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Rumos Legado: Giana Viscardi recebe Nailor Proveta

Giana apresenta sua “menina dos olhos”, o terceiro CD, Orum

Publicado em 20/02/2014

Atualizado às 20:51 de 02/08/2018

No dia 7 de março, às 20h, a cantora Giana Viscardi sobe ao palco do Itaú Cultural e apresenta seu terceiro álbum, Orum (2013) – disco que, segundo Letieres Leite, seu arranjador, traz “a ancestralidade em sua base”, “passeia pela música erudita e faz um flerte vigoroso com o jazz” – além de destaques dos CDs anteriores. O show tem a participação do instrumentista, compositor e arranjador Nailor Proveta e compõe o Rumos Legado, série que retoma a memória do Rumos Itaú Cultural.

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Giana também lançou Tinge (2001) e 4321 (2005) – este último premiado pelo festival americano Just Plain Folks nas categorias Melhor Álbum e Melhor Canção (“Gata Lúcida”). São vinte anos de carreira, nos quais excursionou por países como Espanha, Alemanha, Japão, Tailândia, Estônia e México. No instituto, a sua banda será formada por Gustavo Marques, no violão e na direção musical; Vitor Cabral, na atabaqueria (uma bateria feita de atabaques); Cauê Silva, na percussão; e Fi Maróstica, no baixo acústico.

Nailor Proveta é clarinetista e saxofonista da Banda Mantiqueira. Acompanhou importantes artistas do país – Milton Nascimento, Gal Costa, Edu Lobo, Raul Seixas, Yamandu Costa –, assim como músicos internacionais – Natalie Cole, Ray Coniff, Anita O’Day e Sadao Watanabe.

Assista na aba Vídeos ao registro da passagem de Giana pelo Rumos Música, no qual foi selecionada na edição 2004-2005. Confira também trecho de um show de Nailor Proveta junto à Jazz Sinfônica, no Auditório Ibirapuera.

Leia abaixo uma entrevista com Giana.

Como será o show? Apenas músicas de Orum, o CD mais recente, ou também retoma o repertório dos álbuns anteriores? Alguma surpresa?

O show será fundamentalmente do disco novo, pois é ele minha menina dos olhos agora, mas tocarei "4321" e "Tinge", canções que dão nome aos meus dois outros álbuns. Traremos a atabaqueria – uma bateria feita de atabaques. É um instrumento que tem um som único, pois é feito à mão, trazido especialmente da Bahia. Muito lindo.

Como será a participação de Nailor Proveta? Já tocaram juntos antes?

Admiro o Proveta há muitos anos, desde o meu início na música. Ele é um mestre e para mim será uma honra tocar com ele pela primeira vez. O Orum é um disco que reverencia a música instrumental, por isso queremos sempre convidar instrumentistas. Poder contar com a sabedoria do Proveta é o máximo.

Essa série de shows destaca artistas anteriormente selecionados pelo Rumos Música. Como foi a sua participação no programa? No que a seleção contribuiu com a sua carreira?

O Rumos me ajudou a concluir a gravação do meu segundo disco, o 4321. Foi uma oportunidade de juntar a banda e ensaiar e amadurecer o repertório. Vendo o vídeo agora, eu me lembrei bem dessa época: faz dez anos! Éramos superjovens e nossos caminhos seguiram lado a lado: somos todos amigos e parceiros em produção fervilhante.

É curioso que essa retrospectiva, esse convite me chegue agora em que lanço o meu terceiro disco. Eu amadureci muito como cantora e compositora, mas nesse registro tão impecável do vídeo do Rumos de 2004 vejo que existe uma linha condutora, uma estética que se continua em minha carreira. Muito tempo se passou, mas o caminho aventureiro de criar arte, música com o frescor do risco, do inusitado, ainda está comigo.

O Rumos é um prêmio, ele avaliza essa escolha, esse caminho menos fácil de uma música que não busca ser sofisticada, mas que para o que se entende como mercado musical acaba sendo. Essa produção contemporânea que traz consigo a pesquisa da tradição e que ao mesmo tempo busca enveredar o novo.

Mais uma vez eu me sinto lisonjeada.

Rumos Legado: Giana Viscardi recebe Nailor Proveta
sexta 7 de março
20h

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