiar, profissional e artístico do autor.

Também relacionado às artes visuais, O Cais da Última Utopia, de Pedro França, explora composições em que a mescla de materiais gera resultados imprevisíveis e não permite dar mais importância a um ponto da imagem do que a outro.

Por fim, três projetos mais ligados à tecnologia: Huni Kuin: os Caminhos da Jiboia, de Guilherme Pinho Meneses, game inspirado na cultura e na religião do povo caxinauá; Patrimônio Azulejar em Belém/PA – Narrativa Multimídia em Realidade Aumentada por Dispositivos Móveis, de Mariana Sampaio e Bianchi Serique Meinguins, aplicativo com informações e recurso de realidade aumentada sobre localidades históricas da capital paraense; e Tocada, de Filipe Calegario, instrumento eletrônico, customizável pelo usuário, com o objetivo de oferecer novas formas de criar música.

Espetáculos

São cinco espetáculos, apresentados no piso -2. Em agosto, de 27 a 29 às 21h e no dia 30 às 19h, 6 Modelos para Jogar, dos diretores Dani Lima, Alex Cassal, Denise Stutz, Cristian Duarte e Márcio Abreu, reúne esses artistas de formações distintas em uma peça inspirada na literatura do argentino Julio Cortázar. Em setembro, de 3 a 5 às 21h e no dia 6 às 19h, Bonecas Quebradas, com atuação de Lígia Tourinho, Luciana Mitkiewicz e Isa Kopelman, encenação de Verônica Fabrini, consultoria técnica de Ileana Diéguez, cenografia de Rodrigo Cohen e dramaturgia de João das Neves, põe em cena os assassinatos de mulheres ocorridos no México na década de 1990. A discussão trazida pelo espetáculo será ampliada em dois eventos. O encontro Feminicídio: um Cenário de Corpos Quebrados ocorre nos dias 1 e 2 de setembro, com duas mesas: Feminicídio no México e no Brasil: Patriarcado, Capitalismo e Globalização, no dia 1, às 19h, sobre essas questões de gênero e sociedade, com participação de Rita Laura Segato e Luiza Nagib Eluf e mediação de Margareth Rago; e Artivismos em Cena – Um Cenário de Corpos Quebrados, no dia 2, às 19h, discute as dificuldades de levar a questão do feminicídio ao teatro, com Ileana Diéguez, Verônica Fabrini e o dramaturgo João das Neves, também selecionado no Rumos, além da mediação de Lígia Tourinho e Luciana Mitkiewicz. Nos mesmos dias, 1 e 2, o curso Necroteatro y Cuerpos Rotos. Mirar y Pensar la Violência, com a professora Ileana, investiga a experiência da violência e suas relações com a arte, das 10h30 às 13h.

Depois, em outubro, de 1 a 3 às 21h e no dia 4 às 19h, Acampamento Provisório I, da Cia. Teatral Ueinzz, promove uma zona de experimentação cênica marcada pela pedagogia de Fernand Deligny. De 8 a 10 às 21h e no dia 11 às 19h, do projeto Guerrilheiras, de Gabriela Carneiro da Cunha, conta a história das 12 mulheres que morreram na Guerrilha do Araguaia. Por fim, de 22 a 24 de outubro às 21h e no dia 25 às 19h, Dança que Ninguém Quer Ver, da Gira Dança, comemora os 10 anos da companhia com uma peça que mapeia sua própria personalidade.

Conversas e oficinas

Com a presença dos selecionados Rumos 2013-2014 e de outros convidados, no piso -2 também acontecem debates, seminários e oficinas sobre temáticas transversais a essa edição do programa. Nos links abaixo, veja informações detalhadas.

Os seminários se dividem nos temas Memória e Corpo. A primeira linha aborda censura, registro e difusão de práticas tradicionais e restauro e digitalização de acervos, em 2 e 3 de setembro, com quatro mesas. A segunda abrange dança, transexualidade e anorexia, com conversas e workshops, nos dias 10 e 11 de setembro. Confira os horários e os temas específicos nas matérias linkadas.

Os debates incluem ainda, em setembro e às 17h, as mesas Editais – no dia 1º, sobre os modelos de apoio à arte no Brasil, com Maria Tendlau, Pena Schmidt e Chico Pelúcio; Deslocamentos – no dia 4, encontro dos contemplados no Rumos que têm como premissa o movimento entre pontos geográficos, culturas e percepções da arte, com Michelle Sommer, do projeto Práticas Contemporâneas da Teoria do Mover-se, Levy Mota, de Sete Estrelas do Grande Carro, e Fábio Alcamino, de Paralelo 34; e Cidades – no dia 8, sobre ressignificação do espaço público, com o grupo Esparrama, criadores do Janelas do Minhocão, e membros do Jardim Canadá Centro de Arte e Tecnologia (JA.CA).

Vinculadas ao espaço e à cultura urbana, ocorrem três ações. O Hip Hop Cozinha, programa de web TV sobre gastronomia, realiza uma edição especial no dia 9 de setembro, às 19h, com as responsáveis pelo Festival Comida de Favela. Já em 17 de setembro, às 19h, o Sarau do Binho traz ao instituto literatura e música. Por fim, em 24 de outubro, às 17h, há o lançamento do livro Ações, de Eleonora Fabião, com imagens e textos ao redor de performance, estética e política.

As oficinas concluem as atrações. De 23 a 25 de setembro, das 13h30 às 17h30, membros da Escola de Cinema Olhares da Maré (Ecom) falam sobre linguagem e modos de ver e representar, e orientam, a partir das discussões, os participantes na produção de um webdocumentário. Nos dias 13 e 14 de outubro, das 17h às 19h, Marcelo Armani ministra Ambiente Aberto – Notas sobre Som e Ruído, uma conversa sobre arte sonora, com exercícios de escuta e instruções técnicas.

Veja toda a lista de forma mais sintética na aba Programação. Saiba mais sobre o Rumos aqui.

Mostra Rumos
de 27 de agosto a 25 de outubro de 2015

Exposição nos pisos 1 e -1
terça a sexta 9h às 20h [permanência até as 20h30]
sábado, domingo e feriado 11h às 20h

Gratuito

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