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A força intelectual de Aracy Amaral

nas artes visuais é tema da nova

Ocupação do Itaú Cultural

 

De 22 de julho a 27 de agosto, o Itaú Cultural exibe a Ocupação Aracy Amaral, que apresenta ao público, no piso térreo, a trajetória dessa personalidade singular da história da arte brasileira. Ela tinha 21 anos quando visitou a primeira Bienal de São Paulo, realizada em 1951 e, dois anos depois, já era monitora da segunda edição desta exposição internacional. Ao final daquela década, formou-se em jornalismo. Em seguida, se tornou pesquisadora de artes visuais.

Não parou mais: de 1960 até hoje, sua trajetória acumula a direção de museus, pesquisas e livros publicados sobre o modernismo e o construtivismo brasileiros, arte contemporânea e latino-americana, além das aulas como professora da Universidade de São Paulo, e segue atuando como curadora e crítica em sua área de expressão. Este é o universo que a exposição traz ao público, com curadoria dos núcleos de Artes Visuais e da Enciclopédia, no Itaú Cultural, ao lado da pesquisadora Regina Teixeira de Barros.

É difícil falar sobre artes visuais, no Brasil, sem tocar no nome de Aracy. Ela acumula mais de 50 mostras sob sua curadoria – no Brasil e no exterior –, a coordenação-geral da edição 2005-2006 do Rumos, programa de fomento à produção artística e cultural brasileira do Itaú Cultural, a direção da Pinacoteca do Estado de São Paulo e a do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). A pesquisadora é, ainda, autora do primeiro livro sobre a vida e obra de Tarsila Amaral, que se desdobrou em exposições, trabalhos acadêmicos e textos jornalísticos. Quando a pintora morreu, em 1973, Carlos Drummond de Andrade escreveu um poema sobre ela e o dedicou a Aracy.

Ainda naquele ano, como curadora, foi uma das primeiras em apostar no vídeo como obra de arte ao organizar a mostra Expoprojeção 73, onde 100 trabalhos de artistas que experimentavam essa nova mídia foram exibidos. De lá para cá, também publicou livros sobre a arte brasileira moderna e contemporânea e o período colonial. Entre eles, Artes Plásticas na Semana de 22, Blaise Cendrars no Brasil e os Modernistas, A Hispanidade em São Paulo, obra que mapeia a influência da arquitetura hispânica em algumas cidades do Estado além da capital, ou Arte para quê?, um inventário do engajamento político na arte brasileira.

A exposição

Esta é uma parte do universo que permeia toda a Ocupação Aracy Amaral, desmembrada nos eixos Jornalismo e crítica, Gestão, Curadoria e Pesquisa. No primeiro, Jornalismo e crítica, o visitante encontra textos publicados por ela nos principais jornais do país – inclusive os primeiros artigos, voltados para o público feminino, que escreveu para A Gazeta, um diário vespertino fundado em 1906 e encerrado nos anos 70, que se tornou notável pelos comentários políticos. O público encontra, ainda, seus escritos sobre artistas e exposições, bienais, museus, arquitetura, o Brasil e a América Latina, além de uma coletânea a respeito das diversas edições da Bienal de São Paulo.

O eixo Gestão, trata de dois momentos fundamentais na trajetória de Aracy na administração de instituições culturais na cidade. Aqui se encontram indicadores do trabalho realizado por ela, de 1976 a 1979, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e, de 1982 a 1985, MAC/USP. O olhar apurado para as artes visuais, a sua capacidade administrativa e sensibilidade trouxeram inovações a essas casas. A curadora deu especial atenção aos acervos, com a sua catalogação, conservação e expansão, implantou serviços educativos e se concentrou em chamar mais público com novos programas de exposições.

No terceiro eixo, Curadoria, é destacado um dos lados mais conhecidos de Aracy Amaral. Trata-se de um trabalho do qual o público somente sabe o produto final: as exposições. Requer, no entanto, uma grande imersão no mundo das artes, envolve visitas a coleções e ateliês, pesquisas em livros e jornais, seleções de obras, estudos sobre artistas e produção de textos, além de envolvimento com arquitetos e editores. Nesta Ocupação, o visitante toma contato com toda essa produção, com foco nos temas mais caros a ela: a curadoria de mostras do período modernista e da arte contemporânea. Pesquisa, traz um espaço de biblioteca com exemplares da extensa bibliografia da homenageada, fotos de arquivo e seu depoimento pessoal. Também revela outra face pouco conhecida dela, o de livros de arte para crianças, apresentando esboços de Um Mundo Mágico, projeto inédito de 1958, de sua autoria junto à Mario Toral.

Interatividade

Além dos núcleos temáticos, a Ocupação Aracy Amaral traz também dois conteúdos para interação do público. Em uma cabine, onde são transmitidos trechos da performance original O Som é Você, realizada pelo artista francês Fred Forest e Aracy Amaral, em 1972, na rádio Jovem Pan, o visitante pode deixar mensagens de até um minuto, livremente. A seleção disponibilizada para o áudio foi ao ar da rádio em outubro daquele ano, durante o programa O Show da Manhã, no qual ela tinha um quadro intitulado Vamos Falar de Arte?

Em uma mesa, também interativa, o público percorre alguns pontos da América Latina visitados por Aracy durante sua pesquisa sobre a influência da arquitetura hispânica em cidades latino-americanas. Este trabalho resultou no livro A Hispanidade em São Paulo (1981, editora Nobel). Com a edição esgotada, esta obra será reeditada e lançada com apoio do Itaú Cultural.

 

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O trabalho e a história desta pesquisadora precursora em diversas áreas das artes visuais, reservada, miudinha e de cabelos curtos, que, além de curadora e professora, é historiadora, crítica, gestora e jornalista, são o foco da 35ª mostra da série Ocupação que o instituto promove desde 2009, dedicada a  personalidades cuja obra marca, de forma particular, as suas áreas de expressão

SERVIÇO

Ocupação Aracy Amaral

Coquetel de abertura: 22 de julho (sábado), às 11h

Visitação: 22 de julho, a partir das 14h, a 27 de agosto

Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h

[permanência até as 20h30]

Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h

Piso térreo

 

 

Acesso para pessoas com deficiência

Ar condicionado

 

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

Itaú Cultural

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