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Encontros em outubro da Cátedra Olavo Setubal

Encontros em outubro da Cátedra Olavo Setubal

Programação do curso Relações de Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral da Cátedra Olavo Setubal faz homenagens a Pagu, Luz del Fuego, Mário Pedrosa e Oswald de Andrade em outubro

Publicado em 18/10/2019

Atualizado às 11:22 de 27/06/2022

Cátedra Olavo Setubal (imagem: Itaú Cultural)

As discussões no mês de outubro do curso Relações de Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral, idealizado por Helena Nader e Paulo Herkenhoff – titulares em 2019 da Cátedra Olavo Setubal –, pretendem refletir sobre o pensamento de Mário Pedrosa, que será homenageado no primeiro dia; concretismo; tropicália; e as relações entre arte e gênero, homenageando Pagu e Luz del Fuego no último dia; entre outros assuntos.

Os encontros acontecem das 14h às 17h no Auditório do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, com transmissão ao vivo [iea.usp/br/aovivo] e presencial, por ordem de chegada a cada encontro.

Confira a programação e participe!

 

quinta 17 de outubro

Muito Além de “Paulistas e Cariocas” – Mário Pedrosa e Pontos Extremos da Modernidade no Brasil

com Glória Ferreira, Paulo Herkenhoff, Paulo Saldiva e Ton Marar

mediação Helena Nader

Mário Pedrosa é o paradigma mais complexo de um pensamento radical sobre a arte. Sua trajetória e algumas de suas ideias incluem o modo como viu e reviu as relações entre paulistas e cariocas e entre concretistas e neoconcretistas; discutiu as grandes divisões ideológicas no mundo; aproximou a arte da ciência; e observou o mercado e a ditadura de 1964. Tudo isso faz de Pedrosa um autor seminal para compreender um momento especialmente elevado de pensamento crítico no Brasil.

Homenageado: Mário Pedrosa é aclamado como o maior crítico de arte brasileira de todos os tempos. Tinha uma visão holística que envolvia um olhar rigoroso sobre a história, a psicanálise, a política, o lugar da matemática na abstração geométrica e outras considerações do conhecimento. Suas ideias pontuaram o século XX, desde o modernismo até mesmo o século XXI, com princípios como “a arte é o exercício experimental da liberdade”, que ganha enorme validade no presente com as manifestações do poder pela restrição da expressão dos artistas. Ademais, criou parâmetros conceituais para a compreensão do projeto construtivo brasileiro.

Local: Auditório do IEA

Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária

 

sexta 18 de outubro

Brasil: do Neoconcretismo à Tropicália (Lygia Clark, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Ferreira Gullar e José Celso Martinez Corrêa)

com Celso Favaretto, Isaias Raw, José Celso Martinez, Luiz Camillo Osório, Sérgio Bruno Martins e Tania Rivera

mediação Helena Nader e Paulo Herkenhoff

O processo construtivo brasileiro foi um embate incansável de ideias. Uma copiosa fonte de reflexão teórica que terminou por constituir bases conceituais e estéticas muito diferentes, ou mesmo opostas, entre o concretismo e a arte neoconcreta. O neoconcretismo tem um claro fundamento de produção de conhecimento e presença do sujeito, inclusive pela convocação do outro. Enfrentou a crise dos anos 1960 com o esgotamento da geometria canônica, através de propostas participativas e no encaminhamento na direção do tropicalismo.

Homenageado: Existem artistas que são faróis da sociedade porque são lúcidos e indomáveis. Oswald de Andrade é um paradigma que se renova sempre, porque não propunha modelos formais, mas modos de pensamento crítico que se renovam a cada geração. Seu espectro de preocupações incluía a medicina, a antropologia, a eletrônica e outros campos da ciência. Por isso, sua antropofagia pode envolver, sem decalques, o cinema novo e a tropicália, além de continuar estimulando ações artísticas experimentais para muito além do cânon.

Local: Auditório do IEA

Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária

 

quinta 31 de outubro

Arte, Gênero, Sexualidade – as Perplexidades do Pensamento Teórico

com Élle de Bernardini, Fernanda Magalhães, Guilherme Altmayer, Jair de Jesus Mari e Suely Rolnik

mediação Helena Nader

O seminário reúne artistas e pensadores para discutir e levantar o turbilhão de transformações das identidades de gênero contemporâneas, sua fluidez, o lugar e a força do corpo vibrátil nesse processo, os posicionamentos políticos de expansão da liberdade dos indivíduos e as novas dimensões da subjetividade.

Homenageadas: Luz del Fuego e Pagu. Esta mesa homenageia duas mulheres audaciosas que deram ao modernismo uma inesperada guinada sobre a liberdade sexual da mulher. Diferentemente de Tarsila, Pagu, sua rival, foi uma mulher contestatária e sem as amarras do catolicismo conservador da pintora modernista. Foi uma ativista na resistência contra a ditadura de Vargas, aliada ao proletariado, o que a levou a ser presa e torturada pela polícia política. Luz del Fuego, com origens em uma família de políticos, rompeu com os padrões moralistas da República, estabelecendo uma postura naturista que nada tinha de nudismo vulgar ou de pornografia, porque estava em busca de um contato mais autêntico com a natureza, o que a torna uma ecologista à frente de seu tempo.

Local: Auditório do IEA

Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária

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