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"Sob o Peso dos Meus Amores" em Porto Alegre

Com 126 trabalhos inéditos de Leonilson, a exposição chega à Fundação Iberê Camargo

Publicado em 16/05/2012

Atualizado às 20:26 de 02/08/2018

Até 3 de junho, a Fundação Iberê Camargo sedia a segunda montagem da exposição Sob o Peso dos Meus Amores, concebida pelo Itaú Cultural no primeiro semestre de 2011, em São Paulo. As diretrizes da curadoria permanecem as mesmas, mas a mostra conta com 126 obras inéditas de Leonilson.

Sob o Peso dos Meus Amores tem curadoria do pesquisador Bitu Cassundé e de Ricardo Resende, consultor e colaborador do Projeto Leonilson – entidade responsável pela catalogação e pela manutenção das obras do artista.

Nesta reedição, a exposição ganha um conjunto de ilustrações realizadas entre 1991 e 1993 para a coluna da jornalista Barbara Gancia, no jornal Folha de S.Paulo. “São cem desenhos que comentam o cotidiano da cidade de São Paulo, do país e do mundo de forma irônica e com humor”, descreve o cocurador Ricardo Resende. Parte importante da obra de Leonilson, esses trabalhos contrapõem a ausência de uma instalação de Leonilson na Capela do Morumbi, remontada em seu sítio original em São Paulo, e de outras obras que foram substituídas nesta segunda versão da mostra.

Organizada em uma ordem cronológica não muito rígida por dois andares da Fundação, a mostra também ocupa o saguão. Nele estão presentes obras de artistas com quem Leonilson conviveu, como Leda Catunda, Sérgio Romagnolo, Daniel Senise, Luiz Zerbini e Albert Hien. “Evidenciamos trabalhos desses artistas da grande movimentação na arte brasileira de retomada da pintura, que ficou conhecida como Geração 80”, contextualiza Cassundé.

Alguns, além de amigos, são parceiros, como Hien, com quem Leonilson divide a autoria da instalação How to Rebuild at Least One Eight Part of the World [Como Reconstruir ao Menos uma Oitava Parte do Mundo], de 1986. Mistura de utopia e ironia, esse trabalho foi criado logo após o acidente nuclear em Chernobyl e antecede a pintura Leo Não Consegue Mudar o Mundo (1989). Nesta, um marrom sem vida predomina na tela, que apresenta um coração vermelho de onde saem, como veias, as palavras “abismo”, “luzes”, “solitário” e “inconformado”.

Para conhecer mais sobre a vida e a obra de Leonilson, acesse: itaucultural.org.br/leonilson

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