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Encontros em setembro da Cátedra Olavo Setubal

Encontros em setembro da Cátedra Olavo Setubal

Os encontros do curso Relações de Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral, realizado pela Cátedra Olavo Setubal, traz novas discussões para o mês de setembro

Publicado em 11/09/2019

Atualizado às 11:22 de 27/06/2022

Dando continuidade ao curso Relações de Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral, formulado por Helena Nader e Paulo Herkenhoff, os encontros deste mês promovem reflexões sobre questões de gênero, processos de alteridade ou de reconhecimento da subjetividade autoral, bases conceituais do concretismo e seus princípios estéticos e industrialização. Nessas atividades, também serão homenageados grandes nomes da cultura e da arte brasileiras.

Os encontros acontecerão das 14h às 17h na Cidade Universitária, Butantã, e serão transmitidos ao vivo aqui (iea.usp/br/aovivo) e presencialmente por ordem de chegada a cada encontro.

 

quinta 12 de setembro

Da Fragilidade, da Falta de Rigor, dos Enganos da Ciência e do Falseamento da Paisagem 

com Paulo Herkenhoff, Walmor Corrêa, Letícia Ramos, Margareth Aparecida Campos da Silva Pereira, Raúl Antelo, Herman Chaimovich Guralnik e Fernando Lindote

mediação Helena Nader

A ciência, em especial a pseudociência, apresenta situações de falhas e equívocos. Alguns artistas exploram momentos de dificuldade do saber, correspondente às limitações do sujeito ou aos valores de certo momento histórico.

Homenageado: Paulo Vanzolini, intérprete da alma paulistana melancólica com Ronda, canção abraçada pelo Brasil. Ele foi professor da Universidade de São Paulo, zoólogo e estudioso da evolução das espécies em conjunto com o professor Aziz Ab’Saber, tendo feito uma viagem à Amazônia com o pintor José Cláudio. Foi um dos idealizadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Local: Conselho Universitário USP

R. da Reitoria, 374, Cidade Universitária

 

sexta 13 de setembro

O Matriarcado de Pindorama – a Impossibilidade do Silêncio

com Nádia Battella Gotlib, Suzana Pasternak, Regina Pekelmann Markus, Tania Rivera e Denise Stoklos

mediação Liliana Sousa e Silva

Malgrado seu caráter machista, o Brasil possui uma cultura rica de vozes femininas. No campo da arte, as mulheres estiveram à frente, ao lado ou um pouco atrás dos homens, mas nunca ausentes. O seminário reúne mulheres dos mais diversos campos de expressão.

Homenageadas: Chiquinha Gonzaga e Nair de Tefé, duas mulheres que fizeram a passagem política dos valores do Império para a República nascente, com uma esperança de democracia. Chiquinha Gonzaga ousou na música, e o Brasil nunca mais foi o mesmo, com a modernização do Carnaval. Nair de Tefé vinha de uma família nobre, dirigiu automóvel em fins do século XIX e foi caricaturista que parecia responder à literatura de Machado de Assis na crítica do comportamento social. Casou-se com o presidente Hermes da Fonseca e subverteu o formalismo do Palácio do Catete, onde introduziu maxixe e violão, a ponto de receber uma ácida crítica do senador Ruy Barbosa.

Local: Conselho Universitário USP

R. da Reitoria, 374, Cidade Universitária

 

quinta 26 de setembro

Diagramas de Alteridade

com Dias & Riedweg, Paula Trope, Rosana Palazyan, Eduardo Frota, Alexandre Sequeira, Igor Vidor, Christian Ingo Lenz Dunker

mediação Paulo Herkenhoff

O modelo contemporâneo de arte como práxis ética de solidariedade social. Artistas recorrem à condição desvalida de pessoas e produzem arte a partir desse encontro, por meio de processos de alteridade ou de reconhecimento da subjetividade autoral e de sua condição de sujeito econômico da arte, eliminando-se a mais-valia simbólica com benefícios reais para o outro envolvido. O modelo abstrato de diagrama é retirado do processo de demonstração científica.

Homenageados: Geraldo de Barros e Cláudia Andujar. Na década de 1950, Geraldo de Barros, artista múltiplo e designer de móveis, criou a empresa Unilabor para a fabricação de móveis, organizada em moldes de socialização dos lucros e de alguns aspectos da organização da produção. Cláudia Andujar, desde o fim dos anos de 1960, aliou-se aos Yanomami utilizando sua fotografia como um instrumento de defesa contra o genocídio e de esclarecimento da sociedade nacional sobre os valores espirituais e humanos dos indígenas.

Local: Auditório do Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP)

Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária

 

 

sexta 27 de setembro

Concretismo, Razão e Industrialização

com Paulo Herkenhoff, Lorenzo Mammi, Anna Maria Belluzzo, Talita Trizoli e Glauco Arbix mediação Helena Nader

O concretismo, manifestação artística que teve em São Paulo seu centro maior, deriva de ideias do Manifesto da Arte Concreta, de Theo van Doesburg. No início do século XX, o movimento preconizou princípios extremamente objetivos com relação ao pré-cálculo da forma, à redução do vocabulário cromático, ao ato e à matéria pictóricos e ao caráter de signo da arte. Absorveu ideias da estética industrial, fez elogio à razão, representando uma dimensão ideológica da identificação de São Paulo com a noção de progresso. A crise sociopolítica dos anos 1960 conduziu essa visão canônica ao impasse da significação social do concretismo. Algumas respostas foram singulares, como é o caso dos Popcretos, de Waldemar Cordeiro.

Homenageada: Aracy Amaral, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/USP). Reinventou a institucionalidade da arte no Brasil nos campos da museologia e do processo de curadoria e circulação da arte sobre bases da pesquisa acadêmica. É uma paladina da arte latino-americana.

Local: Auditório do Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP)

Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária

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