Acessibilidade
Agenda

Fonte

A+A-
Alto ContrasteInverter CoresRedefinir
Agenda

Vitor Araújo

Músico faz show de lançamento do disco Levaguiã Terê

Publicado em 10/11/2016

Atualizado às 10:34 de 03/08/2018

No dia 25 de novembro, o músico e compositor Vitor Araújo apresenta, pela primeira vez em São Paulo, o disco Levaguiã Terê, lançado em setembro de 2016. Com 14 faixas, o álbum levou aproximadamente um ano e meio para ser realizado. Uma das ideias que impulsionaram o artista pernambucano nesse trabalho foi compor para grandes orquestras sinfônicas exaltando temáticas do candomblé.

Segundo Vitor, o contato com religiões de matriz africana em Recife é bastante grande, o que influenciou o projeto do disco. “Desde sempre foi uma coisa com que me encantei bastante e sobre a qual queria fazer um trabalho”, diz. “Vários aspectos foram mudando à medida que eu criava o álbum; o processo em si foi se tornando muito mais amplo do que isso, e o candomblé virou apenas um dos elementos do disco, mas a base fundadora foi essa.” Para compor, o pernambucano pensou nos instrumentos utilizados em terreiros, como o ilu.

Essa, no entanto, não foi a única temática de Levaguiã Terê. “Além da orquestra sinfônica e da sessão percussiva, usamos muito das nossas influências da música experimental, principalmente a europeia, a inglesa”, conta o músico. Sigur Rós, Mogwai, Animal Collective, James Blake e The Knife são alguns dos nomes destacados por ele.

Em um aspecto mais erudito, trabalhos brasileiros, como a obra de Villa-Lobos e de Tom Jobim, também ganham espaço entre as referências de Vitor Araújo. Ao escrever para orquestra, o pernambucano aprofundou suas pesquisas musicais. “Por um tempo, deixei os prazeres da vida só para ficar estudando e ser capaz de compor do jeito que eu queria”, diz ele. “Tive alguns anos miseráveis, com nada de prazer e muito trabalho, mas estudei com grandes mestres. Ravel, Debussy, Stravinsky, um bocado de gente que está morta há muito e que sabe demais das coisas.”

A mistura de erudito e experimental não se limita ao disco – ela se estende também ao show e à própria formação da banda. O guitarrista Felipe Pacheco, do grupo Baleia, é formado em música, assim como Vitor. Os dois dividem espaço com Felipe S., vocalista da banda Mombojó e baixista nesta apresentação, que domina a parte tecnológica e criativa da execução do álbum de forma mais instintiva.

No palco, o disco exigiu alterações, algo que já estava claro para Vitor desde o início do processo de composição. “O que eu queria evitar no show era fazer uma versão reduzida do álbum, algo que seria necessário se eu quisesse manter os elementos de orquestra. Por isso, preferi fazer outra versão do disco, que é muito mais pop experimental, apesar de a base das músicas ser a mesma”, explica. Sai então o tratamento orquestral e entra o experimental por meio de elementos eletrônicos, que estão dispostos em Levaguiã Terê, mas em menor escala. Com isso, a experiência do álbum é bastante distinta da apresentação ao vivo.

Depois de tanta elaboração para o espetáculo, Vitor preferiu não trabalhar com elementos no palco e optou por uma iluminação especialmente planejada. “Isso é uma escolha muito forte, porque traz toda a atenção pra gente. Então os músicos, os instrumentos e a luz é que são o cenário do show”, conta.

Vitor Araújo 
sexta 25 de novembro de 2016
às 21h
[duração aproximada: 80 minutos]

ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)

[livre para todos os públicos]

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Ingresso Rápido, pelo telefone 11 4003 12 12 ou na bilheteria do Auditório:
Horários de funcionamento
sexta e sábado das 13h às 22h
domingo das 13h às 20h

Compartilhe