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Ana Cañas apresenta o show “Todxs”

Além de composições do disco homônimo, a cantora interpreta hits de sua carreira

Publicado em 15/05/2019

Atualizado às 16:53 de 28/05/2019

Libras

Você que pensa que pode dizer o que quiser
Respeita, aí!
Eu sou mulher

Respeito às mulheres, todas elas: eis um dos motores da cantora e compositora Ana Cañas. A questão feminista, aliás, está presente no repertório da intérprete desde o seu primeiro disco, Amor e Caos (2007). De lá para cá, vários são os versos que corroboram a luta contra o sexismo, como os destacados acima, frases do single “Respeita”, lançado em maio de 2017. Após mais de um ano, no fim de 2018, chegou ao público o álbum Todxs, quinto trabalho de estúdio da artista – e o feminismo, de novo, faz parte do discurso entoado por Ana.

Na turnê atual, homônima ao CD, há uma mescla de faixas recentes com hits anteriores (como “Tô na Vida” e “Urubu Rei”), setlist que ganha o Auditório Ibirapuera no dia 31 de maio. No palco, a voz de “A Onça e o Escorpião” é acompanhada por Monica Agena (guitarra e violão), Estevan Sinkovitz (baixo e violão), André Lima (teclados), Marco da Costa (bateria) e Francine Môh (backing vocal). Uma equipe que se coloca em oposição a todas as formas de preconceito. Afinal, respeita, respeita aí – todos, todas, todxs.

O político que é abraço

Ainda mais do que antes, o hoje artístico de Ana é marcado por forte cunho político. Engana-se, no entanto, quem acredita que apenas a fala explícita possui esse caráter. “Acho que tudo é político. A música, com certeza, é. O ato de existir, a paixão, o amor, a aceitação de si e do outro, o jeito como você se insere na sociedade: tudo é político”, afirma a cantora.

O título de um projeto também entra nessa lógica, não? Neologismo criado pela geração millenial (que compreende os nascidos na década de 1980 até o início dos anos 2000), a expressão “todxs” é um dos muitos exemplos em que o gênero é retirado da língua portuguesa. Ou melhor: com o uso do “x”, procura-se incluir um mundo de gente, sem distinção. “O termo nos põe em um embate: como lidamos com gênero, uma construção social que serve para manter o patriarcado? Esse é um ponto que a sociedade precisa rever”, questiona Ana. Inquieta há muito tempo, a compositora, na época universitária, envolveu-se com grêmios e diretórios acadêmicos. Agora, o seu senso argumentador continua a pulsar – dentro e fora das notas musicais.

Elaborado a partir de um processo longo, experimental e orgânico, o disco traz levadas do rap e do beat. Já o espetáculo, para ser uma extensão da obra gravada, uma sequência de autoconhecimento, conta com a direção da própria Ana. O resultado ao vivo poderá ser visto no Auditório Ibirapuera, em um evento que alegra a artista. “Para mim, trata-se de uma das casas mais bonitas do país para se apresentar. Fiz vários shows tocantes no Auditório e espero que este seja mais uma comunhão preciosa com a plateia”, torce a intérprete. Um abraço que celebra a liberdade, a emoção. Um abraço em que cabe toda a diversidade humana.

Ana Cañas [com interpretação em Libras]
sexta 31 de maio de 2019
às 21h
[duração aproximada: 90 minutos] 

ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)

[classificação indicativa: 16 anos]
 

abertura da casa: 90 minutos antes do espetáculo.

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Ingresso Rápido e em seus pontos de venda a partir das 13h do dia 17 de maio. Também estão à venda na bilheteria do Auditório Ibirapuera, nos seguintes horários:
sexta e sábado das 13h às 22h
domingo das 13h às 20h

 

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