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Bastidores, com Lenise Pinheiro

No Dia Mundial da Fotografia, estreia série que convida fotógrafos de diferentes campos artísticos para comentar imagens marcantes de sua carreira

Publicado em 19/08/2021

Atualizado às 18:37 de 16/08/2022

Com quase quatro décadas atuando no registro de espetáculos teatrais, a fotógrafa Lenise Pinheiro selecionou sete imagens de seu extenso portfólio e conta aqui histórias ou fatos por trás dessas lembranças. Todos os ensaios foram realizados em São Paulo, terra natal da fotógrafa.

Fotografia colorida de homem branco de cabelo castanho curto vestido com roupa larga escura e segurando coberta olhando com expressão séria, com a boca torta, para a frente, e com o braço direito para trás com os dedos tensionados
(imagem: Lenise Pinheiro)

“Bia Lessa trabalha o singular e o plural, suas criações para os palcos falam muitas línguas. Rugem os refletores! Nesta foto do ator Caio Blat em Grande sertão: veredas, Riobaldo com garra no lugar da mão e feitiço em forma de olhar. Teatro Sesc Pompeia em janeiro de 2019.”

Fotografia colorida de homem idoso branco com cabelo branco calvo do peito para cima vestindo blusa branca e colar colorido  sentado em frente a uma janela no Sesc Pompeia com as mãos abertas  e olhando para a frente com expressão tranquila
(imagem: Lenise Pinheiro)

“Zé Celso e a vista da janela do camarim superior do Teatro Oficina. Ângulo pouco explorado, acesso à pista de vidro no teto retrátil do projeto da Lina Bo Bardi e do Edson Elito. As raízes da árvore cesalpina irrompem o muro do jardim e se projetam para o mundo. Era dia de reportagem, numa tarde de verão de 2010.”

Fotografia horizontal colorida de homem negro de cabelo curto do ombro para cima vestindo camiseta preta e com a língua para fora e olhos bem abertos. Ele está no lado direito da imagem, virado para a esquerda. Ao fundo há uma cortina preta.
(imagem: Lenise Pinheiro)

“O ator Luís Miranda em seu momento de aquecimento. No camarim, ele costura um detalhe no figurino, depois faz a base da maquiagem; dando sequência aos exercícios vocais e de ioga que fazem parte da preparação e do aquecimento para a apresentação abrilhantada por Edite, o Guardador de Carros, Chapeuzinho Vermelho, o Rapper, o Executivo, a Madame e a Velha de Xale, múltiplos personagens e personalidades interpretados por ele no espetáculo Sete conto, em 2010.”

Fotografia colorida de duas pessoas em frente a uma penteadeira com espelho. Uma está sentada em uma cadeira, tem cabelo loiro liso e está de vestido regata rendado, meia calça rasgada e colar de bolinhas e a outra está agachada no chão com camiseta de alcinha e short, cabelo ruivo em moicano e tatuagens no braço. Elas estão sérias.Na penteadeira há um globo de luz.
(imagem: Lenise Pinheiro)

“Em homenagem a Tônia Carrero, sua neta, a atriz Luísa Thiré, interpreta Neusa Sueli, célebre personagem de Plínio Marcos defendida por ambas com décadas de diferença, porém com a mesma intensidade. O mesmo DNA confere beleza. Já a desenvoltura e a visceralidade são frutos da dedicação, do talento e do empenho das duas atrizes. Cada qual com seu Veludo e seu cafetão, elas carregam o fardo da personagem, com nuances de luminosidade e magia. Navalha na carne, no Sesc Bom Retiro, em 2018.”

Fotografia colorida de homem branco com barba e cabelos grisalhos vestido de rei com coroa dourada e capa vermelha sentado em trono dourado. Ao fundo há um jovem branco de roupa preta com detalhe em vermelho
(imagem: Lenise Pinheiro)

“O Rei Lear, com Raul Cortez, surpreendia a cada fala. Interpretação marcante literalmente coroada neste clássico de Shakespeare. A classe proverbial do ator mesclada às ondas de insanidade que vão acometendo o personagem no decorrer da trama suscitava comentários que faziam a alvorada da equipe em suas apresentações, no Sesc Vila Mariana, em 2000. Críticas e elogios recebidos com naturalidade, uma das marcas do saudoso e querido Raul Cortez.”

Fotografia colorida de mulher negra de cabelo curto castanho e vestido preto em meio a plateia de pessoas
(imagem: Lenise Pinheiro)

Por que não vivemos. Título do espetáculo apresentado em 17 de fevereiro de 2020, quando ainda nada se sabia da pandemia que tomaria conta do cotidiano de todos. Palcos e plateias seriam esvaziados. Os olhares do público também seriam distanciados na sequência deste ensaio realizado no Teatro Cacilda Becker. A atriz Camila Pitanga começava a apresentação recebendo o público na entrada do teatro. Com figurino esvoaçante, ela adentrava no espaço cênico, fúlgida personagem, também marca registrada da atriz.”

Fotografia colorida vertical de mulher e homem em pé. Eles são brancos, ela tem cabelo comprido e veste vestido vermelho e ele é calvo e está de camisa e calça beges e suspensórios
(imagem: Lenise Pinheiro)

O assassinato do presidente. Paulo Faria escreve e dirige para Leona Johvs interpretar personagem com força dramática e falas dos dias de agora. Pai e filha se encontram e se confrontam ao legitimar totem e tabu com intensa magnitude. Montagem com altíssimo rigor técnico. Destaque da temporada no teatro da Rua do Triunfo, região central da capital paulista. Teatro Sede Luz do Faroeste em 2018.”

Bastidores é uma série que convida fotógrafos que registram diferentes campos artísticos para selecionar sete imagens de sua carreira e comentar essas produções.

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