A quarta sequência didática do projeto “CineAula IC Play” traz propostas de exercícios a partir do curta-metragem “Òrun Àiyé – a criação do mundo”
Publicado em 14/07/2025
Atualizado às 16:42 de 14/07/2025
por Raulino Júnior
Sequência didática #4: Griôs do seu tempo
Ficha técnica
Filme Òrun Àiyé – a criação do mundo (Bahia, 2015)
Direção Cintia Maria e Jamile Coelho
Roteiro Thyago Bezerra
Produção executiva Cintia Maria e Nilson Mendes
Diretora de produção Jamile Coelho
Direção de arte Jamile Coelho e Léo Furtado
Direção de fotografia Cristian Carvalho
Direção musical Guilherme Maia
Mixagem e desenho de som André T.
Assistente de direção e de produção Diane Luz
Animação Cintia Maria e Jamile Coelho
Still Diane Luz
Estudo de personagem (model sheets) Jamile Coelho
Animação 3D Mateus Di Mambro
Realização Estandarte Produções
Classificação indicativa livre
Gênero animação
Sinopse Um avô narra à neta a história da criação do mundo e dos seres humanos segundo a mitologia iorubá. Tal como um velho contador, ele apresenta a jornada dos orixás e os conflitos do episódio de nascimento, no qual homens e mulheres são moldados a partir do barro.
I. TRAILER PARA QUEM EDUCA
Caro professor e cara professora,
Pensemos nestas situações: Lúcia dá aula de língua portuguesa na Escola Estadual Carolina Maria de Jesus; Jéssica está se preparando para o vestibular; secundaristas colocam-se contrários ao fechamento de colégios. Mais do que circunstâncias, essas são cenas, respectivamente, da série Segunda chamada (2019-2021), do longa Que horas ela volta? (2015) e do documentário Escolas em luta (2017). Todas elas unem contextos de aprendizagem ao audiovisual criado no nosso país. As câmeras colaboram para discussões e imaginários acerca da educação no Brasil – em diferentes fases, com diferentes sujeitos. Mas por que começar esta conversa assim, recuperando takes? A razão nada tem de complicada: o que queremos mesmo é falar dessa combinação entre os fazeres cinematográfico e educacional, essência do novo projeto do Itaú Cultural (IC).
Com a intenção de aproximar o cinema da Educação Básica, estimulando o letramento audiovisual e a valorização das produções nacionais, apresentamos o CineAula IC Play. A cada mês, vocês podem conferir, aqui no site do IC, sequências didáticas baseadas em conteúdos disponíveis na IC Play, a nossa plataforma de streaming gratuita. Esta iniciativa busca oferecer ferramentas para a aplicação da Lei nº 13.006/2014 – a qual obriga a exibição de filmes brasileiros nas escolas básicas –, entendendo, ainda, que a fruição estética e crítica corresponde a um direito e um componente fundamental do processo formativo e cidadão.
Os exercícios propostos, vale salientar, estão em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com o seu complemento, que aborda a área da computação. E, em alguns casos, as tarefas podem suscitar debates sobre inteligência artificial (IA) em aula (tudo em conformidade com a Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis em sala, exceto quando utilizados para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, sob orientação de educadores).
As atividades aparecem divididas em tópicos, cujas denominações remetem a termos do audiovisual, incorporando essas expressões ao nosso vocabulário. Esta parte, por exemplo, é como um trailer; depois, há o plano-sequência e os bastidores, vejam só. Fora isso, saibam que todas as produções selecionadas para o CineAula IC Play estão licenciadas para exibição em ambientes escolares. Logo, fiquem à vontade para assistir às indicações com os alunos.
Esta sequência didática traz o curta-metragem Òrun Àiyé – a criação do mundo, que reverencia a mitologia de matriz africana, o candomblé e presta uma homenagem ao professor Ubiratan Castro de Araújo (1948-2013). O filme integra um projeto multiplataforma que conta ainda com livro homônimo e o documentário Òrun Àiyé – da animação ao debate. Dirigido por Jamile Coelho e Cintia Maria, o curta ganhou, entre outros prêmios, o de Melhor Animação da Diáspora no Silicon Valley African Film Festival (Califórnia, EUA, 2016) e o de Melhor Animação no Slum Film Festival (Nairóbi, Quênia, 2016). Além de sugestões de atividades em torno de temáticas e linguagens, a seguir vocês conferem curiosidades e fotos que abrem possibilidades para o trabalho com a história narrada em Òrun Àiyé.
Ah, mais uma informação importante: junto com este material do CineAula, a IC Play lança também a cópia de Òrun Àiyé – a criação do mundo com Libras, audiodescrição e legendas descritivas, exemplo de acessibilização de produções audiovisuais.
Destacamos, por fim, que, embora este material tenha sido elaborado pensando em turmas do Ensino Médio, ele pode ser adaptado para outras etapas da educação, desde que respeitada a classificação indicativa do filme. Nesse sentido, as adequações devem considerar as necessidades e os momentos de cada grupo, observando o seu ritmo e construindo um percurso que sempre respeite a todos.
Boa leitura! E boa sessão!
II. PLANO-SEQUÊNCIA
Objetivos
A proposta é que os estudantes identifiquem e reconheçam a importância de cada orixá para a cultura brasileira, bem como tenham conhecimento sobre a tradição dos griôs.
Habilidades da BNCC
(EM13LP04) Estabelecer relações de interdiscursividade e intertextualidade para explicitar, sustentar e conferir consistência a posicionamentos e para construir e corroborar explicações e relatos, fazendo uso de citações e paráfrases devidamente marcadas.
(EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, temas/problemas/questões que despertam maior interesse ou preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma de identificar afinidades e interesses comuns, como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.
Mãos à obra
Faça uma sequência de ilustrações dos orixás citados no curta-metragem e crie uma exposição na sala de aula, usando o quadro e as paredes para isso. Os desenhos de referência podem ser encontrados em sites, por exemplo. Sugerimos os trabalhos do artista pernambucano Ayodê França (Divindades Ancestrais) e do ilustrador baiano Hugo Canuto (saiba mais sobre eles no terceiro item desta sequência). É fundamental que todas as ilustrações tragam, de forma visível, o nome do estudante que as criou. Após a feitura dos desenhos, estimule a turma a realizar uma leitura visual e, em seguida, em uma roda de conversa, proponha um breve debate tendo as seguintes questões como guia:
- Vocês conhecem esses orixás e sabem o que cada um representa?
- Vocês têm consciência de que a mitologia de matriz africana faz parte da nossa cultura e quando falamos dela não estamos nos referindo apenas à religiosidade?
- Alguém aqui é candomblecista e pode contar como foi o processo de entrada na religião?
Depois, exiba o vídeo intitulado Tradição griô, publicado pelo Ministério da Cultura no YouTube, fale sobre a importância dessa tradição para a cultura dos povos negros e pergunte aos educandos:
- Como é a relação de vocês com as pessoas mais velhas da família?
- Os mais velhos da sua família costumam contar histórias para vocês?
Finalizada essa etapa, diga aos alunos que eles vão assistir ao curta Òrun Àiyé – a criação do mundo. Professor, antes da exibição do filme, contextualize a obra e destaque o quanto ela está em consonância com o cumprimento da Lei 10639/2013, a qual torna obrigatória, no contexto do ensino básico, a inclusão de temas relativos à história e à cultura afro-brasileiras.
Objetivos
Além de promover a fruição crítica da obra audiovisual, esta atividade busca estimular o trabalho coletivo, o uso da oralidade (remetendo a uma técnica ancestral) e a elaboração, em conjunto, de opiniões sobre o filme, destacando aspectos do conteúdo e da estética do curta-metragem.
Habilidades da BNCC
(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre outros, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua.
(EM13LP14) Analisar, a partir de referências contextuais, estéticas e culturais, efeitos de sentido decorrentes de escolhas e composição das imagens (enquadramento, ângulo/vetor, foco/profundidade de campo, iluminação, cor, linhas, formas etc.) e de sua sequenciação (disposição e transição, movimentos de câmera, remix, entre outros), das performances (movimentos do corpo, gestos, ocupação do espaço cênico), dos elementos sonoros (entonação, trilha sonora, sampleamento etc.) e das relações desses elementos com o verbal, levando em conta esses efeitos nas produções de imagens e vídeos, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de apreciação.
(EM13LP30) Realizar pesquisas de diferentes tipos (bibliográfica, de campo, experimento científico, levantamento de dados etc.), usando fontes abertas e confiáveis, registrando o processo e comunicando os resultados, tendo em vista os objetivos pretendidos e demais elementos do contexto de produção, como forma de compreender como o conhecimento científico é produzido e apropriar-se dos procedimentos e dos gêneros textuais envolvidos na realização de pesquisas.
(EM13LGG602) Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, assim como delas participar, de modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a criatividade.
Mãos à obra
Depois da exibição do curta Òrun Àiyé – a criação do mundo, pergunte aos estudantes qual foi a percepção deles sobre o filme. Se gostaram ou não e quais as razões para cada opinião. Questione ainda a respeito do que acharam em relação à animação propriamente dita, enfatizando a parte estética. Recomenda-se também falar um pouco sobre Ubiratan Castro e a sua contribuição para a cultura brasileira.
Terminada a troca de apreciações sobre a obra, divida a turma em duplas e peça para que elas, sem fazer nenhum tipo de pesquisa, apostando apenas na intuição, tentem deduzir o porquê do curta ter o nome de Òrun Àiyé e o significado dessa expressão. Dê um tempo para que cada dupla debata a questão. Depois, incentive que cada dupla apresenta as conclusões a que chegaram. Peça para os educandos falarem aquilo que escreveram no caderno de forma livre, sem precisar ler no papel, estimulando a elaboração de discursos orais.
Professor, após esse debate, acrescente informações relacionadas ao título. De acordo com Emerson Costa de Melo, no artigo “Òrun-Àiyé – O “sagrado vivido” pelos membros do candomblé e a afro-territorialidade”, “nos terreiros de candomblé de “origem” yorubá, a interpretação de mundo repousa sobre a noção de Òrun-Àiyé, o encontro do mundo dos homens com o mundo dos ancestrais, princípio de existência que orienta os sujeitos na sua forma de compreender e se relacionar com a terra, enquanto seu lugar de origem, fundamentos mítico-filosóficos que nutrem os aspectos dessas territorialidades tipicamente negras”. Portanto, em iorubá: Òrun compreende o mundo espiritual; Àiyê, o mundo físico.
Quando todas as apresentações forem realizadas, peça para as mesmas duplas pesquisarem em sites com listas de palavras os significados de outras expressões em iorubá que aparecem no curta, como “motumbá” e “motumbá asé” (“eu te reverencio” e “que assim seja, aceito a sua reverência”, respectivamente). Após a pesquisa, reúna os alunos e pergunte para o grupo:
- O título do curta faz jus ao que foi narrado na história?
- O que, do mundo espiritual, fica evidente no filme?
- O que, do mundo físico, é evidenciado na obra?
- Quais outras palavras vocês encontraram nessa rápida pesquisa? O que elas significam?
Objetivos
Os estudantes olharão para as próprias histórias, as de seus ancestrais e atuarão como griôs do seu tempo. O intuito principal é que trabalhem com a temática da memória e tenham consciência de que todo mundo tem uma história e que essa história é rica e repleta de nuances. Eles vão criar um episódio de um podcast (arquivo de áudio) e utilizar as ferramentas de Inteligência Artificial (IA) como ferramentas que os ajudarão a enriquecer essa experiência.
Habilidades da BNCC
(EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, gestuais).
(EM13LGG104) Utilizar as diferentes linguagens, levando em conta seus funcionamentos, para a compreensão e produção de textos e discursos em diversos campos de atuação social.
(EM13LGG105) Analisar e experimentar diversos processos de remidiação de produções multissemióticas, multimídia e transmídia, desenvolvendo diferentes modos de participação e intervenção social.
(EM13LGG701) Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), compreendendo seus princípios e funcionalidades, e utilizá-las de modo ético, criativo, responsável e adequado a práticas de linguagem em diferentes contextos.
(EM13LGG703) Utilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em processos de produção coletiva, colaborativa e projetos autorais em ambientes digitais.
(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico mais geral, ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada, mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
(EM13LP17) Elaborar roteiros para a produção de vídeos variados (vlog, videoclipe, videominuto, documentário etc.), apresentações teatrais, narrativas multimídia e transmídia, podcasts, playlists comentadas etc., para ampliar as possibilidades de produção de sentidos e engajar-se em práticas autorais e coletivas.
Habilidades da BNCC Computação
(EM13CO22) Produzir e publicar conteúdo como textos, imagens, áudios, vídeos e suas associações, bem como ferramentas para sua integração, organização e apresentação, utilizando diferentes mídias digitais.
Mãos à obra
Neste exercício, os educandos poderão utilizar dispositivos móveis, gravadores ou computadores, sempre com orientação e supervisão do educador. Eles criarão um áudio para contar as histórias de vida deles, valorizando o poder da oralidade e se imaginando como um griô. Todos devem destacar a contribuição de uma pessoa mais velha da família na formação de sua cidadania. Professor, você pode elaborar algumas perguntas para direcionar o trabalho:
- Onde você nasceu?
- Quem são os seus responsáveis?
- Quais foram os fatos mais importantes da sua infância?
- Quem, das pessoas próximas, é uma referência para você? Por quê?
Para finalizar o trabalho, junte os alunos em duplas. Cada um deve ouvir o áudio do colega. A seguir, peça para que cada estudante da dupla escreva, em uma plataforma de Inteligência Artificial (IA), a trajetória do colega com as suas palavras. Ao fim do parágrafo, os educandos devem solicitar para a IA que a mesma indique três músicas que poderiam ser como “trilhas sonoras” dessa história. Quais opções aparecerão? Eles concordam com as sugestões? Por quê?
III. CORTA! QUE TAL UM POUQUINHO DOS BASTIDORES?
- Òrun Àiyé – a criação do mundo é fruto do primeiro edital de políticas afirmativas voltadas para o audiovisual: o Curta Afirmativo, de 2012.
- Jamile Coelho sempre se interessou por animação e o seu repertório cinematográfico foi formado assistindo aos filmes do programa Sessão da tarde, da TV Globo. Aos 12 anos, ao ver A fuga das galinhas (2000), dos diretores Nick Park e Peter Lord, ela decidiu o que queria fazer na vida.
- Atualmente, Cintia Maria e Jamile Coelho são gestoras do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). Cintia é a atual diretora; Jamile, a diretora artística. O Muncab fica em Salvador, no Pelourinho, e tem como bandeira “preservar, valorizar e difundir as culturas afro-brasileiras”. Conheça mais sobre essa instituição em @muncab.oficial.
- Vale muito a pena ler o livro Áfricas no Brasil (2019), de Kelly Cristina Araujo. A obra introdutória traz, de forma didática, informações sobre a presença dos cidadãos africanos no Brasil, enfatizando as culturas da África e as semelhanças com o nosso país. O capítulo que trata de religião e solidariedade é excelente.
- No tema ancestralidade, confira entrevistas realizadas para a Ocupação Abdias do Nascimento, homenagem ao ator, professor e ativista realizada no Itaú Cultural em 2016. Saiba mais aqui.
- O trabalho de Ayodê França pode ser visto neste site: Divindades Ancestrais.
- Hugo Canuto virou referência quando o assunto é ilustração de orixás. No seu site oficial, é possível ver parte da série de livros Contos dos orixás.
IV. SOBEM OS CRÉDITOS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. – Brasília, DF : Ministério da Educação, 2018. Disponível em: <www.gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal.pdf>. Acesso em: 21 maio 2025.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Computação – Complemento à BNCC. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2022. Disponível em: portal.mec.gov.br/docman/fevereiro-2022-pdf/236791-anexo-ao-parecer-cneceb-n-2-2022-bncc-computacao/file. Acesso em: 21 maio 2025.
ÒRUN Àiyé – a criação do mundo. Direção de Cintia Maria e Jamile Coelho. Salvador: Estandarte Produções, 2015.
MELO, Emerson Costa de. O “sagrado vivido” pelos membros do candomblé e a afro-territorialidade: diálogos entorno de um campo de possibilidades. REVES - Revista Relações Sociais, Vol. 02 N. 03, 2019. Disponível em: <https://periodicos.ufv.br/reves/article/view/8944/3639>. Acesso em: 21 maio 2025.
Rede Anísio Teixeira. Lançamento do livro Òrun Àiyé - A criação do mundo (Jamile Coelho). YouTube, 3 de dezembro de 2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2_16yIxWhQQ>. Acesso em: 21 maio 2025.
MINIBIOGRAFIA DO AUTOR DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Raulino Júnior (ele/dele) atua como compositor, professor, jornalista e produtor cultural. Formado em letras vernáculas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e em jornalismo e produção em comunicação e cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). É especialista em estudos linguísticos pela UEFS e mestre em educação e contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Atualmente, faz especialização em Jornalismo Cultural na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e é doutorando do Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade da UFBA.