Canto para Rinocerontes e Homens

Na praça de uma cidade surge, de repente, um rinoceronte. Estranho, é claro, mas naquele momento ainda não era necessário se preocupar. Um a um, no entanto, vão surgindo novos misteriosos rinocerontes. De onde vêm? Como surgem? Quando se descobre que, na verdade, os próprios habitantes da cidade estão se transformando nos animais, a cena muda de forma. Subitamente, contrair a chamada “rinoceronite” se torna bacana. A cidade, antes habitada por humanos, passa a ser a morada de uma série de rinocerontes – com exceção de apenas um homem, Bérenger.

Esse é o enredo da peça O Rinoceronte (1959), a mais renomada do dramaturgo romeno Eugène Ionesco. É essa narrativa que serve também de essência na livre adaptação Canto para Rinocerontes e Homens, do diretor Rogério Tarifa, encenada nos dias 15, 16 e 17 de julho no Itaú Cultural.

A partir do personagem Bérenger, que critica o comportamento de seus concidadãos e é desprezado por não ter se transformado em rinoceronte, o ato-espetáculo musical aborda os temas centrais da obra de Ionesco – a crítica ao estado de alienação e fanatismo coletivo das sociedades modernas; a distorção da razão –, ao mesmo tempo que os adapta às questões vividas pelo homem contemporâneo.

A montagem conta com prólogo, quatro atos e epílogo. Através de cenas, depoimentos pessoais e vídeos, discute-se sobre a humanidade que as pessoas guardam dentro de si e sobre os motivos que as levam a agir como animais irracionais, como os rinocerontes. O elenco é formado por Gabriela Gonçalves, Guilherme Carrasco, João Victor Toledo, Luísa Valente, Renan Ferreira, Rubens Alexandre e Viviane Almeida.

As apresentações contam com interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Espetáculo Canto para Rinocerontes e Homens
sexta 15 e sábado 16 de julho de 2016
às 20h
domingo 17 de julho de 2016
às 19h
[duração aproximada: 180 minutos com intervalo]
piso -2 – 70 lugares

Entrada gratuita
[distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do espetáculo
público não preferencial: uma hora antes do espetáculo]

[classificação indicativa: 14 anos]