Sebastião Salgado, o fotógrafo que deu voz à humanidade invisível

Economista de formação e fotógrafo por vocação, Sebastião Salgado tornou-se mundialmente reconhecido por transformar a fotografia documental em arte e denúncia social, por meio de um olhar humanista e sensível sobre as populações desfavorecidas. Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado trocou a carreira em economia para registrar, com profundidade e empatia, os dramas e a dignidade de povos marginalizados em diferentes partes do mundo.

Ao longo de mais de cinco décadas, seus ensaios fotográficos tornaram-se referência no jornalismo e na arte contemporânea. Obras como Êxodos, Trabalhadores, Gênesis e Amazônia revelam não só o sofrimento, mas também a resistência e a beleza da vida humana.

Um de seus trabalhos, Amazônia: o processo de criação de Sebastião Salgado, foi exibido no Itaú Cultural de março a maio de 2022. A exposição apresentava um recorte com mais de 35 registros fotográficos, organizados pela curadora Lélia Wanick também produtora e esposa do fotógrafo e pelo jornalista Leão Serva. As imagens foram realizadas ao longo de sete anos de andanças de Salgado pela região da Amazônia, e a mostra incluiu ainda fotografias de Everton Ballardin.

Seus registros de campos de refugiados, zonas de guerra, comunidades indígenas e trabalhadores rurais ultrapassaram fronteiras e influenciaram políticas públicas, exposições internacionais e iniciativas ambientais.

Sua história está registrada na Enciclopédia Itaú Cultural, que detalha sua trajetória e contribuições para a arte e a cultura brasileiras.