“Ocupação Ailton Krenak” e a exposição “Nhe’ẽ ry: onde os espíritos se banham” são palco para descobrir a riqueza da floresta
Publicado em 31/10/2025
Atualizado às 10:32 de 03/11/2025
De um lado, a filosofia, a literatura e as artes visuais de Ailton Krenak; do outro, os saberes dos espíritos da floresta. O Itaú Cultural (IC) convida o público para visitas expandidas a duas exposições que bebem da sabedoria dos povos originários brasileiros: a Ocupação Ailton Krenak, em cartaz no IC, e Nhe’ẽ ry: onde os espíritos se banham, realizada pelo Museu das Culturas Indígenas (MCI).
As visitas ocorrem nos dias 8 e 22 de novembro, das 14h às 17h, com mediação das equipes educativas das duas instituições. O trajeto começa no IC, e o translado entre as exposições será realizado às 14h30, por meio de ônibus disponibilizado aos inscritos. O retorno ao IC está previsto para as 17h.
O time de intermediação que acompanha as visitas durante os dois dias inclui as educadoras na área de mediação cultural do IC, Julia Fernandes e Ana Beatriz Carvalho. Também participaram a estagiária do Museu das Culturas Indígenas (MCI), pertencente ao Povo Tenetehara, e a Mestra de Saberes do MCI, Sônia Ara Mirim, de origem Xucuru-Kariri.
Para participar da atividade, é necessário ter mais de 18 anos e apresentar um documento de identificação (menores de idade podem estar presentes se acompanhados por um responsável). Faça sua inscrição pelo formulário do dia desejado: 8 de novembro (a partir de 30 de outubro, às 11h) ou 22 de novembro (a partir de 11 de novembro, às 11h).
A exposição Nhe’ẽ ry: onde os espíritos se banham é uma experiência imersiva e um convite a sentir e conhecer a dimensão e a riqueza da Mata Atlântica – e, através da visão dos povos originários, entender a floresta como um lugar sagrado. A curadoria é de Carlos Papá, Cristine Takuá, Sandra Benites e Sonia Ara Mirim.
Veja também:
>> Entrevistas com Cristine Takuá e Carlos Papá para a Ocupação Ailton Krenak
>> "Sandra Benites: o valor de uma história múltipla", entrevista com a curadora
A Ocupação Ailton Krenak, em cartaz até 23 de novembro, ocupa o piso térreo do IC e traz depoimentos em vídeo, originais manuscritos do autor e registros históricos. A curadoria celebra o percurso do líder indígena, autor de obras fundamentais, como Ideias para adiar o fim do mundo, A vida não é útil e Futuro ancestral.
Visita expandida: Ocupação Ailton Krenak e Nhe’ẽ ry: onde os espíritos se banham [com interpretação em Libras]
sábado 8 e 22 de novembro de 2025
às 14h
[duração aproximada: 180 minutos]
20 vagas – inscrições por meio dos formulários
Inscreva-se para o dia 8 de novembro – a partir de 30/10 às 11h
Inscreva-se para o dia 22 de novembro – a partir de 11/11 às 11h
[confira a classificação indicativa de cada exposição]
Itaú Cultural | Av. Paulista, 149, São Paulo/SP
Museu da Cultura Indígena | R. Dona Germaine Burchard, 451, São Paulo/SP
Sônia Ara Mirim é uma ativista Xucuru-Kariri, residente da Terra Indígena Guarani Mbya e Guarani Ñandeva do Jaraguá, em São Paulo. Ela atua em coletivos e movimentos sociais de mulheres e povos indígenas pelo direito à terra. Fez parte dos elencos dos filmes “Avaxi Para’i” (2017), “TAVA: O Caminho da Sabedoria e das Belas Palavras” (2023), “Anhangabaú” (2023) e “Fora do Lugar” (2023) – neste último, além de atuar, compartilhou a direção com Maria Ara Poty. Além de ser uma das curadoras das exposições “Hendu Porã’rã, escutar com o corpo” e “Nhe’ẽ ry: onde os espíritos se banham”.
Paula Guajajara, nasceu na Terra Indígena Cana Brava, pertence ao Povo Tenetehara (gente verdadeira), do ramo Guajajara, que vive no Maranhão. É graduanda em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e possui formação como Técnica em Administração, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI). Além de ser membra da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), representando o Bioma Caatinga.
Ana Beatriz Carvalho é educadora na área de Mediação Cultural do IC, além de realizar trabalhos de pesquisa no campo da Sociologia da Arte. Está na trajetória final de formação na licenciatura em Ciências Sociais pela UNIFESP. Desenvolve pesquisas no campo das relações étnico-raciais, da educação e da arte, com especial interesse na literatura feminina brasileira.
Julia Fernandes é educadora na área de Mediação Cultural e Relacionamento do IC, e artisticamente transita pelas danças urbanas, poesia e música. Graduanda em Ciências Sociais na USP, tem sua trajetória marcada por articulações e ações socioculturais voltadas para a valorização das artes negras e periféricas na zona oeste, e suas pesquisas dentro e fora da academia são voltadas para as relações da história africana e afro brasileira, especialmente as religiosidades.