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Revista Observatório 32 | Mapeamento aldeias e aquilombamentos culturais

Revista Observatório 32 | Mapeamento aldeias e aquilombamentos culturais

Pesquisa se propôs a mapear espaços de arte e cultura, negra e indígenas, e suas diversas formas de produção e gestão cultural

Publicado em 14/06/2022

Atualizado às 10:09 de 15/08/2022

por Stéfane Souto

Apresentação

O Mapa aldeias e aquilombamentos culturais é resultado de um mapeamento que se propôs a identificar instituições e organizações[1] culturais negras e indígenas nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, com o objetivo de compreender como tecnologias ancestrais e saberes de base comunitária têm produzido formas diversas de organização, produção e gestão no âmbito da cultura.

Capa da Revista Osbervatório 32, com as cores terrosa e verde claro.

>> Acesse aqui o índice da Revista Observatório 32

Em um primeiro momento, foram identificadas as instituições e organizações culturais em cada região, por meio de uma pesquisa on-line que considerou as iniciativas que fossem majoritariamente ou integralmente protagonizadas por pessoas negras e/ou indígenas em seus quadros de gestão, e que desenvolvessem ações voltadas para o fortalecimento e a promoção das culturas negras e indígenas. Feito o primeiro contato e recebida a confirmação do interesse por integrar o mapeamento, foi realizada a coleta de dados dessas iniciativas, a partir da aplicação de formulários digitais estruturados segundo as categorias Identificação, Estrutura interna e Atuação. Por último, esses dados obtidos foram examinados e interpretados pelo método da análise temática. O mapeamento reúne informações sobre 27 instituições e organizações culturais negras e indígenas em diversas localidades do território brasileiro.

Esta é apenas uma amostra da pluralidade de perspectivas, de formas organizativas e de atuação que emergem da sociedade e constituem o campo da cultura no Brasil. No entanto, é o suficiente para evidenciar que a gestão cultural contemporânea é um importante território de ações insurgentes, de construção sociopolítica e de reelaboração de narrativas e possibilidades de (re)existência, na medida em que a atuação nesse campo é instrumentalizada por agentes culturais negres e indígenas para a elaboração de práticas desviantes. Essas condutas se desviam inclusive de uma institucionalidade hegemônica, que absorve símbolos culturais de matrizes africana e ameríndia invisibilizando seus sujeitos, suas comunidades e seus saberes de origem. Frente ao etnocídio, ao epistemicídio e à necropolítica, agentes culturais negres e indígenas fazem da cultura um terreiro de reinvenção das condições de existência de suas comunidades. Assim, a cultura e as artes reafirmam o seu compromisso com a sua dimensão social e política, sobretudo em um contexto de desmonte.

a gestão cultural contemporânea é um importante território de ações insurgentes, de construção sociopolítica e de reelaboração de narrativas e possibilidades de (re)existência, na medida em que a atuação nesse campo é instrumentalizada por agentes culturais negres e indígenas para a elaboração de práticas desviantes

É importante ressaltar que este trabalho surge de um convite feito pelo Observatório Itaú Cultural – que fez parte da minha formação como pesquisadora, produtora e gestora cultural – e é um desdobramento de uma pesquisa iniciada no curso Gestão cultural contemporânea: da ampliação do repertório poético à construção de equipes colaborativas, uma parceria entre o Itaú Cultural e o Instituto Singularidades. Aluna da primeira turma do curso (2018-2019), dei início também ao mestrado multidisciplinar em cultura e sociedade da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e, em dezembro de 2021, defendi a dissertação Aquilombamento: um referencial negro para uma gestão cultural insurgente, que gerou o podcast É tudo quilombo?, produzido com recursos da Lei Aldir Blanc. Agora, este trabalho se materializa no Mapa aldeias e aquilombamentos culturais, que amplia a percepção para a gestão cultural na perspectiva indígena, pois, como afirma Denilson Baniwa, "o Brasil é terra indígena", e nela estamos (re)construindo a aldeia-quilombo.

Mapa do Brasil com 27 instituições mapeadas pela pesquisadora Stéfane Souto. Os estados estão divididos por tons diferentes de verde e para cada instituição, há a marcação na cidade e uma seta apontando para o nome da instituição. Ao redor, dialogando com o ensaio artístico, o Mauricio Negro incluiu referências das culturas negro e indígenas.
Revista Observatório 32 | Mapa aldeias e aquilombamentos culturais por Mauricio Negro e Stéfane Souto

>> Acesse aqui o anexo com as descrições das iniciativas mapeadas

Análise temática

Embora seja uma pequena amostragem em relação à dimensão territorial e à infinita capacidade inventiva, criativa e organizativa dos povos aqui trabalhados, a comparação entre os dados das 27 iniciativas destacadas é capaz de apontar algumas tendências quando se trata de pensar a gestão cultural contemporânea na perspectiva negra e indígena.

No que se refere à infraestrutura e à estruturação interna dessas iniciativas, por exemplo, o mapeamento revela que um fator importante é possuir um espaço físico próprio ou ter acesso a algum para a realização das atividades. Entre as iniciativas consultadas, 63% contam com ambiente físico, embora a maior parte ocupe um endereço alugado, com alto custo mensal, ou cedido por entidades ou pessoas físicas. A minoria, portanto, possui espaço físico próprio. Entre os 37% que não possuem ou não têm acesso a qualquer espaço de encontro, essa é uma demanda importante a ser superada, que esbarra na necessidade de recursos financeiros que a viabilizem.

Gráfico - A Iniciativa possui endereço físico

Ao tratarmos da formalização jurídica, a maior parte (29,6%) das 27 iniciativas consultadas é representada juridicamente por um microempreendedor individual (MEI), seguidas por aquelas não formalizadas, sem CNPJ e representadas por pessoas físicas (25,9%). Em menor proporção, aparecem como possibilidades de formalização a microempresa (ME) (22,2%) e as ONGs (14,8%). Considerando-se o predomínio da coletividade no formato institucional autodeclarado pelas organizações (44,4%) e um total de 55,5% de iniciativas representadas por MEI ou por pessoa física, é possível concluir que há uma subformalização entre as iniciativas culturais negras e indígenas, o que impacta tanto os direitos trabalhistas das pessoas envolvidas quanto o acesso a recursos financeiros e a possibilidades de financiamentos de fontes variadas.

é possível concluir que há uma subformalização entre as iniciativas culturais negras e indígenas, o que impacta tanto os direitos trabalhistas das pessoas envolvidas quanto o acesso a recursos financeiros e a possibilidades de financiamentos de fontes variadas.

Sobre o formato de gestão assumido pelas iniciativas consultadas, a horizontalidade e a autogestão são as protagonistas. No formulário aplicado, era possível escolher mais de uma opção ou indicar modelos não previstos ali. Já quanto ao seu ano de fundação e tempo de existência, a maioria surgiu entre os anos 2010 e 2019, somando 21 das 27 iniciativas mapeadas. Cinco iniciativas foram criadas durante a pandemia de covid-19, entre 2020 e 2022; três delas entre 2000 e 2009; e apenas uma na década de 1990.

Gráfico 2 | Considerando a equipe total que integra a organização, podemos dizer que a equipe é

Das 27 pessoas que responderam ao formulário representando suas instituições e organizações, 63% são mulheres cisgênero. Em relação a cor e raça, predominam pessoas pretas (44,4%, 12 pessoas), seguidas por pardas (25,9%, sete pessoas), indígenas (18,5%, cinco pessoas), brancas (7,4%, duas pessoas) e uma amarela (3,7%). Catorze delas, a maioria, tem entre 30 e 39 anos de idade. Sobre o número total de membros em cada iniciativa, o mapeamento revela um predomínio das pequenas equipes, pois 37% possuem de um a cinco integrantes; seguidos de 33,3% com seis a dez; e de 14,8% com 11 a 20 integrantes. Dessas equipes, 51% são compostas somente de pessoas negras e/ou indígenas, enquanto em 40,7% essas pessoas são a maioria. Por fim, no que diz respeito ao grupo de integrantes que atuam diretamente na gestão dessa iniciativas, é composto somente de pessoas negras e/ou indígenas em 59,3% delas, enquanto em 29,6% essas pessoas são predominantes. Há, no entanto, um dado não estimado na pesquisa: a presença de pessoas asiáticas trabalhando em colaboração com negras e indígenas, como é o caso na Diáspora Galeria.

Gráfico 3 | No que se refere ao modelo de gestão, marque as opções que melhor descrevem sua iniciativa

A transversalidade da arte e da cultura com outros temas revela, quanto a todas as iniciativas mapeadas, a realização de um trabalho engajado em questões sociopolíticas. Identidades e relações étnico-raciais; questões de gênero; cidadania e desenvolvimento comunitário; preservação ambiental; e sexualidades foram os temas mais presentes entre as propostas de atuação identificadas. Esse dado pode ser interpretado à luz do conceito de interseccionalidade, definido pela pesquisadora Carla Akotirene como “um sistema de opressão interligado” (AKOTIRENE, 2019). Oriundo da epistemologia feminista negra e cunhado pela intelectual afro-estadunidense Kimberlé Crenshaw, esse conceito “visa dar instrumentação teórico-metodológica à inseparabilidade estrutural do racismo, capitalismo e cisheteropatriarcado – produtores de avenidas identitárias em que mulheres negras são repetidas vezes atingidas pelo cruzamento e sobreposição de gênero, raça e classe, modernos aparatos coloniais” (AKOTIRENE, 2019). Ampliada para as vivências ameríndias, a interseccionalidade permite compreender como tais temas se encontram no exercício da gestão cultural na perspectiva negra e indígena para tentar promover melhores condições de vida por meio da cultura de forma integral, considerando a sobreposição de opressões nesses corpos.

As cosmovisões ou cosmopercepções de matrizes africanas e indígenas também se fazem presentes no trabalho desenvolvido pelas iniciativas consultadas. São filosofias das ancestralidades que orientam e conduzem eticamente os seus projetos, bem como as práticas organizativas assumidas. A pedagogia griô, por exemplo, compreendida como o diálogo entre gerações e o enaltecimento atualizado e contextualizado de saberes e valores ancestrais, está na base da criação do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo. A sabedoria dos terreiros de candomblé também se manifesta em muitas das ações descritas, como perspectiva epistemológica e como orientação presentificada pelos orixás por meio de consultas rituais acerca do andamento dos trabalhos. A cosmovisão indígena do bem viver, seguida por muitos povos de Abya Yala[2], está presente em iniciativas como a Denda Coletiva, que a pratica “como norteadora de nossa atuação e organização, para um desenvolvimento cultural integrado, coletivo, horizontal e saudável, que leve em conta nossa corporeidade como um todo, nossa ancestralidade, as rodas, os cantos, que seja sensível às nossas dores e traumas, em prol de um bem viver coletivo e para todes”[3]. Outros modos de vida indígenas orientam ações como o preparo da farinha de mandioca, tecnologia ancestral cuja importância é central na história do Museu Vivo de Cucurunã. Por sua vez, filosofias africanas como ubuntu e sankofa se fazem presentes e apontam para a prática do aquilombamento, sobretudo entre as iniciativas predominantemente negras. Como disse Beatriz Nascimento, o quilombo é um avanço, é uma possibilidade nos dias de destruição (NASCIMENTO, 2018). Para muitas das instituições e organizações mapeadas, o aquilombamento representa ajuntamento, união, articulação e fortalecimento, um espaço de organização estratégica, de construção coletiva antirracista, de fuga e de práticas desviantes.

Conclusões

As iniciativas que compõem o Mapa aldeias e aquilombamentos culturais representam um pequeno recorte das inúmeras possibilidades de atuação sociopolítica no campo da cultura. Com essa amostra, que permite perceber o crescente número de instituições e organizações culturais negras e indígenas auto-organizadas na última década, revela-se a emergência de uma produção que parece apontar os caminhos pelos quais a gestão cultural contemporânea deve se pautar, uma vez que é insurgente, engajada, implicada, aquilombada e comprometida com a prática do bem viver.

As experiências aqui apresentadas indicam que a gestão da cultura vem sendo entendida pelas populações negras e indígenas como um espaço possível para a retomada e a promoção da autonomia, da autogestão e da liberdade criativa, desviando-se do roubo e da apropriação promovidos pelas indústrias artísticas, culturais e do entretenimento, que se baseiam numa lógica colonial de exploração e expropriação.

Não há nada de romântico, no entanto, em abrir um caminho alternativo em um contexto de escassez. Não é à toa que, entre as iniciativas consultadas, a problemática financeira, a ausência de apoios e a busca por sustentabilidade e por recursos financeiros de forma continuada são apontadas como os principais desafios para a manutenção e a realização das atividades. Embora a gestão possibilite autonomia, autogestão e uma maior liberdade criativa, a ausência de capital financeiro permanece sendo um entrave. Soma-se a isso o racismo estrutural e institucional, que opera de diferentes maneiras para dificultar ainda mais o acesso de agentes culturais negres e indígenas a recursos. Exemplo disso é o enquadramento que mecanismos de financiamento de diversas naturezas impõem às linguagens, às narrativas e aos conteúdos propostos por corpos racializados. Quanto mais emancipatórias, experimentais e propositivas forem as iniciativas, menores as suas chances nesses processos.

Imagem com o contorno de pessoas empilhadas e com livros no colo. Todas tem um coração vermelho desenhado. Os contornos estão em preto, verde claro e azul.
Ensaio Artístico Revista Obs 32 | Mauricio Negro - Gentes e Livros (imagem: Mauricio Negro)

O racismo estrutural também se manifesta na ausência de políticas públicas pensadas de acordo com as especificidades desses grupos sociais. Poucos são os programas ou editais públicos voltados à manutenção contínua de iniciativas culturais. Na maioria dos casos, apoiam-se projetos – o que não dá conta de demandas estruturais próprias de organizações – ou destinam-se editais para instituições de cultura de tradição hegemônica, que representam os interesses de uma elite intelectual e artística.

Em um contexto no qual as iniciativas culturais emergem da sociedade, sobretudo das comunidades negras e indígenas, a partir de coletivos não formalizados que assumem formatos de gestão inovadores – como plataformas e laboratórios – e que não possuem espaço físico, utilizando a internet a seu favor, tais políticas de cultura não alcançam a demanda real, o que faz com que seja mantido esse estado precarizado de trabalho. Portanto, fica evidente um profundo descompasso, ou mesmo um abismo, entre a institucionalidade pública da cultura e a gestão social da cultura que emerge principalmente das comunidades (CANCLINI et al., 2021).

Considerando-se o cenário atual de desinstitucionalização da cultura, resultado do desmonte e do sucateamento do setor, não há espaço para que as transformações contemporâneas pautem as instituições tradicionais. Nesse sentido, espera-se que o Mapa aldeias e aquilombamentos culturais possa ser um instrumento de articulação e de formação de redes e de novos postos de colaboração, pois é necessário construir desde já as bases para uma futura refundação das políticas públicas de cultura em uma perspectiva negra, indígena e comprometida com a transformação e a justiça social. É preciso que aldeia e quilombo utilizem a cultura como território de construção coletiva e pluriversal, no sentido de fazer com que essas políticas emerjam da própria sociedade.

 

Como citar este artigo:

SOUTO, Stéfane. Mapeamento aldeias e aquilombamentos culturais. Revista Observatório Itaú Cultural, São Paulo, n. 32, 2022. Disponível em: [url]. Acesso em: [data_atual]. DOI: https://www.doi.org/10.53343/100521.32/2

 

Stéfane Souto, mulher transatlântica em movimento, atua como pesquisadora, gestora cultural e produtora criativa. É graduada em produção cultural e mestra em cultura e sociedade pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), além de especialista em gestão cultural contemporânea pela parceria entre o Itaú Cultural (IC) e o Instituto Singularidades. Como estratégia de convergência entre pesquisa acadêmica, atuação profissional e engajamento pessoal e político, busca operar a partir de uma afroperspectiva, assumindo o aquilombamento como tecnologia ancestral capaz de referenciar uma prática de gestão insurgente, implicada e pluriversal nos campos artístico e cultural. É cofundadora da Denda Coletiva, grupo de produção cultural protagonizado por mulheres negras que parte da convergência criativa para atuar no desenvolvimento e na gestão de projetos autorais. Idealizou É tudo quilombo?, podcast que procura expandir o diálogo sobre a cultura como território possível de (re)criação do aquilombamento. 

 

Referências bibliográficas

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

CANCLINI, Néstor García (coord.); BRIZUELA, Juan Ignácio; COELHO, Teixeira; COBOS, Carla; MELO, Sharine Machado Cabral; SILVA, Liliana Sousa e (org.). A institucionalidade da cultura e as mudanças socioculturais. Cadernos de pesquisa. Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência. São Paulo: Editora Amavisse, n. 1, jul. 2021.

COELHO, Teixeira. Dicionário crítico de política cultural: cultura e imaginário. São Paulo:Editora Iluminuras Ltda, 1997.

NASCIMENTO, Maria Beatriz. Beatriz Nascimento, quilombola e intelectual: possibilidades nos dias da destruição. São Paulo: Editora Filhos da África, 2018.

SOUTO, Stéfane Silva de Souza. Aquilombamento: um referencial negro para uma gestão cultural insurgente. Orientadora: Gisele Marchiori Nussbaumer. 2021. 177 f. il. Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade) – Instituto de Humanidades, Artes e Ciências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2021.

 


[1] Por instituição cultural, a pesquisa compreende a “estrutura relativamente estável voltada para a regulação das relações de produção, circulação, troca e uso ou consumo da cultura” (COELHO, 1997, p. 219), que “não são necessariamente organizadas por aqueles mesmos que animam o sistema de produção cultural” (COELHO, 1997, p. 219), como artistas e público. São exemplos museus, escolas, bibliotecas, teatros, centros de cultura etc.

Por organização cultural, entendem-se outros modos associativos além das instituições formais, assim como o que Teixeira Coelho denomina formações culturais, ou seja, organizações que “decorrem da iniciativa direta de produtores ou usuários da cultura” (COELHO, 1997, p. 2.19), frequentemente articulados em torno de cooperativas, coletivos, associações ou espaços culturais independentes, podendo possuir ou não natureza jurídica.

Considerando-se os fluxos contemporâneos de institucionalização e desinstitucionalização da cultura, serão adotadas ambas as terminologias, no intuito de compreender as formas organizativas negras e indígenas no âmbito da cultura em sua pluralidade.

[2] O termo pode ser definido como "Expressão originada na língua do povo Kuna, originário do território colombiano, Abya Yala significa "Terra Madura" ou "Terra Viva" e vem sendo usada pelos povos originários do continente em contraposição a "América", denominação designada pelos colonizadores europeus". Inseri como nota de rodapé

[3] Resposta concedida a partir da entrevista concedida à pesquisadora pelas membras da Denda Coletiva

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