Rico Dalasam

O rapper paulistano Rico Dalasam sobe ao palco para o show de lançamento do primeiro disco da carreira, Orgunga, título que tem por definição, segundo o próprio artista, a junção de seus dois maiores orgulhos: o negro e o gay.

Composto de nove faixas inéditas e autorais, o trabalho mostra toda a versatilidade de Dalasam como músico e compositor. Com letras que tratam de temas como autoafirmação, diversidade e amor, o álbum mantém o rap como base das canções, mas transita por sonoridades como o pop, o rock e o funk, trazendo ainda influências de ritmos árabes e provenientes do Nordeste brasileiro.

Orgunga conta com a produção de nomes como Xuxa Levy, Duani e Mahal Pita e, segundo Dalasam, traz mais críticas a várias questões quando comparado ao EP Modo Diverso (2015), com o qual o rapper se tornou a revelação musical do ano passado. “Nós continuamos a saga da celebração, de dizer que o ‘fervo é protesto’”, diz. “Mas com a turnê do EP [...] não tínhamos essa intenção do Orgunga de enaltecer os melhores orgulhos, numa busca por transformar e convidar o público a transformar o que é ‘vergonha’ em orgulho.”

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Nascido e criado em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, Dalasam (iniciais de “disponho armas libertárias a sonhos antes mutilados”) frequentou na adolescência as batalhas de rimas de MCs do metrô Santa Cruz, na zona sul de São Paulo, ao lado de Emicida e Projota, entre outros rappers. Aos 25 anos de idade, conquistou os fãs com o hit Aceite-C, recebendo elogios inclusive de nomes de fora dessa cena musical, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Criolo.

A respeito da apresentação no Auditório, o músico diz que o objetivo é celebrar do começo ao fim com as novas composições e os sucessos anteriores. “A ideia é fazer com que as pessoas vivam desde os momentos mais altos de ferveção até momentos mais emocionantes de músicas que contam um pouco da minha história”, explica. “E que a gente consiga sair de lá muito cheio – cheio de orgulho, de identidade, de senso de existência.”

Depois do espetáculo no Auditório Ibirapuera, a turnê de Orgunga segue para outras cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador. “Eu estou fazendo música e quero enaltecer isso”, diz Dalasam. “O Orgunga vem muito para isso [...] Um dos sonhos é ainda conseguir fazer um show de rap em que você verá todas as pessoas no mesmo lugar, celebrando, e a música cumprindo o papel dela, que é o de trazer um senso de igualdade entre todos.”

Rico Dalasam
domingo 29 de maio de 2016
às 19h
duração: 80 minutos (aproximadamente)

ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)

[livre para todos os públicos]

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Ingresso Rápido, pelo telefone 11 4003 12 12 ou na bilheteria do Auditório:
Horários de funcionamento
sexta e sábado das 13h às 22h
domingo das 13h às 20h