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Lorena Portela, um certo alguém

“Quero ser velha, aumentar a lista de clássicos já lidos, ser tão sábia a ponto de parar de me preocupar com besteira”, diz a escritora

Publicado em 04/02/2021

Atualizado às 11:58 de 04/02/2021

Qual é a história da sua maior saudade?

A primeira sou eu pequena, talvez com uns 7 anos. Domingo de manhã, cheiro de comida com pimenta feita pela minha mãe, roupa limpa no varal, LPs do Bob Dylan e do Raul Seixas tocando. É uma das memórias mais vivas da minha infância e eu tinha alguma ideia de que a vida era boa. Se eu fechar os olhos, consigo voltar para lá agora. Minha segunda maior saudade é o mar de Jericoacoara. 

O que a emociona no seu dia a dia?

Reler trechos de livros que grifei. Dias de sol em Londres. Gal Costa cantando “Baby”. 

Como você se imagina no amanhã?

Quero ser velha, aumentar a lista de clássicos já lidos, ser tão sábia a ponto de parar de me preocupar com besteira, continuar vendendo meus livros com bilhetes escritos à mão, ouvindo música, vendo filmes, reunindo amigos e indo à praia quando der. 

Quem é Lorena Portela?

Recomecei a terapia nesta semana para ver se consigo responder perguntas como essa a contento (risos). Por enquanto, a definição que mais uso é “sou autora do romance Primeiro Eu Tive que Morrer”. Mas posso voltar aqui depois de mais algumas sessões?

Imagem mostra a escritora Lorena Portela. Ela usa óculos e olha para a câmera.
Lorena Portela (imagem: divulgação)

Um Certo Alguém
Em Um Certo Alguém, coluna mantida pela redação do Itaú Cultural (IC), artistas e agentes de diferentes áreas de expressão são convidados a compartilhar pensamentos e desejos sobre tempos passados, presentes e futuros.

Os textos dos entrevistados são autorais e não refletem as opiniões institucionais.

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