Agnaldo Farias sobre Ana Mae Barbosa

 

“Ela vem dedicando sua vida a formar artistas e a fazer com que as pessoas estreitem sua relação com a arte para que possam perceber a vida sob ângulos insuspeitados. Por intermédio de métodos pedagógicos como a abordagem triangular, implantou a disciplina de arte-educação, hoje disseminada em escolas e instituições culturais de todo o país. Como diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), redefiniu o escopo das instituições museológicas, dando um golpe mortal no seu perfil elitista, obrigando-as a pensar a inclusão da comunidade, fazendo com que se comprometessem com a formação intelectual dos jovens, oferecendo os insumos estéticos que a educação formal não logra atingir. Aposentada, redobrou suas atividades; armada com seu riso luminoso e sua transbordante generosidade, segue lutando para que a arte saia da margem e passe a ocupar uma posição central na nossa cultura, na nossa vida.”

 

[Agnaldo Farias. Professor, curador, crítico de arte. Membro do júri do Prêmio Itaú Cultural 30 Anos]

 

 

 

Ana de Fátima Sousa  sobre Niède Guidon

 

“Niède Guidon colocou as Américas ꟷ e especificamente o nordeste do Brasil ꟷ no radar da arqueologia mundial. Mas o fato é que ela fez muito mais. E ela é muito mais. Niède é uma entidade, uma guerrilheira e a principal guardiã da história do homem primitivo do sertão brasileiro. O Parque Nacional da Serra da Capivara só existe porque Niède existe. É uma mulher que nos inspira diariamente a saber mais de nós e a saber que, para construir futuros, é preciso olhar para trás, reconhecer legados e preservar a história de nossos ancestrais.”

 

[Ana de Fátima Sousa. Gerente de Comunicação do Itaú Cultural. Integrante da comissão de seleção do Prêmio Itaú Cultural 30 Anos]

 

 

 

Ana Maria Gonçalves sobre Sueli Carneiro

 

“Além de seus impactos imediatos, as ações que Sueli desenvolveu com o Geledés serviram como modelo para iniciativas adotadas por órgãos do governo e outras instituições do país e do exterior. Sua atuação é uma inspiração para quem viveu as últimas três décadas do Brasil – e certamente continuará sendo para as próximas gerações.”

 

[Ana Maria Gonçalves. Escritora. Integrante da comissão de seleção do Prêmio Itaú Cultural 30 Anos]

 

 

 

Beth Néspoli sobre o Teatro da Vertigem

 

“O Teatro da Vertigem entende a cidade como uma escrita e experimenta com essa escrita. Por exemplo, ocupou uma igreja, um hospital abandonado ou um rio poluído, e experimentou uma poética que levava o público a perceber os textos desses locais e refletir sobre eles. Não é a única experimentação do grupo, mas é a mais radical e consciente, e que atinge o espectador.”

 

[Beth Néspoli. Crítica de teatro. Integrante da comissão de seleção do Prêmio Itaú Cultural 30 Anos]

 

 

 

Carlos Augusto Calil sobre Véio

 

“Demiurgo, Véio inventa bichos, que passam a existir. É mais que um grande artista. Tem plena consciência de sua classe, além do poder prodigioso de sua intuição. Sua obra reflete o ambiente onde vive, vocaliza uma tradição, cada vez mais desvalorizada. Pouco esculpidas umas e muito esculpidas outras; grandes peças ou miniaturas, pelas quais fala alto e fala baixo, grita e sussurra; anedóticas ou metafísicas, suas esculturas são de algum modo inclassificáveis. No entorno de sua casa, em pleno sertão nordestino, Véio plantou um jardim de assombrações. Descarrego ou espantalho para proteger da contaminação do presente o seu mundo autêntico?”

 

[Carlos Augusto Calil. Cineasta, crítico e professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Integrante da comissão de seleção do Prêmio Itaú Cultural 30]

 

 

 

Edson Natale sobre Hermeto Pascoal

 

“Arquimedes de Siracusa (287 a.C.–212 a.C.), matemático, físico, astrônomo e inventor grego, dizia que brincar é condição fundamental para ser sério. Hermeto Pascoal vem brincando com a música de maneira genial e livre nos últimos 30 anos. Sentir, brincar e experimentar são verbos que definem Hermeto.”

 

[Edson Natale. Gerente de Música do Itaú Cultural. Integrante da comissão de seleção do Prêmio Itaú Cultural 30 Anos]

 

 

 

Galiana Brasil sobre Lia Rodrigues

 

“O trabalho de criação de Lia Rodrigues é bem singular. Ela tem uma habilidade de trabalhar questões muito brasileiras e contemporâneas, mas com uma profundidade de discurso e de pesquisa de movimento muito bem acordadas. Por equilibrar tão bem forças e energias que são muito caras a esse universo da criação, Lia é uma espécie de xamã. Outra coisa impressionante é que, apesar de sair muito para outros países, ela fala sobre o Brasil profundo. Na obra dela tem muito da Maré, aquele lugar que a escolheu, a transpassou e é definidor do trabalho dela, reverberando na dança que ela faz. A dança de Lia é Maré também. Ela fala da sua aldeia e consegue ser universal, fazendo com que a gente se identifique e se veja representado ali.”

 

[Galiana Brasil. Gerente de Artes Cênicas do Itaú Cultural. Integrante da comissão de seleção do Prêmio Itaú Cultural 30 Anos]

 

 

 

Heloisa Buarque de Hollanda sobre Eliana Sousa Silva

 

“Eliana é muito maravilhosa. Ela tem um pensamento acadêmico orgânico sobre a violência na periferia. Uma atitude tão brava e guerreira que inspira essa meninada de hoje a levar adiante a causa contra a violência. Ela é um mulherão!”

 

[Heloisa Buarque de Hollanda. Escritora e pesquisadora. Integrante da comissão de seleção do Prêmio Itaú Cultural 30 Anos]

 

 

 

Valeria Toloi sobre Davi Kopenawa

 

“Quando penso em Davi, eu me lembro de sua resposta para aquela pergunta que martela o tempo todo na minha cabeça: qual a nossa missão, a missão dos napë (brancos), para evitar que o céu caia? Sua resposta não foi direta; sutilmente, ele indicou que nós devemos entender que este tempo de agora não é mais nosso. É deles, dos ianomâmis, dos mundurucus, dos caxinauás, dos xavantes, dos crenaques, dos guaranis e de tantos outros. É o tempo deles de segurar o céu, por eles, e por nós, eles fazem isso. E pedem somente nosso respeito, pedem espaço, direitos, eles querem a terra que é deles desde sempre. Os verdadeiros brasileiros. Nossa missão de napë? Educar nossos filhos, ensinar a eles os valores íntegros desses homens e mulheres, mostrar aos nossos filhos que o mundo não é dos brancos, que os privilégios não devem ser nossos. Que temos muito a aprender nesse mundo para que o céu não caia, e que precisamos, sim, de ajuda. Mais que ajuda, precisamos entender que podemos ajudar quem sabe mais.”

 

[Valéria Toloi. Gerente do Núcleo de Educação e Relacionamento do Itaú Cultural. Integrante da comissão de seleção do Prêmio Itaú Cultural 30 Anos]

 

 

INÍCIO

 

 

Observadores da produção
artística e cultural brasileira

escolheram os homenageados
na premiação do instituto

Curadores, jornalistas, professores, críticos de arte, escritores, pesquisadores e gestores do Itaú Cultural compõem a Comissão de Seleção do prêmio e falam, aqui, da atuação dos contemplados e de sua contribuição para o universo das artes e da cultura do Brasil

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SERVIÇO

Prêmio Itaú Cultural 30 anos

Dias 12 de junho (segunda-feira), das 20h às 22h

Duração: Duas horas com intervenções artísticas entre as entregas

Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer

info@auditorioibirapuera.com.br

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô

Fones: +55 11 2168-1776/1777

atendimento@itaucultural.org.br

www.itaucultural.org.br

Acesso para pessoas com deficiência

Ar condicionado

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

Assessoria de Imprensa:

Conteúdo Comunicação

Fone: +55 11 5056-9800

www.conteudocomunicacao.com.br

 

No Itaú Cultural:

Larissa Correa: larissa.correa@terceiros.itaucultural.com.br

Fone: +55 11 2168-1950

Carina Bordalo (programa Rumos): carina.bordalo@terceiros.itaucultural.com.br

Fone: +55 11 2168-1906