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Com 34 anos de carreira, Carlos Careqa lança seu 13º álbum no Itaú Cultural

Entre rock, blues, música erudita e música popular brasileira, Todos Nós traz letras com ironia e lirismo escritas sob a ótica da fragilidade

Publicado em 22/08/2018

Atualizado às 15:39 de 05/09/2018

O músico Carlos Careqa lança seu 13º álbum, Todos Nós. O show ocorre em 9 de setembro, às 19h, no Itaú Cultural, em São Paulo. Com Careqa na voz e no violão, Marcio Nigro e Mario Manga nas guitarras (este último também no violoncelo) e Glauco Solter no contrabaixo, o novo álbum, como é típico do autor, passeia pela música popular e pela erudita, entre outras referências. Nas letras, disse o autor, estão questões sobre a “fragilidade da vida”.

As faixas de Todos Nós têm então esse diálogo entre gêneros. “Dente de Leão” lembra bastante o rock dos anos 1960 na sua parte final, e também tem uma seção em que os versos “outono ou nada, outono” são cantados como uma melodia próxima a das “Quatro Estações”, de Antonio Vivaldi. “A Menina Chorou” abre com berimbaus, que se mesclam a um ritmo do rock. “Mãe Não É Tudo” tem violões blues. “Vida É Sonho”, batida, baixo e guitarra dos anos 1980. As 13 faixas do álbum proporcionam essa diversidade de descobertas, renovada com outras audições.

O lirismo existencial transparece ao longo de todo o álbum, por exemplo nos versos de “Coração Rasgado” – “Coração rasgou / Índio chororô / Vida que acabou aqui” – ou de “A Menina Chorou” – “a menina não sabe, mas ainda vai sofrer / porque viver é chorar, viver é viver // porque viver é chorar, viver é viver, viver é morrer”. A ironia também marca as letras, como em “Morrer Ainda Vai Ser um Bom Negócio”: “O sucesso a qualquer preço, pago o que posso / O fracasso me subiu à cabeça, isso eu troço / Tenho mais o que fazer do que posar pra fotografia / Minha cama já arrumei, a fama recusei, disse à minha tia: ‘Morrer ainda vai ser um bom negócio’”.

Careqa começou sua carreira artística em 1984, tocando em bares e criando trilhas sonoras. Em 1993, lançou seu primeiro álbum, Os Homens São Todos Iguais. Pela sátira, pelo humor e pelo lirismo das suas letras, já foi associado à vanguarda paulista, movimento cultural que durou de 1979 a 1985, e abrange artistas como Itamar Assumpção, Tetê Espíndola e Arrigo Barnabé – que participaram da gravação de Os Homens São Todos Iguais. O cantor foi selecionado nas edições 1997-1998 e 2010-2012 do Rumos Música Mapeamento. Além da obra musical, é ator, tendo atuado em Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bodanzky, entre outras produções audiovisuais.

Saiba mais sobre o seu trabalho na Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.

Carlos Careqa
domingo 9 de setembro de 2018
às 19h
[duração aproximada: 80 minutos]
Sala Itaú Cultural – 224 lugares

Entrada gratuita

distribuição de ingressos
público preferencial: uma hora antes do espetáculo, com direito a um acompanhante – ingressos liberados apenas na presença do acompanhante | público não preferencial: uma hora antes do espetáculo, um ingresso por pessoa

[livre para todos os públicos]

Clique aqui para saber mais sobre a distribuição de ingressos.

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