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Itaú Cultural Play: conheça a plataforma de streaming dedicada ao cinema brasileiro

Criada pelo Itaú Cultural, a plataforma oferece gratuitamente um catálogo diverso de filmes, séries, programas de TV, festivais e mostras temáticas e competitivas, além de conteúdos de instituições parceiras

Publicado em 17/06/2021

Atualizado às 18:40 de 17/08/2022

No próximo sábado, 19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro, o Itaú Cultural comemora a data em grande estilo. Será lançada a Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita dedicada a produções nacionais. O catálogo diverso oferece mais de cem títulos já na estreia e é composto de filmes, séries, programas de TV, festivais e mostras temáticas e competitivas, além de produções audiovisuais de instituições culturais parceiras.

Mediante cadastro gratuito, você poderá acessar esse conteúdo e escolher onde ver, já que a Itaú Cultural Play está disponível para desktop e celular, via tanto sistema Android quanto IOS. Outro diferencial é o próprio catálogo, marcado por diversidade, variedade de autoria e representatividade regional, com títulos de todos os estados brasileiros.

Foto preta e branca mostra dois homens de frente, um segurando uma câmera de cinema na mão. Eles estão bem próximos de duas pessoas, que aparecem de costas. Aplicada em cima da imagem, a palavra Itaú Cultural Play na cor branca e um logo que simula a imagem de um catavento colorido.
Terra em Transe está entre os títulos disponíveis na estreia da Itaú Cultural Play (imagem: divulgação)

O lançamento neste sábado, 19 de junho, é a primeira etapa de três fases. Em seguida, haverá a integração com o Itaú Cinema. Já a terceira fase será a chegada da Itaú Cultural Play às smart TVs, como Samsung, LG e Apple TV. 

Inicialmente, na primeira fase, é necessário fazer cadastro na plataforma via site. Na sequência, é possível seguir pelo próprio navegador ou baixar os aplicativos para celulares e tablets nas lojas virtuais IOS e Android para acessar o conteúdo.

Aqui no site, é possível acompanhar as novidades do catálogo todo mês, destacadas sempre na nossa seção Itaú Cultural Play. Lá você encontra todas as novidades sobre a plataforma, inclusive a lista dos títulos que devem sair do catálogo em breve. Você também pode assinar a nossa newsletter para ficar por dentro de tudo isso.

As classificações indicativas são variadas e estão disponíveis no descritivo de cada conteúdo, diretamente na Itaú Cultural Play.

Novidades da estreia

Com mais de cem títulos já na estreia, listamos abaixo alguns destaques do catálogo.

Grandes homenagens

Dois homens aparecem em foto preto e branca, nos bastidores das filmagens de Deus e o diabo na terra do sol, filme de 1964. Um deles, à esquerda, é o diretor Glauber Rocha, e está com uma espingarda na mão. O outro, o ator Maurício do Valle, usa chapéu e olha atentamente para a espingarda.
Glauber Rocha, à esquerda, e Maurício do Valle, durante as filmagens de Deus e o diabo na terra do sol (1964) (imagem: divulgação)

Dois nomes consagrados do cinema brasileiro serão homenageados: Glauber Rocha, sendo sete filmes com sua direção [Barravento (1961); Câncer (1968-1972); Deus e o diabo na terra do sol (1964); O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969); A idade da Terra (1980); Pátio (1959); e Terra em transe (1967)], e Luiz Carlos Barreto, sendo títulos com sua produção e direções variadas, todos dedicados ao tema do futebol [Garrincha, alegria do povo (1962); Isto é Pelé (1974); Mané Garrincha (1978); O casamento de Romeu e Julieta (2004); e Uma aventura do Zico (1998)].

Assista ao trailer de O casamento de Romeu e Julieta (2004).

Três jogadores de futebol aparecem em foto preto e branca em campo, durante um drible em que disputam pela bola.
Garrincha, alegria do povo (1962) está entre os filmes produzidos por Luiz Carlos Barreto e dedicados ao tema do futebol (imagem: divulgação)
Foto preto e branca mostra o jogador Pelé dando um chute de bicicleta na bola. Dois outros jogadores estão ao redor dele.
Isto é Pelé (1974) também é uma produção de Luiz Carlos Barreto (imagem: divulgação)

Mostras de diretores

Para a estreia, quatro diretores ganham mostras, com quatro filmes de cada um à disposição do público.

De Carlos Nader, estarão disponíveis A paixão de JL (2014), sobre o artista Leonilson; Pan-cinema permanente (2008), documentário sobre o poeta Waly Salomão vencedor do festival É tudo verdade em 2008; Homem comum (2014), também vencedor do É tudo verdade, em 2014; e Tela (2010).

Assista ao trailer de A paixão de JL (2014).

Homem aparece em foto preto e branca, olhando pro céu, de óculos escuros. Ele está com os braços atrás da cabeça, descansando a mesma sobre as mãos. Sua camisa está com os botões abertos até perto do umbigo, e com as mangas dobradas.
Pan-cinema permanente (2008), documentário de Carlos Nader sobre o poeta Waly Salomão (imagem: divulgação)

Os trabalhos de Junia Torres disponíveis, todos em parceria com outros diretores, serão: Aqui favela, o rap representa (2003), documentário sobre a cena do rap em São Paulo e em Belo Horizonte; A rainha Nzinga chegou (2019); Nos olhos de Mariquinha (2008); e O Jucá da volta (2014).

Homem e mulher negros estão ajoelhados em uma duna de areia. Ele usa túnica azul e roxa, turbante roxo e calça branca. Está com um tambor pequeno na mão. A mulher está toda de branco e olha para o chão de areia.
A rainha Nzinga chegou (2019), de Junia Torres (imagem: divulgação)

Joel Pizzini aparecerá com 500 almas (2005), documentário de temática indígena; Caramujo-flor (1988), curta baseado na obra de Manoel de Barros; Glauces: estudo de um rosto (2001), curta sobre a atriz Glauce Rocha; e Olho nu (2013), sobre a vida e a carreira de Ney Matogrosso.

Close de rosto de mulher em preto e branco. Ela está séria, tem o semblante meio triste. Seus cabelos são ondulados, escuros e na altura dos ombros.
Glauces: estudo de um rosto (2001), de Joel Pizzini, é um curta sobre a atriz Glauce Rocha (imagem: divulgação)

De Otto Guerra, teremos A cidade dos piratas (2018), baseado nos quadrinhos e nos personagens da Laerte; Até que a Sbórnia nos separe (2013), animação adulta premiada em festivais brasileiros; Wood & Stock: sexo, orégano e rock'n'roll (2006); e Novela (1992).

Desenho de homem grisalho, usando óculos e barba. Ele está com as mãos na barba e sua bastante.
A cidade dos piratas (2018), de Otto Guerra, é baseado nos quadrinhos e nos personagens da Laerte (imagem: divulgação)

Curadorias da equipe Itaú Cultural Play

Do acervo permanente do Itaú Cultural, o público terá à disposição Daquele instante em diante (2010), de Rogério Velloso, sobre Itamar Assumpção; Evoé! Retrato de um antropófago (2011), de Tadeu Jungle e Elaine Cesar, sobre José Celso Martinez Corrêa; e Patxohã, língua de guerreiros (2016), de Claudiney Ferreira.

Imagem mostra duas mulheres indígenas de mãos dadas, em roda. Só vemos as duas, mas a roda parece ter mais gente. Atrás delas, um homem de chapéu fotografa a cena com um celular.
Patxohã, língua de guerreiros (2016), de Claudiney Ferreira, integra o acervo permanente do Itaú Cultural (imagem: divulgação)

Outros recortes de seleção serão Cinema Negro Brasileiro [com filmes como Ela volta na quinta (2014), de André Novais Oliveira; O dia de Jerusa (2013), de Viviane Ferreira; e A negação do Brasil (2000), de Joel Zito Araújo] e Cine Curtinhas (com vários títulos infantis de animação).

Mulher negra está bem perto de um bolo confeitado, assoprando as velinhas. As velas indicam que ela está completando 77 anos de idade.
O dia de Jerusa (2013), de Viviane Ferreira, está entre os filmes da seleção Cinema Negro Brasileiro (imagem: divulgação)

Curadorias convidadas

A plataforma também contará com seleções feitas por convidados, com festivais e recortes regionais. Do É tudo verdade, os destaques são filmes que receberam o Prêmio de Melhor Documentário de Curta-Metragem em várias edições do festival. Entre eles, estão Remo Usai – um músico para o cinema (2008), de Bernardo Uzeda; Casa de cachorro (2001), de Thiago Villas Boas; Dormentes (2003), de Inês Cardoso; e Capistrano no quilo (2007), de Firmino Holanda.

Mulher negra está com o semblante triste e os braços cruzados. Ela tem o olhar fixo e usa uma blusa de frio azul acinzentada.
Casa de cachorro (2001), de Thiago Villas Boas, foi destaque no festival É tudo verdade (imagem: divulgação)

Equipes dos festivais In-Edit, dedicado a documentários sobre música, e fórumdoc.bh, dedicado a documentários etnográficos, focalizando a luta por terra e moradia, também são curadores convidados.

Já a antropóloga e cineasta Junia Torres será a curadora da mostra Um outro olhar – cineastas indígenas, que entre os destaques terá Yãmĩyhex – as mulheres-espírito (2019), de Sueli Maxakali e Isael Maxakali. Sueli é uma das primeiras mulheres indígenas a dirigir um filme.

Assista a um trecho de Yãmĩyhex – as mulheres-espírito (2019).

Mulher de galocha aparece coberta por canga preta com estampa de patas de animais. Ela carrega um pau lotado de roupas coloridas.
Yãmĩyhex – as mulheres-espírito (2019), de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, está na seleção de Junia Torres para a mostra Um outro olhar – cineastas indígenas (imagem: divulgação)

Recortes regionais: o Brasil todo está na Itaú Cultural Play

Com curadoria do Matapi – Mercado Audiovisual do Norte, a mostra O ser amazônico reúne filmes produzidos no Norte do Brasil. Entre os destaques, A floresta de Jonathas (2012), de Sérgio Andrade; e Fronteira em combustão (2016), de Thiago Chaves Briglia, curta-metragem policial feito em Roraima.

Carro aparece pegando fogo, em um terreno aberto e gramado. Um homem de camiseta amarela aparece ao fundo da imagem, fumando um cigarro.
Fronteira em combustão (2016), de Thiago Chaves Briglia, é um curta-metragem policial feito em Roraima (imagem: divulgação)

O Centro-Oeste chega por meio de uma seleção feita pelo Mercado Sapi. Entre os filmes disponíveis, teremos Maria Luiza (2019), de Marcelo Díaz, documentário sobre a primeira transexual reconhecida na história das Forças Armadas do Brasil; De tanto olhar o céu, gastei meus olhos (2018), de Nathália Tereza, curta do Mato Grosso do Sul que teve carreira internacional; e Taego Ãwa (2016), de Marcela Borela e Henrique Borela, documentário de temática indígena premiado e lançado comercialmente nos cinemas.

Mulher transexual aparentando ter mais de 60 anos aparece em uma janela, olhando para o horizonte, com o olhar meio perdido. Ela usa cabelos curtos, lisos, e está vestida com uma camisa rosa. Atrás aparece um pedaço do céu, em um dia muito azul.
Entre os filmes do Centro-Oeste está Maria Luiza (2019), de Marcelo Díaz, documentário sobre a primeira transexual reconhecida na história das Forças Armadas do Brasil (imagem: divulgação)

A mostra Reexistências audiovisuais nordestinas reúne destaques da produção recente nos estados do nordeste do Brasil, com curadoria do Nordeste Lab. A região com mais estados da federação aparece com Voltei! (2021), de Ary Rosa e Glenda Nicácio, novo longa dos diretores do premiado Café com canela; A noite amarela (2019), de Ramon Porto Mota, filme da Paraíba que, por enquanto, é o único de terror na programação; Memórias de quando metemos o pé na estrada (2020), de Weslley Oliveira, curta universitário realizado no Piauí; Iemanjá pela última vez (2017), de Denis Carlos, documentário do Maranhão; Não fique triste, menino (2018), de Clébson Oscar, produção do Ceará sobre representatividade negra; e A parteira (2019), de Catarina Doolan, do Rio Grande do Norte. 

Assista ao trailer de A parteira (2019).

Mulher negra, de cabelos lisos e compridos, usa uma coroa e um colar prateados. Ela está séria e aparece atrás de um quadro com a imagem de Iemanjá.
Iemanjá pela última vez (2017), de Denis Carlos, documentário do Maranhão. O catálogo do Itaú Cultural Play contempla todos os estados do Brasil (imagem: divulgação)

Parceiros

Além disso, a Itaú Cultural Play estreia com conteúdo disponibilizado por instituições parceiras.

A TVE Bahia chega com série de documentários sobre personalidades baianas, como Jaime Sodré e o Carnaval negro da Bahia (2021) e Estrela azul: Mãe Stella (2005). Já a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) apresenta documentários curta-metragem sobre nomes importantes da dança no Brasil, como Ismael Ivo, Paulo Pederneiras e Angel Vianna.

O escritor Jorge Amado, um homem idoso de cabelos brancos e bigode também branco, está abraçado com uma mulher negra, aparentemente mais jovem que ele. Ela está sorrindo, olhando pra foto.
A TVE Bahia chega com série de documentários sobre personalidades baianas, como Estrela azul: Mãe Stella (2005) (imagem: divulgação)

Do Instituto Alana, destacamos a série Território do brincar (2014), sobre brinquedos infantis, e o documentário Muito além do peso (2012). O Canal Arte 1 entra no catálogo com a série Encontra (2019), que mostra artistas em seus ambientes de trabalho, e um documentário sobre o poeta João Cabral de Melo Neto.

Outros destaques são o programa 7 prazeres capitais: pecados e virtudes hoje (2014), do Instituto CPFL, e uma série de debates e um documentário sobre urbanismo cedidos pela Festa literária de Paraty (Flip).

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