A atuação de cada um dos premiados
dialoga com o significado
das categorias da premiação
Há uma relação intrínseca entre a trajetória das personalidades que receberão o prêmio e o reconhecimento que conquistaram. Aqui, elas descrevem o seu entendimento de cada tema que os inspirou em suas ações ao longo desses 30 anos
Ana Mae Barbosa,
arte-educadora, professora aposentada da Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP):
“APRENDER é um processo contínuo e inesgotável de tomar conhecimento de si e do mundo. Aprender, conhecer, se conscientizar e saber são elos de uma mesma corrente em ação para tornar homens e mulheres responsáveis pelas suas próprias escolhas na vida.”
Mestre Meia-Noite,
mestre de capoeira, bailarino e educador:
“APRENDER significa conhecer o que se está ensinando; conhecer para poder ensinar. É estar sempre... à procura do aprendizado, desde seu nascimento. É estar sempre... em alerta com o que o mundo lhe oferece e com o que você pode oferecer para o mundo. É estar sempre... num estado de aprendizagem. É estar sempre aprendendo a aprender.”
APRENDER
Lia Rodrigues,
coreógrafa, está há mais de duas décadas à frente da companhia de dança que leva seu nome:
“CRIAR é uma árdua e exigente tarefa que implica constante dedicação e estudo. Criar é sempre um encontro e um ininterrupto processo de construção e destruição. Criar poderia ser o movimento de sair de si e visitar o outro, de se colocar na instabilidade do desconhecido, em situações novas. Criar é pensar, indagar, questionar, se surpreender, se inquietar, se engajar. Criar é também inventar possibilidades. Assim, pode também significar criar condições para que a obra de arte aconteça. Não existe uma fórmula para criar, mas um conjunto de estratégias que podem e devem variar de artista para artista, de uma obra para outra. Nós, artistas brasileiros, compartilhamos da imprevisibilidade dos recursos para a manutenção de nossas atividades e cada um de nós procura estratégias diferentes para continuar criando. Posso afirmar que criar no Brasil é um processo contínuo de afirmação, investimento e resistência.”
Véio,
um dos mais importantes da arte popular brasileira:
“CRIAR é um dom que a mentalidade manda e sua imaginação faz. Criar para mim é dar vida às madeiras mortas, porque a arte também é vida e, criando, eu renasço todo dia.”
CRIAR
Eliana Sousa Silva,
diretora fundadora da Redes de Desenvolvimento da Maré:
“A palavra INSPIRAÇÃO me remete a um conjunto plural de significados. Vai desde o ato objetivo de colocarmos o ar para dentro do pulmão até a defesa de uma presença divina no processo de escrita da Bíblia pelos homens. Sou uma pessoa que empreendeu em vários aspectos, especialmente no campo social, e dedico minha vida a construir meios que possam garantir direitos das populações faveladas tendo como referência de atuação a Favela da Maré, lugar onde vivi 28 anos, onde funciona a instituição que fundei e onde faço um trabalho que me alimenta de significados. Fico feliz quando alguém nos diz que nosso trabalho serviu de inspiração para pensar novas questões e buscar construir novas práticas e novos conceitos para reinventar um lugar, uma cidade.”
Niède Guidon,
administradora do Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI):
“INSPIRAR para mim são pessoas, palavras, figuras, músicas, paisagens, animais que fazem com que meu cérebro elabore uma resposta!”
Davi Kopenawa,
xamã e líder político dos ianomâmis,
MOBILIZAR: “As autoridades não indígenas escutam muito pouco, elas não estão acreditando no nosso trabalho, na nossa luta para preservar o nosso lugar, o lugar onde nascemos e onde queremos permanecer até acabar a nossa vida.”
Sueli Carneiro,
filósofa, escritora e ativista, fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra:
“MOBILIZAR pode ser compreendido como um chamado à ação; consiste em motivar, estimular e sensibilizar pessoas, governos e a sociedade em geral para uma determinada causa. Mobilizar pela equidade racial e de gênero siginifica convocar e organizar recursos humanos e materiais para o enfrentamento do racismo e do sexismo e para a superação das desigualdades sociais que essas ideologias produzem; significa ainda construir e/ou potencializar instrumentos políticos para a visibilização e o equacionamento das demandas sociais de mulheres e negros; supõe também sensibilizar corações e mentes para o acolhimento dessas demandas como pressuposto do respeito à dignidade humana em sua diversidade; almeja, enfim, construir alianças entre diferentes segmentos sociais, raciais e sexuais para a promoção da efetiva igualdade de direitos e oportunidades para tod@s.”
Hermeto Pascoal,
compositor, arranjador e multi-instrumentista:
“O EXPERIMENTAR é muito importante, mas primeiro tem de sentir. Sentir e experimentar.”
Antônio Araújo,
do Teatro da Vertigem:
EXPERIMENTAR: “Nossa experimentação está ligada ao risco. Não apenas ao risco simbólico do erro, mas ao risco físico. Nossa experimentação dialoga com o aqui e o agora. Não trata só de linguagem, mas da cidade, da política, do país, de questões que nos incomodam como cidadãos.”
EXPERIMENTAR
INSPIRAR
MOBILIZAR
SERVIÇO
Prêmio Itaú Cultural 30 anos
Dias 12 de junho (segunda-feira), das 20h às 22h
Duração: Duas horas com intervenções artísticas entre as entregas
Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer
Av. Pedro Alvares Cabral, s/n
Capacidade: 806 lugares
Fone: +55 11 3629-1075
info@auditorioibirapuera.com.br
www.auditorioibirapuera.com.br
Ar-condicionado. Acesso a deficientes.
Proibido fumar no local.
Av. Pedro Alvares Cabral, s/n
Entrada para carros: Portão 3 do Parque do Ibirapuera
O Auditório Ibirapuera não possui estacionamento ou sistema de valet. Estacionamento do Parque Ibirapuera, sistema Zona Azul, com vagas limitadas. – R$ 5,00 por duas horas. Dias úteis das 10h às 20h, sábados, domingos e feriados das 8h às 18h.
Ônibus:
Linha 5154 – Terminal Sto Amaro / Estação da Luz
Linha 5630 – Terminal Grajaú / Metrô Bras
Linha 675N – Metrô Ana Rosa / Terminal Sto. Amaro
Linha 677A – Metrô Ana Rosa / Jardim Ângela
Linha 775C/10 – Jardim Maria Sampaio / Metrô Santa Cruz
Linha 775A/10 – Jd. Adalgiza / Metrô Vila Mariana
Av. Pedro Alvares Cabral, s/n
Entrada para pedestres:
Portão 2 do Parque do Ibirapuera
Caso prefira usar transporte público, existem diferentes
linhas de ônibus que
dão acesso ao parque.
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: +55 11 2168-1776/1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Cristina R. Durán: cristina.duran@conteudonet.com
Karinna Cerullo: cacau.cerullo@conteudonet.com
Amanda Viana: amanda.viana@conteudonet.com
Roberta Montanari: roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Larissa Correa: larissa.correa@terceiros.itaucultural.com.br
Fone: +55 11 2168-1950
Carina Bordalo (programa Rumos): carina.bordalo@terceiros.itaucultural.com.br
Fone: +55 11 2168-1906