O software Deep Dream, do Google, funciona com base em um algoritmo de rede neural, um programa que simula de forma digital e simplificada o funcionamento de um cérebro biológico.

Criada originalmente para encontrar padrões em imagens – para então classificá-las automaticamente –, essa rede neural é especialmente capaz de detectar animais, faces humanas, arquiteturas e outros padrões comuns em imagens que circulam pela internet. Deep Dream aplica esse reconhecimento de padrões ao inverso, reforçando tudo o que a rede neural está originalmente treinada para encontrar, só que em imagens que não possuem necessariamente esses padrões. O resultado são imagens de sonhos, ou pesadelos, que expressam de maneira perturbadora os padrões armazenados em um software complexo como esse. Na exposição, o que se vê é um vídeo produzido pela equipe do Itaú Cultural com cenas urbanas da Avenida Paulista, em São Paulo, que em seguida foi processado pelo software Deep Dream.