Mostra acompanha os diversos

eixos de atuação da curadora

Jornalismo e crítica

Formada em jornalismo em 1959, Aracy Amaral tem dezenas de textos publicados nos principais jornais do país. Pesquisadora incansável, são muitos os assuntos que atraem seu interesse e sobre os quais escreve: artistas e exposições de arte moderna e contemporânea, bienais, museus, arquitetura, Brasil e América Latina, entre outros. Aqui encontra-se uma seleção de suas primeiras colaborações na imprensa escrita: uma coluna semanal publicada em A Gazeta – voltada para o público feminino –, críticas sobre artistas brasileiros e exposições dedicadas à arte contemporânea e moderna, e ainda uma coletânea de apreciações sobre diversas edições da Bienal de São Paulo – Aracy visitou todas –, nas quais tece comentários sobre a concepção geral das mostras e, muitas vezes, aponta aspectos relevantes de trabalhos específicos.

Gestão

Aracy Amaral foi diretora de dois museus paulistas: a Pinacoteca do Estado de São Paulo, de 1976 a 1979, e o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), de 1982 a 1985. Nas duas instituições, preocupou-se com a catalogação e a conservação dos respectivos acervos, deu a eles maior visibilidade por meio de exposições e programas educativos, ao mesmo tempo que não mediu esforços para expandir e atualizar esses acervos. Em ambas as instituições, implantou atividades educativas pioneiras, criou estratégias inovadoras para ampliar o público visitante e concentrou o programa de exposições em três grandes eixos: revisão do modernismo no Brasil, arte contemporânea e arte da América Latina, temas sempre presentes em suas investigações.

Curadoria

Uma das atividades de que Aracy Amaral mais gosta é organizar exposições. Quando foi diretora da Pinacoteca de São Paulo e do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), realizou inúmeras mostras, cujos catálogos podem ser consultados na biblioteca ao lado. Aqui destacamos algumas que ocorreram em outros espaços e que abrangem interesses seus: de um lado, a investigação sobre a vida e a obra de artistas do período modernista brasileiro; de outro, a arte contemporânea produzida no país. Sempre com um olho no passado e outro no presente, Aracy conjugou esses dois tempos no mais recente Panorama, exposição de arte contemporânea apresentada a cada dois anos pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP): convidou seis artistas para criar trabalhos em diálogo com os zoólitos, objetos milenares encontrados na costa do Brasil.

Pesquisa

O dinamismo de Aracy se evidencia pela profusão de livros e catálogos publicados, resultantes de suas incansáveis pesquisas na área de artes visuais. Se essas leituras são obrigatórias para especialistas, outros públicos também podem usufruir de seus escritos, redigidos sempre com linguagem direta e acessível. Para além disso, os leitores juvenis podem tirar proveito de livros de arte especialmente dirigidos a eles – e as crianças, de livros de histórias imaginadas.

Em destaque: a pesquisadora foi responsável pelo primeiro levantamento sistemático da obra da pintora Tarsila do Amaral, que se desdobrou em livros, exposições, trabalhos acadêmicos e textos jornalísticos. Quando Tarsila faleceu, Carlos Drummond de Andrade escreveu um poema sobre a pintora e o dedicou a Aracy Amaral.

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O universo da também historiadora, pesquisadora, crítica, gestora, jornalista e professora permeia toda a Ocupação Aracy Amaral, organizada nos eixos Jornalismo e crítica, Gestão, Curadoria e Pesquisa. Acompanhe aqui o passo a passo da exposição