ATELIER EM PROCESSO / LARANJEIRAS, PARIS, TOSCANA, JACAREPAGUÁ
O ateliê é um espaço físico, mas também um espaço mental onde se processam e se materializam projetos e reflexões. Pensamento e matéria, na obra de Sergio Camargo, especialmente, são indissociáveis. O artista trabalhou em muitos lugares, construiu obras monumentais ao ar livre e painéis de grandes dimensões em diversas cidades do mundo e do Brasil, como São Paulo e Brasília.
Foram quatro os principais ateliês de Sergio Camargo:
(1954) – Laranjeiras, no Rio de Janeiro, Brasil. Dividiu o espaço com os artistas Frans Krajcberg e Franz Weissmann.
(1961) – Malakoff, no sul de Paris, França. Lá iniciou a série Relevos.
(1964) – Massa-Carrara, na Toscana, Itália. Na oficina de Alfredo Soldani realizou os trabalhos em mármore. Na década de 1970, Camargo continuou enviando protótipos, estudos e desenhos de esculturas para serem executados em mármore de Carrara e, mais tarde, em negro belga.
(1975) – Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Brasil. Construído pelo arquiteto Zanine Caldas, armazenou grande parte das obras de Sergio Camargo antes que elas integrassem acervos, coleções e mostras públicas.
O ateliê de Jacarepaguá recebeu distintas remontagens no Paço Imperial do Rio de Janeiro desde 2002. No entanto, é fundamental perceber o espaço menos como um lugar de fetiche e mais como um local dinâmico onde se dá o processo criativo.
Dada a constante transformação de um ambiente como esse, não seria adequada a tentativa de uma reprodução fiel, por isso, na exposição é feita alusão aos diversos ateliês do artista. Além das fotografias desses espaços, apresenta desenhos, estudos e protótipos.
Do mesmo modo que a matéria bruta se torna obra, o próprio trabalho adquire novos sentidos quando passa pelo ateliê e segue para as suas diversas exibições. A cada nova situação curatorial, essa obra ganha outras possibilidades de compreensão. Esta mostra exibe uma delas.
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