Toca Brasil: Pélico

Em 31 de agosto, o Toca Brasil recebe o cantor, compositor e instrumentista Pélico. O evento ocorre na sede do Itaú Cultural, em São Paulo, a partir das 20h. Com dois álbuns lançados — O Último Dia de um Homem Sem Juízo (2008) e Que Isso Fique Entre Nós (2011) —, o músico transita entre estilos e timbres variados e é elogiado por nomes de peso como o crítico Zuza Homem de Mello e o tropicalista Tom Zé. O show também conta com a participação especial dos cantores Filipe Catto e Bárbara Eugênia e do tecladista e sanfoneiro André Lima.

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Sua banda é formada por João Erbetta e Régis Damasceno (Cidadão Instigado) nas guitarras; Guilherme Kastrup, na percussão; Richard Ribeiro, na bateria; e o próprio Pélico na guitarra, nos vocais, no violão, no piano e no sintetizador. O disco O Último Dia de um Homem Sem Juízo é marcado pelo rock, pela distorção e pela psicodelia. Já Que isso Fique Entre Nós (que pode ser baixado gratuitamente no site do artista) dá espaço a mais referências e instrumentos como tuba, clarinete, fagote e trombone.

A repercussão do último álbum abriu oportunidades para o cantor: ele participou do evento 100 Anos de Luz e Som, com homenagens a Luiz Gonzaga e Cássia Eller; foi produtor de um CD de Toni Ferreira; teve uma de suas composições incluídas em um CD/DVD de Filipe Catto e regravou canções de Cartola e Lulu Santos.

Na aba Vídeos, assista a alguns clipes do artista. Abaixo, leia a entrevista com Pélico.

São dois anos desde o lançamento de Que Isso Fique Entre Nós. Como foram esses dois anos de estrada? Como você encara agora essa produção? O que mudou nas execuções ao vivo dela?

Foram muitos shows nesses últimos dois anos. Toquei em vários lugares em que nunca tinha tocado, várias cidades e tal. E o que mais me deixou feliz nessas andanças foi o público cantando minhas músicas. Esse é o melhor presente que um compositor pode receber.

O show muda a cada apresentação: se desloca do disco, se adapta ao lugar onde vamos tocar, ao público presente; é influenciado pelo estado de espírito dos músicos, pelo meu. Enfim, aí é que mora toda graça de se fazer shows.

O que o público pode esperar do show aqui no instituto? O que você pretende apresentar?

Vou tocar algumas canções do meu primeiro disco, O Último Dia de um Homem Sem Juízo, mas a maior parte do repertório será do disco Que Isso Fique Entre Nós. Eu sempre procuro tocar alguma coisa que eu gosto de cantar em casa. E, pra esse show no Itaú Cultural, vou fazer uma versão de “Sim”, do Cartola. E talvez alguma outra surpresa!

Comente seus dois álbuns. Como eles são diferentes, em questão de referências e do que você quis criar em cada um.

Basicamente, o O Último Dia de um Homem Sem Juízo é um disco mais roqueiro, com elementos eletrônicos, as letras são mais subjetivas, meu canto é mais rasgado e ele tem toda uma atmosfera mais irônica. Era assim que eu queria soar, um pouco Mutantes. O Que Isso Fique Entre Nós é mais orgânico, os arranjos são enxutos, as letras são mais diretas e confessionais. Eu tinha cansado de me esconder nos personagens que criei no disco anterior. Então, nesse, eu fui o mais objetivo e claro possível.

Já há um novo álbum no forno? Como você espera que seja seu próximo CD?

Sim, já estou em fase de pré-produção do próximo disco e devo lançá-lo no primeiro semestre de 2014. Como ele ainda está numa fase muito embrionária, não consigo te dizer que cara ele terá. Mas posso adiantar que estou cada vez mais envolvido com canções pré-bossa nova.

Toca Brasil: Pélico
sábado 31 de agosto de 2013
às 20h
Sala Itaú Cultural – 192 lugares

Entrada franca – ingressos distribuídos com meia hora de antecedência
[livre para todos os públicos] L