Autor de “Vapor Barato”, Jards Macalé marcou gerações com sua obra experimental
Publicado em 17/11/2025
Atualizado às 18:51 de 17/11/2025
O músico Jards Macalé morreu nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro (RJ), aos 82 anos. O artista, que estava internado em um hospital da Barra da Tijuca para tratar um enfisema pulmonar, sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
A notícia foi confirmada por meio de um comunicado divulgado em suas redes sociais. A nota informou que Macalé chegou a acordar de uma cirurgia cantando “Meu nome é Gal”, demonstrando bom humor e a energia que sempre o acompanharam: "Cante, cante, cante. É assim que sempre lembraremos do nosso mestre, professor e farol de liberdade. Agradecemos, desde já, o carinho, o amor e a admiração de todos. Em breve informaremos detalhes sobre o funeral. “Nessa soma de todas as coisas, o que sobra é a arte. Eu não quero mais ser moderno, quero ser eterno.” – Jards Macalé”.
Trajetória
Nascido no Rio de Janeiro em 1943, Jards Anet da Silva iniciou a carreira na década de 1960, quando teve sua primeira composição gravada por Elizeth Cardoso, em 1964. Com postura artística avessa a padrões comerciais, tornou-se um dos nomes mais inventivos da música brasileira. Sua obra transita por jazz, baião, rock, samba e blues, sempre com experimentação e criatividade. Seu primeiro álbum, intitulado Jards Macalé, revelou sucessos como “Vapor Barato” e “Mal Secreto”.
Ao longo da carreira, Macalé colaborou com parceiros como Waly Salomão, Torquato Neto e Vinicius de Moraes, consolidando-se como referência da vanguarda cultural. Ele também participou de projetos de teatro, cinema e televisão.
Homenagem no Itaú Cultural
Em 2014, Jards Macalé foi homenageado no projeto Ocupação, do Itaú Cultural, que revisitou sua história e celebrou sua trajetória artística. O material completo está disponível no site.
O artista também é celebrado no documentário Jards, dirigido por Eryk Rocha, disponível na plataforma IC Play.