Entre longas e curtas

A carreira cinematográfica da atriz teve início em 1964 com Imitando o Sol, sob direção de Geraldo Vietri, e com Rei Pelé, de Carlos Christensen. Sobre essa nova experiência Laura contou: “Como vinha do teatro, comecei como se estivesse num palco e precisei acostumar-me a reduzir as expressões para atuar num espaço mais apertado. Para isso, claro, ouvir os diretores foi fundamental”.

Desde então participou de mais de 30 produções, entre longas e curtas-metragens. Terra Estrangeira, dirigido por Walter Salles e Daniela Thomas em 1995, é considerado por ela um dos melhores filmes de sua vida.

Laura é também conhecida por sua generosidade e atenção para com todos, como quando recebe propostas para trabalhar em curtas-metragens: “Muita gente me liga para propor trabalhos, às vezes até estudantes. E, quando me enviam algum material, sempre leio e avalio. Já recebi projetos absurdamente ruins, mas é uma satisfação pegar um texto bom”. Alguns trabalhos destacados por ela nessa área são Morte, de José Roberto Torero, No Bar, de Ton Stringhini e Paulo de Tarso Mendonça (ambos de 2002), e Clarita, de Theresa Jessouroun, de 2007.

"Fico grata quando alguns autores me escolhem para personificar sua criação; vaidosa, porque eles só o fazem depois de gostar de algum trabalho anterior. A satisfação foi enorme todas as vezes que isso aconteceu: com o Soffredini, na peça Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu, e com o Miguel Falabella, em Todo Mundo Sabe, que Todo Mundo Sabe. Na década de 1950, numa iniciativa de Assis-Chateaubriand, foi ao ar a Tupi-Difusora de São Paulo."

Trecho retirado do livro Laura Cardoso: Contadora de Histórias (2010)

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Seção de vídeo

Cinema

A atriz Laura Cardoso exprime sua gratidão e alegria pelas personagens que já pôde interpretar; o trabalho para o cinema é destaque neste vídeo. A cineasta Thereza Jessouroum fala sobre o papel de Laura em seu curta Clarita e sobre sua sensibilidade e talento em interpretar uma mulher com alzheimer nesse projeto. A atriz e cineasta Carla Camurati, que dirigiu Laura no filme Copacabana, comenta o timing e humor da atriz ao fazer comédia e o prazer que é trabalhar com ela.

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Laura nas telas

      • 1964 Laura Cardoso estreia no cinema em Imitando o Sol, de Geraldo Vietri
      • 1976 Já Não se Faz Amor como Antigamente, com direção de Anselmo Duarte e John Herbert
      • 1980 Ariella, adaptação do livro A Paranoica, de Cassandra Rios, com direção de John Herbert
      • 1982 Uma Casala de Três, sob a direção de Adriano Stuart
      • 1987 Quincas Borba, sob direção Roberto Santos
      • 1995 Terra Estrangeira, sob a direção de Walter Salles e Daniela Thomas
      • 2000-2010 Os anos 2000 se iniciam com projetos marcantes: o filme Através da Janela (2000), dirigido por Tata Amaral, rendeu a Laura Cardoso o Prêmio Lente de Cristal de Melhor Atriz no Festival de Cinema Brasileiro de Miami. As participações no cinema assinalam a década, como Copacabana (2001), de Carla Camuratti, Fica Comigo Esta Noite (2006), de João Falcão, Muito Gelo e Dois Dedos D’Água (2006), de Daniel Filho, e A Casa da Mãe Joana (2008), de Hugo Carvana. Os curtasmetragens também entram para o currículo da atriz: Morte, de José Roberto Torero, e No Bar, de Paulo Tarso Mendonça e Cleiton Strinchini, ambos de 2002, e Clarita, de Theresa Jessouroun (2007).

 

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Personagens

A atriz Laura Cardoso comenta sua relação com suas personagens. O crítico de teatro José Cetra Filho, a atriz Miriam Mehler, sua concunhada Odete Assumpção, a atriz Etty Fraser, o autor e diretor de teatro Odilon Wagner e o ator Lima Duarte falam sobre a formação de Laura e sobre como ela constrói personagens para veículos distintos, rádio, TV, cinema e teatro. Comentam ainda seu talento em interpretar facetas tão diversificadas e sua capacidade de imersão.