Representante da quarta geração circense de sua família, Ermínia Silva foi cocuradora da "Ocupação Benjamim de Oliveira"
Publicado em 15/03/2024
Atualizado às 10:05 de 18/03/2024
Morreu na última quarta-feira, 13 de março, Ermínia Silva, pesquisadora e historiadora do circo brasileiro. No Itaú Cultural (IC), foi cocuradora da Ocupação Benjamim de Oliveira, que ficou em cartaz de 27 de novembro de 2021 a 13 de março de 2022, coincidentemente há exatos dois anos de sua morte.
Integrante da quarta geração de uma família circense, Ermínia Silva nasceu no circo e levou para o mundo acadêmico seu amor por essa arte. É de sua autoria obras importantes que refletem sobre o mundo dos picadeiros, como Respeitável público… o circo em cena e Circo-teatro: Benjamim de Oliveira e a teatralidade circense no Brasil. Este último ganhou uma reedição em 2022 pela editora WMF Martins Fontes, com o apoio do IC. A obra também ganhou uma edição digital gratuita, que pode ser acessada na página do IC no ISSUU.
Depoimentos de Ermínia podem ser vistos em vídeos feitos especialmente na ocasião da Ocupação Benjamim de Oliveira.
Na Revista Observatório 30, Ermínia Silva e Daniel de Carvalho Lopes refletiram sobre os impactos das tecnologias no circo, pensando na produção imagética, na sustentabilidade e na precariedade de políticas voltadas para os artistas desse setor. Leia aqui.
Natural de Campinas (SP), Ermínia Silva era doutora em história social da cultura [Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH/Unicamp)], cocoordenadora do circonteudo.com e do Circus [Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp], professora da Escola Livre de Palhaços (Eslipa) e coorganizadora do grupo Psircos. Venceu, em 2012, o Prêmio Governador do Estado para a Cultura/SP.