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Itaú Cultural exibe debate sobre a visão de mundo dos indígenas brasileiros

Conversa se inspira nos temas do filme A Febre, de Maya Da-Rin, e agrega os escritores Nego Bispo e Jaider Esbell

Publicado em 04/12/2020

Atualizado às 17:51 de 08/12/2020

Lançado em novembro, o filme A Febre, da diretora Maya Da-Rin, tem suscitado vários debates on-line que exploram suas temáticas. Em 8 de dezembro, às 20h, o Itaú Cultural recebe uma dessas mesas: Cosmopolítica, Cosmofobia e Cosmovisão: o Sonho e a Partilha do Real, com três convidados – o escritor e mestre quilombola Antônio Bispo dos Santos e o escritor e artista Jaider Esbell, além da mediadora, a ativista Tsitsina Xavante. Acompanhe aqui pelo site do IC.

Veja também:
>> podcast Mekukradjá e playlist Culturas Indígenas, no Youtube

O debate, entre outros temas, trata do cosmos indígena – sua perspectiva particular de como se dá o ordenamento do mundo, das coisas e dos seres. O ponto de vista sobre essa organização e essas relações produz um modo de entendimento, uma cosmovisão, e um modo de agir e de mobilizar os outros, uma cosmopolítica. A cosmofobia, nesse sentido, estaria próximo de noções como epistemicídio: a recusa e a tentativa de apagar esses saberes e práticas.

Antônio Bispo, conhecido como Nego Bispo, é lavrador, escritor, liderança quilombola do Saco do Curtume, comunidade localizada em São João do Piauí (PI). Jaider Esbell é produtor cultural, escritor, artista, curador da etnia MakuxiTsitsina Xavante é liderança do povo Xavante, filha de Mário Juruna, primeiro deputado indígena do país.

Antes de Cosmovisão, Cosmofobia e Cosmovisão, foram feitos os encontros “Deslocamentos e Conexão Entre Mundos”, na TV Folha, com o escritor Ailton Krenak, o sociólogo Laymert Garcia dos Santos e a comunicadora Naine Terena; e “Políticas da Imagem e Construção de Imaginários”, na Rádio Yandê (assista), com a coordenadora de comunicação do veículo, Renata Tupinambá, a cineasta Graciela Guarani e o arquiteto Wellington Cançado.

A Febre, como diz o crítico José Geraldo Couto, consiste em “um marco no modo como o cinema encara esse personagem trágico que é o índio no mundo dos brancos – ou, mais precisamente, o índio brasileiro num país entregue desde sempre à voracidade predatória de um certo modelo de civilização”. O longa retrata a vida de Justino, indígena do povo Desana, morador de Manaus, no Amazonas. Acossado por uma criatura misteriosa, durante uma febre intensa, ele é levado a relembrar sua vida na aldeia e a desejar ter um lugar seu.

Sobre o tema do filme, assista também à “Indígenas na Contemporaneidade”, vídeo do escritor Daniel Munduruku, entre outros conteúdos seus publicados no nosso site.

Cosmopolítica, Cosmofobia e Cosmovisão: O Sonho e a Partilha do Real
terça 8 de dezembro
às 20h

on-line | site do Itaú Cultural

[livre para todos os públicos]

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