Êta programa que eu gosto!

No ar por mais de 30 anos, o Viola, Minha Viola (TV Cultura) estreou em abril de 1980, apresentado então pelo radialista Moraes Sarmento e pelo compositor Nonô Basílio. Em agosto do mesmo ano, Inezita foi convidada para dividir o palco com Moraes, em uma parceria que durou até a morte dele, em 1998. O programa tinha como principal objetivo dar espaço à música caipira e folclórica, com 35 episódios inéditos por ano, em média. Os convidados eram cuidadosamente escolhidos, equilibrados entre artistas recentes que mereciam destaque e cantores com carreira consolidada e já queridos pelo público, como As Galvão, Liu & Léu, Renato Teixeira e Almir Sater.

No palco do Viola, Minha Viola, o respeito pela essência da música caipira era um aspecto de extrema importância para Inezita, que exigia dos convidados a preferência pelos instrumentos acústicos, distantes do recente cenário do sertanejo. Ainda hoje, dois anos após a morte da apresentadora, são entregues discos em seu nome na emissora, tamanha foi a repercussão do seu trabalho.

A plateia presente nas gravações era composta de um público fiel, que não só comparecia assiduamente, como também mantinha uma relação de muito carinho com Inezita. A rotina do programa incluía tempo dedicado a receber esses fãs, que com frequência levavam presentes para a cantora.

 

Inezita esteve à frente do programa Viola, Minha Viola por quase 35 anos. Nesse período, desenvolveu uma relação de afeto com o público formado por fãs assíduos das gravações | foto: acervo pessoal

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Inezita Barroso, a vida [capítulo: Êta programa que eu gosto]

Por Paulo Freire*

*Curador da Ocupação Inezita Barroso, Paulo Freire conta aqui a história de uma vida. Uma vida de 90 anos, muitas músicas e muitos “causos”. Dividida em seis capítulos (A menina, A família, A artista, A pesquisadora, Eta programa que eu gosto e Um legado), essa história se espalha pelas seções do site. Um passeio pela vida e pela obra daquela que é uma das artistas mais importantes da cultura popular brasileira. 

Em 1980, Inezita estreou na TV Cultura o programa Viola, Minha Viola, com apresentação de Moraes Sarmento e Nonô Basílio. Depois de participar como cantora convidada, ela foi chamada para dividir o comando do programa com Sarmento. No mesmo ano, passou a apresentar sozinha o Viola.

Viola, Minha Viola é o programa mais antigo da TV brasileira. Está há 37 anos no ar! Como se explica que, passados mais de dois anos do falecimento de sua apresentadora, o programa continue existindo com suas reprises? O que Inezita atinge dentro das pessoas para que elas se mantenham fiéis? Se olharmos em perspectiva estes 37 anos do Viola, com a indústria cultural passando por tantos modismos e com tantos interesses comerciais envolvidos, fica evidente que Inezita Barroso liderou uma invencível trincheira da cultura popular brasileira em nossos meios de comunicação. Uma quantidade enorme de artistas e grupos musicais nasceu e se firmou através de seu programa, responsável pela maior audiência da TV Cultura.

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Aloisio Milani foi roteirista e produtor musical do Viola, Minha Viola de 2008 a 2015 | foto: Jair Magri/Cedoc TV Cultura

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Roteiro

Roteiro do Viola, Minha Viola em que Inezita Barroso estreou como apresentadora oficial, ao lado de Moraes Sarmento. Apesar de a estreia ter acontecido em 1981, desde o ano anterior ela já fazia frequentes participações apresentando o programa | material cedido pela TV Cultura

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Êta programa que eu gosto!

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Convidada do programa

Imagens cedidas pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) para a Ocupação Inezita Barroso

Inezita Barroso como convidada do Viola, Minha Viola

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As Galvão se apresentam no Viola, Minha Viola

Imagens cedidas pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) para a Ocupação Inezita Barroso

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Inezita ficou no comando do Viola, Minha Viola por mais de três décadas | foto: Cedoc TV Cultura

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Jair Rodrigues

Imagens cedidas pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) para a Ocupação Inezita Barroso

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Roda de violeiras

Imagens cedidas pela Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) para a Ocupação Inezita Barroso