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Vanguart aposta na pureza da canção | INGRESSOS ESGOTADOS

A banda apresenta o show Vanguart Acoustic Night, misturando rock, folk e música brasileira

Publicado em 31/07/2018

Atualizado às 18:30 de 15/08/2018

Libras

“Somos uma banda de canção”: é dessa maneira que Helio Flanders compreende o Vanguart, constituído, hoje, por ele, Reginaldo Lincoln, David Dafré e Fernanda Kostchak. O quarteto preocupa-se em desvelar, com cuidado e justeza, as entranhas de suas criações, um empenho voltado a ela, sempre ela, a canção. Para sublinhar a matéria maior, armou-se um show desnudo, intimista: Vanguart Acoustic Night surge assim, do desejo de reverenciar o fazer musical e pôr no palco a história do conjunto. “É uma celebração de tudo o que nos emociona. Valorizamos a palavra, as letras que saltam à frente – não há algo que as maquie”, explica Helio.

O espetáculo, que acontece no Auditório Ibirapuera no dia 19 de agosto, traz composições de Beijo Estranho (2017), quarto álbum de estúdio do grupo. O CD, formado por faixas autorais que transitam pelo rock e pelo folk, por afetos e desencontros, junta-se a títulos dos discos anteriores, peças de uma narrativa que aproxima músicos e público.

Quente é o som

“Acho que falamos, desde o início, sobre coisas importantes para nós. Nunca lançamos uma obra qualquer, uma melodia boa apenas. Sei que esse é um caminho difícil. Mas não consigo pensar de modo diferente”, afirma Reginaldo. A vontade é usar o simples, o complicado, o complexo, os três unidos e mais em prol de verdades cantadas. E que seja um trabalho completo de amor.

Esses motores já estavam lá, no princípio da banda, quando Vanguart era ainda um projeto paralelo de Helio. Com 16 anos, em Cuiabá (MT), ele sentia-se perdido, sem um espaço no qual tocar. Essa aparente desordem, no entanto, incentivou o então garoto a refletir acerca de referências várias, de Beatles a Bob Dylan, e a começar um processo de composição próprio. Em 2002, aos 17, gravou um CD caseiro, batizado de Ready to.... Para o segundo disco, The Noon Moon (2003), também elaborado no âmbito doméstico, o vocalista juntou-se a Reginaldo Lincoln e David Dafré, integrantes de outros grupos naquele momento, conhecidos de festivais e de amigos em comum, e produziram o álbum. Foi em 2004, porém, após Helio retornar de uma viagem, que o trio se reuniu de vez. “A apresentação no Auditório é como voltar para esse tempo: nós, só nós”, afirma Helio. Um regresso que é, no fundo, um jeito de contar uma trajetória.

E robusta vem sendo tal estrada. De encontro em encontro, naturalmente, todos revisitam títulos, reformulam números, propõem novidades. Experiências, construções e olhares coletivos que erguem repertórios. Beijo Estranho, a última obra do Vanguart, aconteceu aos poucos. Depois de diversos shows e um DVD relacionados ao terceiro projeto de estúdio, Muito Mais que o Amor (2013), instalou-se um movimento interno de feitura do novo. “Queríamos deixar tudo mais forte e, dessa vontade, nasceu o disco: arranjos grandiosos, cordas, uma poética mais intensa”, esclarece Reginaldo. Armaram um edifício inteiro para, no instante ao vivo, desmontarem a estrutura: do majestoso à pureza daquilo que não carrega adornos, a atenção principal aponta para ela, sempre ela, a canção – aglomerado de sentimentos, aconchegos, quenturas.

Vanguart [com interpretação em Libras] | INGRESSOS ESGOTADOS
domingo 19 de agosto de 2018
às 19h
[duração aproximada: 90 minutos]

ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)

[classificação indicativa: 12 anos]

abertura da casa: 90 minutos antes do espetáculo


 

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