A Sala Itaú Cultural recebeu, no dia 1o de fevereiro, a estreia do espetáculo A divina farsa, da Cia. La Mínima, que segue com apresentações até 26 de fevereiro. A peça conta a história de Dionísio, filho bastardo de Zeus, que chega ao Olimpo no momento em que deusas e deuses deliberam quem descerá à Terra para acudir a humanidade.
Durante a última semana de exibição, profissionais que atuaram no processo criativo do espetáculo participarão de encontros com o público para compartilhar as experiências adquiridas ao longo dos anos de trabalho da companhia. Serão cinco datas – cada dia abordando um tema – para falar sobre os elementos que compõem a criação de uma obra teatral. Confira os detalhes:
Primeiro encontro – dramaturgia e palhaçaria
Um espetáculo cômico passa por um jogo sincero entre artista e público. Se o segundo não responde por meio do riso ao que é proposto em cena, o primeiro precisa se adequar. Ao final, o que realmente deu certo se torna dramaturgia em forma de texto, música ou gestos. O registro do trabalho artístico não é somente um exercício de memória; é também uma forma de preservar e dar continuidade ao processo de transmissão de informação, tão necessária à formação dos profissionais. Participam do encontro artistas da Cia. La Mínima – Fernando Sampaio, Fernando Paz e Filipe Bregantim – e dramaturgos convidados – Alessandro Toller e Newton Moreno –, para falar sobre o processo colaborativo de estruturação de A divina farsa.
Segundo encontro – novas formas de humor
O embate entre o conservadorismo intolerante e o arquétipo do palhaço envolve o espectador em sua plenitude. Ao longo dos últimos anos, o conceito e as técnicas do humor passaram por revisões de representatividade em seus discursos e direcionamentos. O que antes era completamente aceitável como cômico – envolvendo gênero, raça, política, sexualidade e outros temas e públicos da sociedade – hoje corre o risco de ser enquadrado como preconceituoso e depreciativo. Do que ou de quem podemos rir hoje? Qual é o jogo que vale a pena jogar? Estarão presentes Fernando Sampaio, Fernando Paz, Filipe Bregantim e a cartunista Laerte.
Terceiro encontro – musicalidade excêntrica
A trilha sonora é um composto fundamental do teatro da Cia. La Mínima. A cada encenação, novas propostas, instrumentos e elementos musicais são inseridos e agregados ao acervo da companhia – geralmente com o interesse de extrair música de onde antes não se imaginava. Neste encontro, será abordado como a musicalidade faz parte do aprimoramento e da ampliação do palhaço e como ela é aplicada no repertório da Cia. La Mínima. Participam Marcelo Pellegrini, autor da trilha de 11 peças da companhia, e os artistas Fernando Sampaio, Fernando Paz e Filipe Bregantim.
Quarto encontro – direção artística
Fernando Sampaio, Fernando Paz e Filipe Bregantim recebem a diretora Sandra Corveloni para falar sobre o processo de concepção e direção do espetáculo A divina farsa, além de abordar o trabalho colaborativo do grupo.
Quinto encontro – mitologias
São muitos os panteões e as mitologias existentes, e administrar esse imaginário popular torna-se uma forma estratégica de poder e subjugo de nações inteiras, ao mesmo tempo que define a cultura de um povo. Neste último encontro, serão discutidos os aspectos de construção de mitologias e mitos e suas implicações no cotidiano. Participam Fernando Sampaio, Fernando Paz e Filipe Bregantim.
Encontro com profissionais – processos de concepção de A divina farsa [com interpretação em Libras]
quarta 22 a domingo 26 de fevereiro de 2023
quarta a sábado às 16h e domingo às 15h
[duração aproximada: 60 minutos]
Sala Itaú Cultural – 224 lugares
[livre para todos os públicos]
Reserve seu ingresso [a partir de 15 de fevereiro, às 12h, até esgotar]
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