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Sebastião Tapajós

Espetáculo Por entre as Árvores comemora 65 anos de carreira do violonista

Publicado em 01/06/2016

Atualizado às 09:55 de 05/10/2021

O violonista e compositor paraense Sebastião Tapajós sobe ao palco do Auditório Ibirapuera, acompanhado pelos músicos Igor Capela (violão de sete cordas) e Andreson Dourado (piano elétrico), para apresentar o espetáculo Por entre as Árvores, que comemora seus 65 anos de carreira e 74 de idade. Durante o show, composto de gêneros musicais diversos – como guitarrada, samba, choro, valsa e tango –, o artista mostra composições de seu repertório violonístico, como “Aos da Guitarrada” e “Anacã”, além de novas canções, como a faixa-título “Por entre as Árvores”.

O nome do espetáculo, escolhido por Sebastião, faz referência a Santarém (PA), sua cidade natal. Segundo o músico, o título surgiu espontaneamente, devido à observação da paisagem e daquilo que ele enxerga por entre as árvores de sua casa. “Da varanda de casa [localizada em uma área rural da cidade] vejo muitas árvores onde os pássaros (os sabiás) ficam cantando”, diz. “De repente, você avista a água – que parece uma piscina. Mas, na verdade, quando se aproxima, se dá conta de que ela [a água] é o Rio Tapajós.

Com mais de 50 discos lançados ao longo de seis décadas e meia de uma trajetória artística de sucesso, Sebastião diz que a paixão pela música começou cedo. “Ela me hipnotizou quando eu tinha 5, 6 anos de idade. Eu ouvi Dilermando Reis [violonista e compositor] tocando 'Abismo de Rosas', 'Doutor Sabe Tudo' e 'Xodó da Baiana'”, diz. “Depois, um artista de São Paulo que, na minha opinião, foi quem determinou o rumo da bossa nova: Anibal Augusto Sardinha [Garoto, violonista e compositor], autor de 'Duas Contas' e 'Gente Humilde'. Quando eu o ouvi, bateu forte em mim.”

A partir daquele momento, a música e o violão nunca mais saíram da vida de Sebastião, que teve o pai como primeiro professor. Aos 9 anos, ele já participava do grupo Os Mocorongos – nome que faz referência a quem nasce na região do Tapajós –, formado por trombone, saxofone, trompete, bateria, contrabaixo, violão e, às vezes, piano. “Eu toquei em um baile, aos 9 anos, e me deram um cachezinho. Foi uma felicidade”, relembra.

Após estudar violão clássico em Belém e no Rio de Janeiro, o músico se mudou em 1964 para Portugal, onde se formou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, e depois para a Espanha – nos dois países, ainda teve aulas com o mestre Emilio Pujol (compositor e violonista). De volta para o Brasil, ao lado da Orquestra Sinfônica Nacional no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, executou a obra “Concerto para Violão e Pequena Orquestra”, de Villa-Lobos, num espetáculo que impulsionou sua carreira.

O virtuose, consagrado no Brasil e no exterior – principalmente na Alemanha, onde se apresentou inúmeras vezes e teve o álbum Guitarra Criolla (1982) eleito e premiado como disco do ano –, já subiu ao palco ao lado de grandes nomes da música nacional e internacional, como Sivuca, Hermeto Pascoal, Altamiro Carrilho, Oscar Peterson, Astor Piazzolla e Paquito D'Rivera.

Atualmente, além das apresentações de Por entre as Árvores, Sebastião está trabalhando em um novo projeto, dedicado aos mestres da guitarrada (ainda em fase de produção e sem previsão de lançamento). Ele segue propagando seus ensinamentos e sua música aos talentos da nova geração de instrumentistas paraenses e sinalizando que não tem a intenção de parar nem de se aposentar tão cedo.

Sebastião Tapajós
sábado 18 de junho
às 21h
[duração aproximada: 90 minutos]

Entrada gratuita [os ingressos serão distribuídos na bilheteria do Auditório, uma hora e meia antes da apresentação. Limite de dois ingressos por pessoa. Sujeito à lotação da casa].

[livre para todos os públicos]

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