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Case 90 anos de Itaú Unibanco

No dia 27 de setembro, o Itaú Unibanco comemora 90 anos. A data de 1924 é originalmente a da fundação do Unibanco, que é mais antigo do...

Publicado em 13/10/2014

Atualizado às 21:01 de 02/08/2018

 

No dia 27 de setembro, o Itaú Unibanco comemora 90 anos. A data de 1924 é originalmente a da fundação do Unibanco, que é mais antigo do que o Itaú. Após a fusão em 2008, este passou a ser oficialmente o aniversário da organização.

Para celebrar esse marco, foram elaborados um livro comemorativo sobre a história do banco, um site e uma publicação em formato de história em quadrinhos exclusiva para os colaboradores. O post de hoje é para contar um pouco do que foi o processo de definição, elaboração e acompanhamento da produção desses conteúdos.

A área responsável pela coordenação do projeto foi a superintendência de comunicação corporativa do Itaú Unibanco, que contou desde o início com a parceria do Itaú Cultural – Espaço Memória, núcleo de preservação da memória do banco. 

Aliás, em um projeto desse porte, é possível perceber ainda mais como é importante ter um centro de memória. Ele é base para começar tudo e foi nossa principal fonte de depoimentos e fotos, além de ter sido fundamental na validação do conteúdo e no suporte ao levantamento de informações.

Para o Espaço Memória, o projeto acabou sendo importante também para alimentar o acervo, já que foram feitas novas entrevistas, novas fotos, vídeos e, automaticamente, descobertas novas histórias.

Bem, mas para tornar este post útil para você escolhemos fazer algo mais prático e contar os passos importantes que foram necessários para concretizar todos esses projetos.

1. O primeiro passo foi definir a agência que tocaria o projeto conosco. Fizemos um briefing inicial para a nossa área de compras, que nos auxiliou no processo de concorrência. Entre os aspectos considerados estavam o know-how de cada agência, sugestões apresentadas para o projeto e adequação ao orçamento.

2. Escolhida a agência, definimos o briefing junto com a vice-presidência de marketing e comunicação corporativa, que foi o sponsor do projeto e nosso ponto focal para validação de todos os conteúdos produzidos. Para a pesquisa histórica e iconográfica, análise documental e redação do livro, foram convidados a historiadora Ana Luiza Martins e um pesquisador para identificar as imagens que entrariam no livro. A partir daí, deu-se início à pesquisa no acervo do Espaço Memória, trabalho este que durou de janeiro de 2013 a fevereiro de 2014. Uma vez definida a melhor metodologia de pesquisa para o desenvolvimento do projeto, foram realizadas as análises das fontes primárias – bibliografias, biografias, depoimentos, documentação própria, pública etc.

3. Com briefing e formato definidos, demos início às entrevistas com os personagens. Foram realizadas 21 entrevistas pela historiadora responsável pelo projeto, todas acompanhadas pela equipe de comunicação, e a maior parte delas foi filmada para que os vídeos pudessem ser usados nos QR Codes espalhados pelo livro. As que não foram filmadas foram gravadas em áudio, mas tudo foi devidamente documentado.

4. Aliás, a decisão de ter QR Codes no livro foi o ponto de partida para o nascimento de outro projeto: o site comemorativo. Isso porque, em uma de nossas diversas reuniões de trabalho, chegamos à conclusão de que deixar vídeos tão interessantes apenas no QR Code limitaria o acesso das pessoas. Afinal, apesar de esta ser uma ferramenta tecnológica de grande utilidade, ainda há muitas pessoas que não têm o aplicativo e não conseguiriam acessar o conteúdo.

5. Para definir o formato do site, fizemos um novo briefing e decidimos que, além de hospedar os vídeos, ele também teria o livro em PDF, pois, como o livro era uma publicação dirigida, essa seria uma forma de ampliar seu alcance, inclusive disponibilizando o conteúdo para os colaboradores, além dos exemplares que ficam na biblioteca do banco disponíveis para empréstimo.

6. Paralelo ao livro, outro projeto era desenvolvido: uma história em quadrinhos exclusiva para os colaboradores do banco. Foi a forma que encontramos de prestigiar nossos colaboradores, que são quem de fato escrevem a nossa história todos os dias. A HQ, como a apelidamos, ou gibi, como alguns chamaram, foi feita pelo cartunista Spacca, também sob a coordenação da Scriptorio, a agência que nos auxiliou. Relatar a história do banco em formato de quadrinhos foi uma forma lúdica e atrativa que encontramos para impactar nossos colaboradores e despertar o interesse deles para conhecer toda a história. Afinal, quando se começar a ler a HQ não se quer parar!

7. Todas as publicações foram elaboradas em três línguas: português, inglês e espanhol, tendo em vista a atuação do banco em outros países. E todo o conteúdo do livro e da HQ foi validado pela vice-presidência de marketing e comunicação corporativa, pela presidência do banco e pela presidência do Conselho de Administração. Isso porque, além de ocuparem esses cargos, os presidentes são membros das famílias acionistas da organização, ou seja, conhecem a história melhor do que todos. Ao Espaço Memória coube a validação de todos os nomes e datas, além de uma consultoria geral no conteúdo.

8. O site entrou no ar no dia 29 de agosto, junto com uma campanha de endomarketing sobre os 90 anos, em que, ao convidar o colaborador para contar a sua história, o convidávamos também para conhecer a nossa história no site. O livro foi lançado em um evento comemorativo voltado para formadores de opinião, acionistas, clientes, jornalistas e autoridades, na Sala São Paulo, no dia 3 de setembro, e a história em quadrinhos foi entregue a todos os colaboradores no dia 26 de setembro, véspera do aniversário do banco.

Acho que o principal a ser feito em projetos como esses e que posso dizer que ficou de “lição” é firmar parcerias com áreas que possam lhe ajudar e envolvê-las desde o início no projeto, mapear todos os stakeholders, ter um cronograma bem completo, que contemple todas as etapas importantes e que tenha uma “folga”, pois tudo que envolve conteúdo costuma ter muitas alterações e validações.

Se a sua organização for composta de diferentes famílias ou diferentes grupos controladores, é importante também ter um sponsor representando cada parte para garantir que os conteúdos fundamentais não se percam.

Ter profissionais que estão há bastante tempo na empresa envolvidos diretamente no projeto também ajuda bastante. No caso da comunicação corporativa, três dos profissionais envolvidos tinham mais de uma década de banco. Essa “memória humana” ajuda muito, pois, pelo tempo de atuação, essas pessoas costumam ser bem preparadas, sabem onde buscar informações e com quem falar, e têm facilidade de corrigir a edição.

E, por fim, outros eventos estão previstos a fim de continuar esta comemoração ao longo de 2015; afinal, os 90 anos vão até setembro do ano que vem. Em outra oportunidade, falamos de outros projetos. Acesse o nosso site e conheça um pouco mais da nossa história: http://www.itauunibanco90anos.com.br

 

Fernanda Botelho é jornalista, pós-graduada em gestão da comunicação organizacional e relações públicas, e integra a área de comunicação corporativa do Itaú Unibanco. Atua como analista de comunicação corporativa no Itaú Unibanco há três anos e foi uma das responsáveis pelo projeto comemorativo dos 90 anos do banco.

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