Itaú Cultural: 29 anos de compromisso com a arte e a cultura brasileiras

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O INSTITUTO

Em 2016, o Itaú Cultural completa 29 anos de atuação e de compromisso estreito com a cultura brasileira. O instituto atua em várias frentes para democratizar o acesso, mapear, apoiar e difundir a produção cultural de todas as regiões e áreas de expressão do país.

 

No campo da difusão, o instituto mantém intensa programação gratuita por todo o Brasil, tanto em sua sede em São Paul quanto por meio de parcerias com equipamentos culturais nas outras cidades do país e no exterior. São exposições de artes visuais, mostras de cinema e vídeo, espetáculos de dança e teatro, seminários, encontros com artistas, debates literários, cursos e shows, entre outras iniciativas. No âmbito geral, desde o início de suas atividades, o Itaú Cultural promoveu cerca de 6,5 mil atividades dessa natureza, inclusive com abrangência internacional. Somente pela sede da instituição já passaram 6.750 milhões de visitantes.

 

O Itaú Cultural também é grande produtor de conteúdo para o público não presencial. A maioria de suas atividades conta com desdobramentos virtuais e parte da programação resulta em programas de rádio e TV, que são distribuídos para uma rede de emissoras públicas e comunitárias, ampliando o alcance das iniciativas. O instituto investe cada vez mais nas redes sociais, nas divulgações on-line e na acessibilidade para pessoas com deficiência.

 

Enciclopédia

Com a missão de alargar o acesso à cultura, promover a participação social e gerar conhecimento sobre a arte e os artistas brasileiros, o Itaú Cultural desenvolvia, em 1987, o Banco de Dados Informatizado, uma iniciativa inovadora e ambiciosa para a época. Disponibilizado ao público desde a sua criação, esse banco de dados foi alimentado por uma equipe de historiadores e pesquisadores especializados que iniciavam um importante mapeamento sobre as artes visuais no Brasil.

Em convergência com o desenvolvimento tecnológico, em abril de 2001, o banco de dados teve sua primeira versão publicada na internet, como a Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. Desde então, expandiu constantemente seu conteúdo, abrangendo as diversas áreas de expressão da cultura brasileira: teatro, literatura, arte e tecnologia – inicialmente publicadas em sites individuais e, a partir de fevereiro de 2014, disponíveis em um único endereço, na nova Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras, que agregou ainda as áreas de música, cinema e dança.

A enciclopédia tem mais de 8 mil verbetes com textos descritivos e analíticos, parte deles traduzida para o espanhol, francês e inglês. Uma equipe com mais de 80 especialistas das diferentes áreas da arte e da cultura brasileiras – entre consultores, pesquisadores, especialistas, redatores, revisores e tradutores – alimenta as bases de dados dos cerca de 200 mil registros de artistas, instituições, grupos, exposições, espetáculos e obras. Mensalmente, mais de 900 mil usuários acessam essas informações.

 

Rumos

No campo do mapeamento e fomento, o Itaú Cultural mantém o programa Rumos, cuja 16ª edição, em 2013, marcou uma nova fase da iniciativa, com transformações importantes em todo o seu formato. Desde a sua criação, em 1997, o programa vem apoiando a produção e a difusão de trabalhos de artistas e pesquisadores por meio de editais públicos.

 

Até 2012, recebeu a inscrição de mais de 25 mil projetos e apoiou o desenvolvimento de mais de 1,1 mil trabalhos selecionados em artes visuais, arte e tecnologia, cinema e vídeo, dança, educação, jornalismo cultural, literatura, música, pesquisa e teatro. As obras resultantes dessas seleções foram vistas por cerca de 6 milhões de pessoas em todo o país. Mais de mil emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos escolhidos.

 

A esses, juntaram-se mais 15.120 projetos aptos para seleção, das 27 unidades federativas brasileiras e de 37 países, inscritos na edição de 2013 do programa, agora totalmente reformulado e atingindo todas as áreas de expressão de uma só vez em caráter multidisciplinar. Os artistas puderam escolher entre uma ou diversas modalidades, em um formato inédito entre os programas do gênero no país. Do total citado, foram contemplados 101 projetos.

 

Em 2015, uma coletiva de imprensa reuniu jornalistas de todo o Brasil para apresentar a 17a edição do Rumos – o Rumos 2015-2016 – que amadureceu as mudanças da edição anterior e realizou uma nova caminhada por todas as capitais do país, levantando e reforçando, para mais de 2 mil pessoas, a reflexão sobre o fazer cultural nos tempos atuais. No total, o novo edital recebeu 12.126 inscrições – vindas do Brasil e do exterior. Ao todo, 117 trabalhos acabam de ser contemplados.

 

Legado cultural

O Itaú Cultural também tem uma forte atuação no resgate de ícones da cultura brasileira. Um dos projetos nesse campo é o Ocupação, uma série de exposições idealizada para fomentar o diálogo da nova geração de artistas com os criadores que os influenciaram. Desde a sua criação, já revisitou o trabalho e a história de artistas como Nelson Leirner, Abraham Palatnik, Zé Celso, Paulo Leminski, Chico Science, Rogério Sganzerla, Regina Silveira, Haroldo de Campos, Angeli, Nelson Rodrigues, Antonio Nóbrega, Mário de Andrade, Nelson Pereira dos Santos e Sérgio Britto. No dia 1 de abril de 2014, data que marcou os 50 anos do golpe militar de 1964, abriu a série do ano com a Ocupação Zuzu Angel, seguida das ocupações dedicadas a Jards Macalé, Laerte, Aloisio Magalhães e grupo Giramundo.

 

Em 2015, a série homenageou Elomar, Hilda Hilst, Dona Ivonne Lara, João das Neves, Vilanova Artigas e o Grupo Corpo. Neste ano, abriu com a Ocupação Person, artista paulistano que marcou tanto o cinema quanto o teatro brasileiro, e recentemente inaugurou a Ocupação Maria e Herbert Duschenes, um casal que dedicou a sua vida à educação, formação e transmissão de conhecimento nas áreas da dança e das artes visuais.

 

Ainda no campo do resgate, o Itaú Cultural vem desenvolvendo uma série de documentários sobre grandes nomes da nossa cultura. Batizada Iconoclássicos, ela reúne os títulos Daquele Instante em Diante, sobre o músico Itamar Assumpção, dirigido por Rogério Velloso; EVOÉ! Retrato de um Antropófago, documentário sobre o dramaturgo Zé Celso, dirigido por Tadeu Jungle e Elaine Cesar; Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz, um retrato de Rogério Sganzerla sob o olhar de Joel Pizzini; Ex-Isto, livre adaptação de Catatau, de Paulo Leminski, por Cao Guimarães; e Assim É, se Lhe Parece, filme de Carla Gallo sobre Nelson Leirner.

 

Todos esses filmes já foram apresentados ao público em salas do Espaço Itaú de Cinema em diferentes cidades do país. No mesmo espírito, em 2014 entrou em cartaz e itinerou por diversas cidades brasileiras o filme Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles. O longa-metragem, dirigido por Marcela Lordy, é sobre a busca pelo som da água pelo artista visual que lhe dá nome. Está em produção, ainda, um documentário sobre Leonilson. Ambos os artistas já foram protagonistas de grandes exposições no Itaú Cultural, nas quais se consolidou uma investigação profunda sobre seus trabalhos e processos de criação.

 

Ainda no caminho de preservação do legado cultural, o instituto tem atuado com parceiros em projetos especiais de grande envergadura. O Itaú Cultural apoiou a catalogação e a digitalização de acervos como o do músico Elomar Figueira de Melo, do urbanista Lucio Costa, da estilista Zuzu Angel, da artista visual Regina Silveira, dos arquitetos Sergio Camargo e Oscar Niemeyer – este em parceria com a Fundação Oscar Niemeyer –, entre outros. Também desenvolveu, com o jornal Folha de S.Paulo e a Publifolha, a Coleção de Arte Brasileira, uma série de fascículos sobre os grandes mestres brasileiros da pintura.

 

Produtos

Em seu portfólio, o instituto registra, ainda, 748 títulos publicados – entre CDs, DVDs, CD-ROMs, vídeos, livros e enciclopédias. Em 29 anos, cerca de 960 mil itens já foram distribuídos gratuitamente a bibliotecas, escolas da rede pública, instituições culturais e emissoras de rádio e televisão públicas e comunitárias em todo o Brasil. A preocupação com a educação também se manifesta em uma intensa programação para escolas públicas e privadas na sede da instituição.

 

É oportuno mencionar também que o Itaú tem longa tradição no investimento, no apoio e na difusão da arte brasileira. O Banco conta hoje, por exemplo, com uma das maiores coleções corporativas de arte na América Latina, com mais de 12 mil obras. Esse conjunto tem sido apresentado ao público por meio de exposições itinerantes no Brasil e no exterior organizadas pelo Itaú Cultural. Desde 2010, mais de 1,5 milhão de espectadores foram alcançados por essa iniciativa. Tanto a constituição do acervo quanto essas itinerâncias são realizadas sem o incentivo da Lei Rouanet.

 

Espaço Olavo Setubal

Esta exposição permanente instalada na sede do Itaú Cultural, é um derivado da coleção do Itaú. Segue com o intuito iniciado nestas itinerâncias para ampliar a democratização ao acesso da cultura produzida no país. O Espaço Olavo Setubal completou um ano em dezembro de 2015. Assim, desde sua abertura até o final do ano passado, mais de 57 mil visitantes entraram em contato com duas coleções do maior acervo de arte de uma companhia privada da América Latina: Brasiliana Itaú e Itaú Numismática. A mostra reúne 1.364 itens – entre pinturas, desenhos, gravuras, mapas, manuscritos e primeiras edições de obras literárias, moedas, medalhas e outros objetos.

 

Gestão e parcerias com entidades públicas

O Itaú Cultural, em outra frente, iniciou há cinco anos o projeto de levar sua capacidade de gestão a equipamentos públicos. A primeira iniciativa está em andamento com o Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, uma das maiores casas de arte e cultura de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.

 

No Auditório Ibirapuera, o Itaú Cultural responde, desde 2011, pela programação e pela gestão do equipamento, em uma experiência inédita. Todo o custeio da operação é feito com recursos próprios, sem uso de leis de incentivo à cultura.

 

Além da programação, que entre 2011 e 2015 recebeu mais de 1,1 milhão de espectadores em 783 apresentações, a casa abriga uma escola de música, a Escola do Auditório, que atualmente atende cerca de 170 crianças e adolescentes vindos, a maioria, por meio de seleção na rede municipal de ensino da cidade de São Paulo. Aos alunos é oferecido um curso livre de música, e 17 deles se formaram em 2015. Considerado uma das casas mais importantes de arte e cultura do país, o Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer ganhou nova vida, ampliou seu público e passou a receber uma programação mais eclética.

 

Além dessa frente, o Itaú Cultural ampliou o espectro de atuação junto a grandes projetos culturais brasileiros. Aumentou sua atuação na Festa Internacional de Literatura de Paraty (Flip), não só propondo programação no instituto, mas trazendo para São Paulo alguns dos escritores convidados para o evento. Também alargou sua sinergia com o Festival de Dança de Joinville e com o Festival de Teatro de Curitiba, replicando na capital paulista parte da programação desses eventos.

 

Plataformas e perenidade

Alimentando a sua vocação natural de ser uma plataforma para a geração de conteúdos e manifestações artístico-culturais vindas de todo o Brasil, o Itaú Cultural também aposta nos seus próprios meios de comunicação. O instituto criou e edita a revista Observatório Itaú Cultural, voltada para as discussões em torno da política pública cultural brasileira. Ela traduz e dissemina as discussões, análises e propostas que saem do espaço que lhe dá nome, onde especialistas pesquisam e debatem os fenômenos relacionados à gestão cultural. A proposta central é incentivar o diálogo constante com pesquisadores, universidades, instituições governamentais na área de produção de dados estatísticos, organizações supranacionais e centros de pesquisa no campo das políticas públicas de cultura.

 

Um de seus desdobramentos é o curso gratuito de especialização em gestão e políticas culturais, realizado com a Cátedra Unesco em Gestão Cultural da Universidade de Girona, na Espanha, e o apoio da Organização dos Estados Ibero-americanos.

 

O site do instituto (www.itaucultural.org.br), também é importante ferramenta para aproximar cada vez mais o público de todos os produtos, eventos e reflexões gerados pela instituição. Além de sua agenda cultural e das enciclopédias citadas, o site transmite palestras, debates, shows e apresentações on-line, de modo que o púbico de outras partes do país possa acompanhar a programação simultaneamente. Nestes 29 anos, já recebeu mais de 111,5 milhões de acessos únicos.

 

A rádio Itaú Cultural na web também oferece programas musicais, de literatura e de entrevistas. Recentemente, o portal passou a abrigar, ainda, o CANAL que, ultrapassando o padrão de acervo, a patrimônio audiovisual do Itaú Cultural – vídeos, áudio e galerias de fotos –, tem perfil de programação com curadoria e busca por diferentes caminhos, como formação, acessibilidade, playlists, rádio, galeria, guias educativos.

 

Nas Redes Sociais, a presença do Itaú Cultural cresce cada vez mais. Desde 2009, o instituto está presente no Facebook e conta com mais de 748 mil fãs, a maior página de uma instituição cultural do Brasil. Além disso, atuamos no Twitter (100 mil seguidores), no canal do Youtube (contamos com mais de 5,1 milhões de visualizações distribuídas em um acervo de mais de 4,8 mil vídeos) e no Instagram, com mais de 32,3 mil seguidores.

 

Site para as crianças

Em janeiro de 2015, o Itaú Cultural lançou o site O Mundo de Bartô (www.bartoitaucultural.org).

Fonte de diversão e conhecimento para as crianças, é comandado por um ratinho chamado Bartolomeu, que traz entrevistas com personalidades do universo infantil e dicas de filmes, livros e espetáculos, e outras atrações. Há também uma série de revistas eletrônicas com vários tipos de jogos de colorir e recortar, além de textos em linguagem simples sobre temas ligados ao mundo da arte e da cultura. Embora seja voltado especialmente para pequenos de 5 a 12 anos, o site é também um espaço para toda a família.

 

Somada às parcerias que o Itaú Cultural faz com equipamentos culturais locais para levar, gratuitamente, sua programação e produção a todo o país, essa é mais uma forma de o instituto alargar o seu campo de atuação.

 

 

Biblioteca

Com um acervo especializado em artes visuais, música, teatro, dança, cinema e vídeo, design, arquitetura, crítica literária e política cultural, o espaço, reaberto em setembro de 2015, direciona a sua atuação para o meio artístico e acadêmico, atendendo a pesquisadores, artistas e estudantes universitários de graduação e pós-graduação, com agendamento feito com antecedência. Uma consulta pode ser feita previamente no catálogo online: itaucultural.org.br/acervobiblioteca. A Biblioteca do Itaú Cultural é composta por aproximadamente 9 mil livros, 13 mil catálogos de arte, 679 títulos de vídeo (DVD + VHS), 400 obras de referência (enciclopédias, dicionários e guias, entre outros), 58 títulos de periódicos sobre arte brasileira e políticas culturais.

 

Premiações recebidas em 2015

Três prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pelo projeto Artigas, 100, pela exposição Sergio Camargo: Luz e Matéria e pela apresentação das bandas O Terno e Boogarins no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer. O documentário A Paixão de JL, sobre a vida do artista visual José Leonilson, também recebeu premiações nacionais e internacionais.

 

Lei Rouanet

O Itaú Cultural utiliza o artigo 26 da Lei Rouanet, que prevê recursos diretos como contrapartida no uso do incentivo fiscal. Essa posição vem sendo adotada historicamente pelo grupo Itaú na instituição. Toda a programação e a circulação de bens culturais promovidas pelo Itaú Cultural em todo o país (shows, exposições, seminários, mostras de cinema e vídeo, livros e documentários, entre outras iniciativas) é gratuita e, no ano de 2015, alcançou mais de 395 mil pessoas. A gestão do Auditório Ibirapuera não utiliza leis de incentivo. São próprios os recursos aplicados pelo Itaú Cultural no equipamento. Desde que passou a responder pela programação e pela gestão do equipamento, o instituto reduziu o valor dos ingressos a preços populares – R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada) –, ampliando o acesso do público aos eventos oferecidos.

PRESSKIT DIGITAL 2016