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RELEASE PROGRAMAÇÃO
Leituras dramáticas de peças, performances e programação para as crianças integram a Ocupação Abdias Nascimento
O Itaú Cultural programa uma série de atividades no instituto e algumas realizadas
em outros pontos da cidade, além exposição, do site e da publicação voltadas para o homenageado nesta Ocupação, são as leituras dramáticas de peças encenadas pelo Teatro Experimental Negro (TEN), que acontecem também em CDRs de Cidade Tiradentes, Vila Maria e Jabaquara
A programação da Ocupação Abdias Nascimento, começa no dia 17, com a abertura da mostra para o público. Na Conferência Performática – Uma ação Cartográfica Dia nacional da Consciência Negra, o Dj e pesquisador Eugênio Lima, curador e mediador da conferência, convida o público a fazer uma reflexão sobre o pensamento de Abdias do Nascimento a partir do momento atual. A ação tem participação do professor e ativista Douglas Belchior e da atriz Roberta Estrela D’Alva.
Muitas atividades que dialogam com a exposição, seguirão acontecendo até janeiro de 2017. São performances, leituras dramáticas de peças encenadas pelo Teatro Experimental Negro (TEN) – do próprio Abdias e de outros autores – na Sala Itaú Cultural, no Auditório da Secretaria Municipal de Igualdade Racial (SMPIR) e nos CDRs de Cidade Tiradentes, Vila Maria e Jabaquara.
Em dezembro, a programação integra a série Fim de Semana em Família, do Itaú Cultural, com uma oficina de Adinkra com o Coletivo Manifesto Crespo e a apresentação do espetáculo A Casa de Irene, com o Grupo Teatral Saga. No mesmo mês, é lançado o número 39 da série Cadernos Negros, idealizada por Abdias, e relançado o livro O Genocídio do Negro Brasileiro (Ed. Perspectiva), também assinado por ele.
PROGRAMAÇÃO:
Performances
17 de novembro (quinta-feira), às 18h
Conferência Performática – Uma ação Cartográfica
Dia nacional da Consciência Negra
O Dj e pesquisador Eugênio Lima, curador e mediador da conferência, faz uma reflexão no piso 1M sobre pensamento de Abdias do Nascimento a partir do momento atual construindo um diálogo com público a partir de um processo transversal, que une arte, reflexão, pedagogia e política. A ação tem participação do professor e ativista Douglas Belchior e a atriz Roberta Estrela D’Alva e conecta as partes, mas também existe em si, como um espaço aberto onde tempo histórico, território, língua, ou nacionalidade, tem as suas fronteiras suprimidas. O mapa nunca se fecha, sempre aponta para outro lugar, que não está contido nele próprio. Cada parte é um mosaico, que por sua vez, em conjunto, forma um novo desenho, uma nova cartografia da diáspora do pensamento de Abdias Nascimento.
Itaú Cultural – 1M (espaço expositivo)
14 de janeiro (sábado), às 17h
Conferência Performática – Uma ação Cartográfica
O genocídio do negro brasileiro
O Dj e pesquisador Eugênio Lima, curador e mediador da conferência, faz uma reflexão no piso 1M sobre pensamento de Abdias do Nascimento a partir do momento atual construindo um diálogo com público a partir de um processo transversal, que une arte, reflexão, pedagogia e política. A ação tem participação da pesquisadora na área de filosofia política, feminista e secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo Djamila Ribeiro, a atriz Naruna Costa e conecta as partes, mas também existe em si, como um espaço aberto onde tempo histórico, território, língua, ou nacionalidade, tem as suas fronteiras suprimidas. O mapa nunca se fecha, sempre aponta para outro lugar, que não está contido nele próprio. Cada parte é um mosaico, que por sua vez, em conjunto, forma um novo desenho, uma nova cartografia da diáspora do pensamento de Abdias Nascimento.
Itaú Cultural – 1M (espaço expositivo)
29 de novembro, 7 e 13 de dezembro (terças-feiras e quarta-feira), sempre às 19h
Compilação de uma utopia possível!
Compilação de textos políticos de Abdias Nascimento
Com Ângelo Flávio da Cia Teatral Abdias do Nascimento (CAN)
Itaú Cultural – 1M
Leituras dramáticas de textos encenados pelo TEN
18 de novembro (sexta-feira), às 15h
Imperador Jones, de Eugene O'Neill
Com Grupo Em Legítima Defesa
Direção de Eugênio Lima
CDR Cidade Tiradentes
19 e 20 de novembro (sábado, 20h e domingo, 19h)
Imperador Jones, de Eugene O'Neill
Com Grupo Em Legítima Defesa
Direção de Eugênio Lima
Com bate papo sobre o texto com a multiartista Leda Maria Martins, que atua na área
de cênicas com artistas negros e é professora de letras da UFMG
Sala Itaú Cultural
22 de novembro (terça-feira), às 15h
Sortilégio I, de Abdias Nascimento
Com artistas convidados do projeto Censura em Cena
Direção de Roberto Ascar
Auditório da Secretaria Municipal de Igualdade Racial (Smpir)
23 de novembro (quarta-feira), às 15h
Sortilégio II, de Abdias Nascimento
Com Ângelo Flávio da Cia Teatral Abdias do Nascimento (CAN) e atores convidados
CDR Vila Maria
24 de novembro (quinta-feira), às 15h
Todos os Filhos de Deus Têm Asas, de Eugene O’Neill com Grupo Clariô de Teatro
CDR Jabaquara
25 de novembro (sexta-feira), às 15h
Rapsódia Negra, de Abdias Nascimento
Com Capulanas Cia. de Arte Negra
Casa de Cultura Negra de São Matheus
26 de novembro (sábado), às 17h
Sortilégio I, de Abdias Nascimento
Com Barbara Riethe, Cyda Baú, Eduardo Silva, Maira Santos, Max Um, Thais Cabral e Victória Damasceno, do projeto Censura em Cena
Direção de Roberto Ascar e direção musical de Betinho Sodré
Com bate papo sobre o texto com Leda Maria Martins, que atua na área
de cênicas com artistas negros e é professora de letras da UFMG
Itaú Cultural – 1M
27 de novembro (domingo), às 17h
Sortilégio II, de Abdias Nascimento
Com Ângelo Flávio, da Cia Teatral Abdias do Nascimento (CAN), e atores convidados
Com bate papo sobre o texto com Leda Maria Martins, que atua na área
de cênicas com artistas negros e é professora de letras da UFMG
Itaú Cultural – 1M
3 de dezembro (sábado), às 17h
Rapsódia Negra, de Abdias Nascimento
Com Capulanas Cia. de Arte Negra
Itaú Cultural – 1M
4 de dezembro (domingo), às 17h
Todos os Filhos de Deus Têm Asas, de Eugene O’Neill
Com Grupo Clariô de Teatro
Itaú Cultural – 1M
Fim de Semana em Família
3 e 4 de dezembro (sábado e domingo)
Às 14h
Oficina de Adinkra
Com o Coletivo Manifesto Crespo
A arte de estampar tecidos e superfícies é milenar e se encontra nesta vivência que conta com um repertório de informações sobre o continente africano. Na oficina, o coletivo de mulheres negras Manifesto Crespo se debruça sobre os adinkra um conjunto de símbolos que formam um sistema de transmissão de valores acumulados pelo povo Akan, no oeste da África. Além das estampas feitas em ecobags, que serão produzidas pelos participantes, serão apresentados diversos tipos de materiais que podem ser usados como matrizes. A proposta tem como objetivo mostrar como a cultura africana é repleta de significados e poesia.
Itaú Cultural – Piso Paulista (PP)
Às 16h
Espetáculo: A Casa de Irene
Com o Grupo Teatral Saga
Dona Irene é uma senhora cozinheira, que, acima de tudo, ama comida. Ela resgata as suas memórias e as compartilha com um jovem amigo. Seu universo está entre panelas e temperos e sua cozinha é um lugar mágico. Dona Irene é uma mestra, fazedora de magias culinárias. Ela tem um aprendiz que se inicia entre panelas e temperos. Um garoto destrambelhado e amigo encantador. Mulher negra, empoderada e muito sábia, dona Irene traz em si a força das mulheres do Brasil. Recebe toda a sorte de gente em sua casa e apresenta um pouco do país em cada receita regional preparada.
Sala Itaú Cultural
Lançamentos
3 dezembro (sábado), às 19h
Relançamento do livro de Abdias Nascimento O Genocídio do Negro Brasileiro (Ed. Perspectiva), cuja edição estava esgotada.
Os prefácios são de Florestan Fernandes e Wole Soyinka; posfácio de Elisa Larkin Nascimento
Texto da contracapa:
"Ao longo do século passado, prevaleceu a visão de que os descendentes dos africanos se encontravam, no Brasil, numa condição muito mais favorável do que a vivida pelos negros no sul dos Estados Unidos ou na África do Sul do apartheid. Mais do que estabelecida, essa era uma visão social: o Brasil seria uma “democracia racial”, um lugar em que o grande problema do negro era a pobreza não o preconceito de cor. Foi contra essa falácia que Abdias Nascimento se insurgiu ao apresentar, no Segundo Festival de Artes e Culturas Negras, em Lagos (Nigéria,1977), em plena vigência da ditadura militar, um texto combativo, a começar pelo título, demonstrando que a condição dos negros no Brasil não era realmente como aquela nos EUA ou na África, era pior, vítimas que são de um racismo insidioso, de uma política que conduz a um “genocídio”, para usar o termo do autor, que, ausente das leis e dos discursos políticos, se revela cotidianamente. Assim, a reedição de O Genocídio do Negro Brasileiro pela editora Perspectiva não é apenas uma homenagem histórica, mas a constatação de um fato: a despeito do trabalho dos ativistas e da mudança de mentalidade na academia, a situação continua inalterada. Segundo a ONU, atualmente no Brasil, ocorre a cada 23 minutos a morte de um jovem negro. Em geral, do sexo masculino; em geral, pela ação, ou omissão, do Estado, da polícia – a instituição de escolha para se lidar com qualquer “questão social” no país. É preciso dizer mais? Uma das mais destacadas vozes pelos direitos dos afrodescendentes do Brasil, Abdias Nascimento (1914-2011), nasceu em Franca, interior de São Paulo. Foi um dos pioneiros do moderno teatro brasileiro ao criar o Teatro Experimental do Negro, em 1944. Criou o Ipeafro, em 1981. Foi deputado federal, entre 1983 e 1987, e senador, entre1997 e 1999, pelo Rio de Janeiro. Indicado duas vezes para o prêmio Nobel da Paz, em 1978 e em 2010, recebeu, entre outras distinções, os prêmios Unesco de Direitos Humanos e Cultura de Paz, em 2001, e o Toussaint-Louverture, em 2004, pela criação do Teatro Experimental do Negro-TEN"
1M
16 de dezembro (sexta-feira), às 19h
Lançamento Cadernos Negros 39: a poesia renova o legado de Abdias
Com objetivo de discutir e aprofundar a experiência afro-brasileira na literatura, o grupo paulistano de escritores QUILOMBHOJE LITERATURA lança o livro com sessão de autógrafos, bate papo, intervenções poéticas, palestra e apresentação do Grupo Batucafro.
A apresentação é feita pelos MCs Débora Garcia e Levy.
Sala Itaú Cultural