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A mostra piso a piso

Véio - a Imaginação da Madeira revela ao público das esculturas minúsculas às grandiosas feitas pelo artista ao longo de sua vida vivida no meio do sertão. Ela se esparrama pelos três andares do espaço expositivo acompanhada de quatro temas: Assombro, Nação Lascada, Os “cão” do meu inferno e Museu do Sertão. Acompanhe aqui.

 

 

 

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Assombro

O conjunto de obras reunidas neste piso justifica a posição de Véio entre nossos melhores artistas. Escultor prodigioso, é capaz de dar vida a um pedaço seco de árvore, tronco, galho, ramo, o que for. As peças podem ser divididas em três núcleos: as compostas de formas nascidas de certa vocação dos fragmentos de madeira encontrados, semelhantes a bois, cachorros, cobras, pássaros; as de natureza monstruosa, que derivam da combinação imprevista de fragmentos, como corpos distintos, gente ou animal, decepados e remontados, combinações estapafúrdias, algumas até bem-humoradas, outras incompreensíveis; e as de feição arquitetônica, totêmicas, montanhas escarpadas ou outra coisa ainda, irrupções de formas e cores que bem merecem o título dado por Drummond a um livro seu: Claro Enigma.

 

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Nação Lascada

A origem destas peças remonta à infância do artista, aos dedos do menino modelando cera de abelha, fabricando esculturas minúsculas, sistematicamente destruídas em face da aproximação dos adultos. O passar do tempo liberou-o para lascar madeira, a mãe das matérias. As pequenas dimensões foram as que serviram para depurar o talento para forjar bichos e criar em pequeninas peças crônicas do cotidiano; sequência de desafios autoimpostos, desejo de levar a escultura próximo do que mal se vê, que exige tamanha aproximação do olho a ponto de tentar enxergar o que se perde na distância. Mas talvez o melhor da exploração da plasticidade da madeira tenha sido sua abertura para formas intrigantes e incompreensíveis. Haverá quem as ache assustadoras, como as que compõem a coleção preta e vermelha dos “demônios”.

 

Os “cão” do meu inferno

“Gosto demais do preto, faço muito cão. Na verdade, o pessoal vê preto e acha que é o cão, o demônio. Tenho meu inferno, cada um tem o seu. É porque a gente vive num mundo em que cada doido tem suas manias. Se existe o céu, existe também o outro lado, que é esse das dificuldades da vida, atribuído às coisas ruins. E, se nós temos o inferno, temos também os cuidadores dele, que são os cãozinho e os diabinho.” Ao som da matraca, a Procissão dos “Penitentes” espanta o medo pânico diante de obras como a pequena escultura branca e vermelha, em que o corpo do finado, sob a mortalha, já perdeu o rosto.

 

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Museu do Sertão

Véio nasceu há 70 anos em Nossa Senhora da Glória, no sertão de Sergipe. Do convívio de menino com os velhos, herdou o gosto pela conversa e pela contação de histórias e o apreço à tradição, além do apelido. Diante da insensibilidade geral, Véio assumiu a missão de preservar os costumes do sertão e passou a colecionar objetos antigos, aparelhos obsoletos, utensílios em desuso, como moenda, torno, compasso, furadeira, “chuculatera”, carro de bois, casa de farinha, culminando com a construção de uma maquete do núcleo inicial de sua cidade, que então se chamava Boca da Mata. Reuniu essas peças no Museu do Sertão, instalado no sítio Soarte, onde construiu sua casa e seu ateliê.

 

Entre as suas obras de menor talhe, avultam representações desse mundo rude, mas autêntico, que Véio chama com gosto de “sabedoria do sertão”. No mesmo movimento de reter os valores da sua sociedade, ainda que esquecidos por ela, Véio adquiriu um trecho de mata virgem com o exclusivo propósito de salvar bichos e plantas do entorno.

 

 

 

SERVIÇO

 

Véio - a Imaginação da Madeira

Itaú Cultural - Pisos -2, -1 e 1

 

Abertura:

14 de março, quarta-feira, a partir das 20h

 

Visitação:

15 de março (quinta-feira) a 13 de maio (domingo)

Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h

Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h

Indicada para todas as idades

 

 

Itaú Cultural

 

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô

Fones: 11. 2168-1776/1777

Acesso para pessoas com deficiência

Ar condicionado

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

 

     

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