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Dia Nacional do Documentário Brasileiro: celebre com a Itaú Cultural Play

Confira uma seleção de títulos que estão disponíveis na plataforma de streaming gratuita

Publicado em 07/08/2021

Atualizado às 11:45 de 07/02/2023

Neste sábado, 7 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Documentário Brasileiro. A Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita dedicada a produções nacionais e lançada em 19 de junho pelo IC, tem um grande acervo de filmes do gênero – mais da metade do catálogo é composta de documentários.

A seleção presente na plataforma é muito variada e ampla, com filmes históricos, outros premiados e iniciativas experimentais, com diferentes recortes de raça, etnia, gênero e região.

Também, o Itaú Cultural lançou no começo do ano o podcast Versões do tempo, um espaço de diálogo entre profissionais do audiovisual, críticos e pesquisadores, entre outros, sobre o documentário brasileiro contemporâneo em seus vários aspectos: das questões éticas às técnicas, da escolha de temas ao processo de criação, sem definir verdades, mas procurando caminhos para a criação documental. A segunda temporada foi lançada ontem, 6 de agosto. Acesse aqui todos os episódios disponíveis.

Confira abaixo a seleção que a equipe do IC separou para você celebrar essa data. E, se você ainda não acessou a Itaú Cultural Play, entre em itauculturalplay.com.br ou no aplicativo para mobile, faça seu cadastro gratuito e aproveite!

1

Garrincha, alegria do povo
Joaquim Pedro de Andrade | 1962 | Rio de Janeiro

Fotografia em preto e branco horizontal de homem com uniforme de futebol de costas. A camiseta tem listras verticais, manga comprida e o número 7. Ele está de bermuda curta preta e meião até o joelho.
Garrincha, alegria do povo (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Inovador na montagem e na fotografia, o filme marca um novo momento para a história do documentário no Brasil. Peça-chave no movimento do Cinema Novo, o diretor descarta os recursos fáceis e o mero elogio biográfico para investigar as várias dimensões simbólicas de seu personagem.

2

Isto é Pelé
Eduardo Escorel e Luiz Carlos Barreto | 1974 | Rio de Janeiro

Fotografia colorida de três jogadores de futebol em campo, todos com roupa branca. Um deles, no meio é Pelé. Ele é um homem negro de cabelo curto.
Isto é Pelé (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Emocionante como uma partida de futebol, o filme é narrado por Pelé e pelo jornalista Sérgio Chapelin. Uma sucessão de lances, dribles e passes e uma compilação interminável de gols do jogador fazem a alegria dos amantes do esporte.

3

A negação do Brasil
Joel Zito Araújo | 2000 | São Paulo

Fotografia horizontal em preto e branco de um homem branco de cabelo curto, bigode e terno ao lado de uma mulher negra, de vestido e turbante brancos e colar de contas. Eles olham sérios para o lado direito.
A negação do Brasil (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Neste documentário pioneiro e extremamente atual, o diretor reúne depoimentos de importantes atores negros, como Milton Gonçalves, Léa Garcia, Zezé Motta e Ruth de Souza. Mais do que um filme, é um manifesto a favor da incorporação positiva da negritude nas imagens televisivas do país.

4

Assim é, se lhe parece
Carla Gallo | 2011 | São Paulo

Retrato colorido de Nelson Leirner. Ele é um homem branco, idoso, com cabelo e barba brancos. Ele sorri.
Assim é, se lhe parece (imagem: frame do filme)

Por que ver?

O filme se inspira na irreverência do trabalho e no espírito debochado de Nelson Leirner. A maneira aparentemente despojada e cômica com que filma o personagem é um caminho adequado para revelar a profundidade e a potência crítica da obra de Leirner. Produção da série Iconoclássicos, do Itaú Cultural.

5

Daquele instante em diante
Rogério Velloso | 2010 | São Paulo

Fotografia colorida do cantor. Ele é um homem negro, de cabelo curto, bigode e cavanhaque. Veste uma camisa azul aberta e está de óculos escuros. Está cantando, com o microfone na mão direita.
Daquele instante em diante (imagem: frame do filme)

Por que ver?

“Ninguém sai incólume de um show de Itamar.” Essa frase, dita por uma das parceiras musicais de Itamar Assumpção, traduz com exatidão o efeito que o documentário nos causa. Desde as primeiras imagens, somos arrebatados pelo magnetismo das performances e da personalidade do músico.

6

As hiper mulheres
Takumã Kuikuro, Carlos Fausto, Leonardo Sette | 2011 | Pernambuco

Fotografia colorida de uma mulher indígena de cabelo preto com franja, colar branco e braços pintados de preto com bolas vermelhas, com o peito pintado de preto mais suave. Ela está com a mão direita no ombro esquerda e olha para o ombro, séria.
As hiper mulheres (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Um dos filmes indígenas mais premiados e conhecidos no Brasil, é uma viagem antropológica ao coração de um ritual feminino ancestral. A força das mulheres na comunidade e seu esforço coletivo são filmados com sensibilidade e olhar privilegiado. Produção do Vídeo nas Aldeias.

7

Zawxiperkwer Ka’a – Guardiões da floresta
Jocy Guajajara e Milson Guajajara | 2019 | Pernambuco

Fotografia colorida de um homem indígena sentado em cima de um tronco no meio de uma parte descampada da floresta
Zawxiperkwer Ka’a – Guardiões da floresta (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Com a tensão digna de um thriller policial, o filme tem como cenário a última parte preservada da floresta amazônica maranhense. Fortalecendo o protagonismo de suas personagens, a narrativa acompanha de perto as ações de resistência dos Guardiões da Floresta. Produção do Vídeo nas Aldeias.

8

Wai’á Rini, o poder do sonho
Divino Tserewahú | 2001 | Pernambuco

Fotografia colorida de vários homens indígenas andando em fila com shorts vermelho
Wai’á Rini, o poder do sonho (imagem: frame do filme)

Formado pelo Vídeo nas Aldeias, o cineasta Divino Tserewahú é uma referência para o audiovisual indígena. Neste filme, ele revela os segredos de um rito desconhecido. Coreografias, danças e cantos são vistos pelo olhar de uma câmera participante, integrada aos personagens e às situações que filma.

9

500 almas
Joel Pizzini | 2005 | Mato Grosso do Sul

Fotografia vertical colorida de uma pessoa em uma canoa em um rio. O rio segue até metade da imagem, quando acaba sendo complementado por árvores e acima o céu. Bem no meio está o sol, que brilha e reflete na água, sobre a canoa. Toda a imagem é alaranjada pela luz do sol.
500 almas (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Para compor esta história ao mesmo tempo trágica e emocionante, o diretor recorre a sequências encenadas, depoimentos, cenas de arquivo e encontros. Ao lado do interesse pelos mitos Guató e pela memória, esses materiais compõem o que o diretor define como uma “etnopoesia” cinematográfica.

10

A paixão de JL
Carlos Nader | 2014 | São Paulo

Desenho de um corpo com riscos dourados vindo de cima e entrando no corpo
A paixão de JL (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Ensaio poético sobre o artista visual José Leonilson. Prêmio de Melhor Documentário Brasileiro no festival É tudo verdade, esta obra é construída poeticamente com imagens de arquivo. Leonilson é uma figura relevante nas artes visuais contemporâneas, com reconhecimento internacional. Sua obra antecipou discussões sobre identidade de gênero, violência contra minorias e cultura LGBTQ+ no Brasil.

11

Aqui favela, o rap representa
Júnia Torres e Rodrigo Siqueira | 2003 | Minas Gerais

Fotografia colorida de três homens jovens negros sorrindo. Um veste touca preta, camiseta preta e azul e calça preta, o outro boné marrom, óculos escuros e blusa branca e preta e o último está de boina e camiseta azul em que está escrita crime e segura um bebê.
Aqui favela, o rap representa (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Na melhor tradição do documentário brasileiro, o filme dá voz e autonomia a seus personagens – os artistas que no começo dos anos 2000 começavam a fazer do rap a expressão musical mais importante dos últimos 20 anos do país. Por entre vielas, becos e muitos discos, o movimento é captado em plena formação.

12

A rainha Nzinga chegou
Júnia Torres e Isabel Casimira | 2019 | Minas Gerais

Fotografia colorida de duas pessoas ajoelhadas na areia. Um homem, negro, com turbante e blusa roxos, saia azul e calça branca, com tambor na mão. Uma mulher negra de cabelo preto preso em coque, vestido branco e pulseiras. O céu ao fundo é azul.
A rainha Nzinga chegou (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Ao cruzar o oceano rumo à África, o filme nos conduz por uma viagem em direção aos laços que unem o Brasil a Angola. As celebrações do congado, em que os cultos africanos se fundem ao cristianismo, são o ponto de convergência de dois territórios marcados por uma experiência histórica comum.

13

Casa de cachorro
Thiago Villas Boas | 2001 | São Paulo

Fotografia colorida de mulher negra com cabelo curto liso preso e blusa azul, com os braços cruzados, encostada na parede e olhando séria para a esquerda
Casa de cachorro (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Sob um viaduto da Marginal Tietê, em São Paulo, vivem diversas famílias. Em meio às ruínas de uma metrópole desigual, um homem constrói casas de cachorro. Na melhor tradição do documentário de denúncia social, o filme se envolve intimamente com a realidade que quer captar. Embrenha-se no espaço e dá voz a seus personagens. A surpresa e o acaso são também os aliados do diretor neste retrato contundente de uma tragédia social das grandes cidades.

14

Dormentes
Inês Cardoso | 2003 | São Paulo

Retrato colorido de um homem negro calva de cabelo e bigode grisalhos, óculos de grau e camisa rosa clara.
Dormentes (imagem: frame do filme)

Por que ver?

As ruínas e a memória de uma antiga ferrovia do sertão de Pernambuco. Tocante como um retrato desbotado, o curta reúne depoimentos de antigos trabalhadores da ferrovia e de habitantes das cidades afetadas. Lembranças, dores, saudades e canções brotam da voz de cada entrevistado, criando um arquivo imaterial e simbólico de uma cruel transformação.

15

Yorimatã
Rafael Saar | 2014 | Rio de Janeiro

Fotografia colorida de um trilho de trem em meio à mata com uma pessoa vestida de branco caminhando sobre os trilhos ao longe
Yorimatã (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Cantoras, compositoras e libertárias, Luhli e Lucina atravessaram a década de 1970 quebrando tabus e desenhando novos caminhos para a música brasileira. Cenas de arquivo, performances e conversas reconstituem a trajetória das duas. Em meio a esse rico material, ainda é possível encher os olhos com uma apresentação de Ney Matogrosso, feita especialmente para o filme, interpretando a canção “Pedra de rio” ao lado de Luhli e Lucina.

16

Nũhũ Yãgmu Yõg Hãm – Essa terra é nossa!
Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero | 2020 | Minas Gerais

Fotografia colorida de uma mulher com vestido vermelho e cabelo castanho comprido de costas, apoiada em uma cerca de arame farpado e olhando para o horizonte, onde há árvores, montanhas e o céu azul com algumas nuvens
Nũhũ Yãgmu Yõg Hãm – Essa terra é nossa! (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Produzido e dirigido pelos Tikmũ’ũn, o filme é um registro implacável e sem maquiagens sobre a ação devastadora do homem branco, desde a chegada dos portugueses até os dias de hoje. Ao assumir o protagonismo da narração, os indígenas constroem um discurso crítico impactante e demolidor.

17

Jaime Sodré e o Carnaval negro na Bahia
TVE | 2021 | Bahia

Fotografia colorida do homem negro de camisa branca e cabelo branco escrevendo em livro
Jaime Sodré e o Carnaval negro na Bahia (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Com depoimentos do próprio Jaime Sodré, o filme é uma importante contribuição à memória da cultura baiana e brasileira. Ele mostra desde o nascimento dos afoxés de Salvador, oriundos dos terreiros de candomblé, até o surgimento dos blocos afro e sua consolidação na festa popular do Carnaval.

18

Território: nosso corpo, nosso espírito
Clea Torres e João Paulo Fernandes | 2019 | Mato Grosso do Sul

Fotografia colorida de homem indígena em meio a manifestação segurando bandeira e placa com as palavras aldeia marakana rexiste rj descolonização de pindorama já ayaya pachamama
Território: nosso corpo, nosso espírito (imagem: frame do filme)

Por que ver?

“Estamos lutando pelo nosso direito de existir.” A frase da líder Sônia Guajajara é ilustrativa deste filme-manifesto centrado na presença das mulheres nas frentes da luta indígena. Falas e depoimentos de diversas líderes estabelecem relações entre a noção de território, corpo e autonomia feminina.

19

Taego Ãwa
Henrique Borela e Marcela Borela | 2016 | Goiás

Fotografia colorida de menina de costas com lama nas costas ao lado de mulher indígena de camiseta listrada bege, azul claro e rosa claro e criança
Taego Ãwa (imagem: frame do filme)

Por que ver?

A produção nasceu do contato dos cineastas com velhas fitas VHS encontradas nos armários de uma universidade. O material mostrava cenas cotidianas dos indígenas Ãwa. A partir delas, de novas filmagens e de conversas com os indígenas, os diretores restituem a voz e a imagem de um povo dado como desaparecido.

20

Andarilho
Cao Guimarães | 2007 | Minas Gerais

Fotografia colorida de um local com água cercada por um muro de concreto que está amarelado pois reflete a luz do sol. Há um homem sobre uma mureta mais próxima à agua. Ele e o muro estão refletidos na água. O céu é azul e límpido.
Andarilho (imagem: frame do filme)

Por que ver?

Uma experiência audiovisual híbrida, que escapa dos formatos convencionais do documentário. A vivência dos três caminhantes é narrada por meio de recursos sensoriais, sobretudo por uma trilha sonora não emotiva, por dilatações do tempo e por efeitos fotográficos que renovam a nossa percepção.

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