Com seis filmes, a homenagem destaca o retrato de personagens femininas e dramas que regem a arte e a vida
Publicado em 18/03/2023
Atualizado às 03:00 de 11/05/2025
Conhecer ou revisitar a obra de Ana Maria Magalhães pode ser uma experiência reveladora, ainda mais em um tempo marcado pelo debate sobre os direitos e o protagonismo da mulher. E é essa a proposta da nova seleção de filmes da IC Play, plataforma gratuita de streaming do Itaú Cultural: destacar a filmografia da atriz que se tornou diretora, hábil em retratar personagens femininas e dramas que regem a arte e a vida. Confira abaixo as produções que fazem parte da mostra.
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Mulheres de cinema, de 1977
O filme recupera um capítulo fundamental da história do cinema brasileiro: a presença e a participação ativa das mulheres na construção da sétima arte no Brasil. A atrizes Eva Nil e Eliana e as cineastas e produtoras Carmen Santos e Gilda de Abreu são algumas das personagens retratadas. A partir de esforços de Ana Maria Magalhães, com apoio do Centro Técnico Audiovisual (CTAv) e do Itaú Cultural (IC), a produção é exibida em nova cópia remasterizada.
Assaltaram a gramática, de 1984
Os poetas Chacal, Francisco Alvim, Paulo Leminski e Waly Salomão têm seus perfis traçados por meio de poemas apresentados de forma ficcional e performática. O filme homenageia ainda a poeta Ana Cristina Cesar.
Spray Jet, de 1985
Leonilson, Leda Catunda e Ciro Cozzolino mostram alguns de seus trabalhos e de suas técnicas de produção e comentam sobre o renascimento da pintura, da arte conceitual e do grafite.
Lara, de 2002
Órfã de mãe e filha de um operário solitário, Lara cresce em um internato. Sai dali nos anos 1960 e vira atriz, posteriormente reconhecida como musa do cinema brasileiro. Inspirado na história de vida da atriz Odete Lara, o trabalho acompanhamos sua trajetória, amores, dramas e a luta pela liberdade de seu corpo.
Reidy, a construção da utopia, de 2009
A trajetória de Affonso Eduardo Reidy, um dos pioneiros da arquitetura moderna, narrada por arquitetos, engenheiros e urbanistas como Carmen Portinho, Lucio Costa, Paulo Mendes da Rocha e Roland Castro.
Já que ninguém me tira pra dançar, de 2021
A vida e a arte de Leila Diniz, um dos maiores mitos femininos do Brasil, são revistas pelo olhar de Ana Maria Magalhães. O documentário mostra a autenticidade e a liberdade de Leila em meio à revolução sexual durante os anos da ditadura militar e traz depoimentos de artistas como Marieta Severo. Cinquenta anos após sua morte, o legado da estrela segue vivo.