Tropicália

Tropicália

A felicidade guerreira do Oswald, para mim, é o estado de luta que não é o estado de extermínio do outro. É um estado de tentativa de criação de uma possibilidade de entendimento dos contrários. O gostoso da vida está nisso, ter tesão pelo adversário, e querer comer o inimigo, e querer ser devorado pelo inimigo, e querer que nasça uma terceira coisa disso. 

Zé Celso

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O Rei da Vela

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O Rei da Vela

Em 1967, com O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, o Oficina alcança grande notoriedade, dando impulso a um movimento estético coeso e de grande abrangência. Glauber Rocha e o cinema. Rogério Duprat, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé na música. Hélio Oiticica. E, no teatro, Zé Celso e o Oficina participando ativamente desse diálogo transformador da cultura nacional.

Zé Celso

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Cena de Gracias, Señor

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Oficina Uzyna Uzona

Os novos rumos do Oficina se materializam em 1971, com Gracias, Señor, obra de criação coletiva que faz emergir o Oficina Uzyna Uzona.

Zé Celso

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Cena de Gracias, Señor

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Radicalização de linguagem

A radicalização de linguagem proposta em Gracias, Señor possui contornos vivenciais, aprofundados na encenação seguinte, uma recriação autobiográfica de As Três Irmãs, 1972, de Anton Tchekhov.

Zé Celso

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Cena de Gracias, Señor

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Na Selva das Cidades

As montagens de Galileu Galilei, 1968, e Na Selva das Cidades, 1969, ambas de Bertolt Brecht

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Na Selva das Cidades

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O coro

Em Roda Viva o coro ocupava o espaço todo e se comunicava fisicamente, tocava a plateia. Foi aí que começou. Quem fez Roda Viva foram os meninos que vieram fazer o teste para interpretar o coro. Eles trouxeram para a peça o espírito de 68. Tudo o que aconteceu em 1968 é decisivo para a recuperação da memória.

Zé Celso

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Roda Viva

A multidão jovem invade o palco. Toma em coro toda a sala. Traz a rua. Cria o ritual musical profanador, transformador do tabu em totem.

O comando da caça aos comunistas assiste setenta e duas vezes à peça. Faz um plano de ataque estratégico militar. Em poucos minutos, destrói o equipamento do teatro. Bate nos corpos dos atores, reivindica sua ação por um panfleto. O público de todas as classes dobra no dia seguinte. Cria uma rede de segurança, com paus, pedras e até metralhadoras nos camarins, defendendo o direito de trazer o teatro da multidão em êxtase profano, derretendo o cenário imposto desde Anchieta ao teatro brasileiro. É o ponto culminante. O ponto X das revoluções do teatro brasileiro.

Faz dezesseis anos que esse teatro, essas pesquisas estão proibidas. Duas vezes de tempo que proibiram Galileu de pesquisar o sol, trauma que machuca o teatro brasileiro até hoje. Menos pela porrada, do que pelo que esconde da qualidade da produção estética dessa encenação da roda viva.

Zé Celso