Acessibilidade
Agenda

Fonte

A+A-
Alto ContrasteInverter CoresRedefinir
Agenda
ESPAÇO  OLAVO SETUBAL

ESPAÇO
OLAVO SETUBAL

Conheça detalhes sobre o Espaço Olavo Setubal. A exposição permanente foi inaugurada em 2014, no Itaú Cultural, e reúne obras de duas coleções específicas do maior acervo de arte de uma companhia privada da América Latina: Brasiliana Itaú e Itaú Numismática.

O espaçoColeçãoFotos e vídeos

O espaço

Ocupando dois andares do Itaú Cultural, em São Paulo, SP, em um total de 514 metros quadrados, o Espaço Olavo Setubal foi inaugurado em dezembro de 2014. A exposição permanente reúne obras de duas coleções específicas do maior acervo de arte de uma companhia privada da América Latina: Brasiliana Itaú e Itaú Numismática.

Organizado pela equipe do Itaú Cultural, em uma longa pesquisa que começou em 2009, o percurso revela cinco séculos da história do Brasil, com o objetivo de dividir com o maior número de pessoas esse importante acervo

Parte das duas coleções está intercalada no espaço, de acordo com o período histórico. São nove módulos, cada um com um tema, reunindo 1.364 obras. Da Brasiliana Itaú o público poderá ver 969 itens, entre pinturas (12), tridimensionais (16), desenhos, aquarelas e têmperas (30), gravuras (693), mapas/cartografia (16), manuscritos de literatura (7), documentos (76), periódicos (5), livros (98) e caricaturas (96).

Já da coleção Itaú Numismáticao Espaço Olavo Setubal apresenta 395 peças, entre moedas (281), medalhas (96), condecorações (10), barras de ouro (6) e objetos (2).

Textos de Curadores

A Coleção Brasiliana – Espaço Olavo Setubal apresenta moedas e medalhas do acervo Itaú Cultural dispostas sob a perspectiva primeira da arte aliada à tecnologia. Nesse sentido, a iconografia prevalece em relação a outras possibilidades de leitura que esses pequeninos objetos podem sugerir.

De um total de 6.919 peças existentes, 420 exemplares dos mais diferentes materiais – como ouro, prata, cobre e até mesmo madeira – foram escolhidos para ser expostos. Entre moedas, medalhas, pesos, ensaios, condecorações e tantos outros objetos ligados ao universo monetário, o visitante irá se deparar com as mais belas e mais raras peças da numismática brasileira.

Dos primeiros tempos, destacamos a conhecida como O Português, prestigiosa moeda de D. Manuel, o Venturoso, que certamente esteve entre as que Cabral levava em seus cofres quando chegou ao Brasil; os raríssimos florins, importantes testemunhos da presença holandesa no Brasil; e os famosos dobrões, de D. João V, as maiores e mais pesadas moedas de ouro já produzidas pelo homem, que evidenciam toda a riqueza e a opulência que o Brasil viveu.

Medalhas retratando significativas construções, personagens e as belas paisagens do Rio de Janeiro do século XIX, então capital de nosso país, e outras com variados carimbos, como o Carimbo Piratini, sendo produzidas nas mais diversas províncias, ressaltam e enaltecem a força e a pluralidade brasileiras.

Podemos dizer que no módulo Brasil Império as moedas e as medalhas dão o tom. Entre as inúmeras moedas, medalhas e condecorações de D. João, D. Pedro I e D. Pedro II expostas, chamamos a atenção para as macutas de cobre, produzidas no Brasil para circular em Angola. As fracionadas balastracas confeccionadas durante a Guerra do Paraguai. A famosa condecoração imperial Ordem da Rosa criada pelo imperador D. Pedro I para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia. E finalmente a mais importante moeda da coleção e a mais valiosa de toda a numismática brasileira: a Peça da Coroação, proibida de entrar em circulação por D. Pedro I por apresentar erros inaceitáveis para o imperador. Hoje, estão espalhados pelo mundo apenas 16 exemplares dela.

Fomos acostumados a ler e ouvir que as moedas contam a história do Brasil. Nesta mostra procuramos ir além, compondo um harmonioso diálogo entre moedas, obras de arte e tecnologia, o que resultou em uma exposição singular, um dos mais instigantes desafios por nós enfrentados.

Vagner Carvalheiro Portocurador

A Coleção Brasiliana – Espaço Olavo Setubal apresenta moedas e medalhas do acervo Itaú Cultural dispostas sob a perspectiva primeira da arte aliada à tecnologia. Nesse sentido, a iconografia prevalece em relação a outras possibilidades de leitura que esses pequeninos objetos podem sugerir.

De um total de 6.919 peças existentes, 420 exemplares dos mais diferentes materiais – como ouro, prata, cobre e até mesmo madeira – foram escolhidos para ser expostos. Entre moedas, medalhas, pesos, ensaios, condecorações e tantos outros objetos ligados ao universo monetário, o visitante irá se deparar com as mais belas e mais raras peças da numismática brasileira.

Dos primeiros tempos, destacamos a conhecida como O Português, prestigiosa moeda de D. Manuel, o Venturoso, que certamente esteve entre as que Cabral levava em seus cofres quando chegou ao Brasil; os raríssimos florins, importantes testemunhos da presença holandesa no Brasil; e os famosos dobrões, de D. João V, as maiores e mais pesadas moedas de ouro já produzidas pelo homem, que evidenciam toda a riqueza e a opulência que o Brasil viveu.

Medalhas retratando significativas construções, personagens e as belas paisagens do Rio de Janeiro do século XIX, então capital de nosso país, e outras com variados carimbos, como o Carimbo Piratini, sendo produzidas nas mais diversas províncias, ressaltam e enaltecem a força e a pluralidade brasileiras.

Podemos dizer que no módulo Brasil Império as moedas e as medalhas dão o tom. Entre as inúmeras moedas, medalhas e condecorações de D. João, D. Pedro I e D. Pedro II expostas, chamamos a atenção para as macutas de cobre, produzidas no Brasil para circular em Angola. As fracionadas balastracas confeccionadas durante a Guerra do Paraguai. A famosa condecoração imperial Ordem da Rosa criada pelo imperador D. Pedro I para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia. E finalmente a mais importante moeda da coleção e a mais valiosa de toda a numismática brasileira: a Peça da Coroação, proibida de entrar em circulação por D. Pedro I por apresentar erros inaceitáveis para o imperador. Hoje, estão espalhados pelo mundo apenas 16 exemplares dela.

Fomos acostumados a ler e ouvir que as moedas contam a história do Brasil. Nesta mostra procuramos ir além, compondo um harmonioso diálogo entre moedas, obras de arte e tecnologia, o que resultou em uma exposição singular, um dos mais instigantes desafios por nós enfrentados.

Pedro Corrêa do Lagocurador

Os módulos do espaço

O Brasil desconhecido
Módulo 1
O Brasil holandês
Módulo 2
O Brasil secreto
Módulo 3
O Brasil dos naturalistas
Módulo 4
O Brasil da capital
Módulo 5
O Brasil das províncias
Módulo 6
O Brasil do império
Módulo 7
O Brasil da escravidão
Módulo 8
O Brasil dos brasileiros
Módulo 9

Módulo 1 - O Brasil desconhecido

Foi pelo litoral que o atual território brasileiro começou a ser descoberto por navegadores europeus. Durante o primeiro século, pouco se explorou o interior.  O Mapa do Almirante, de 1522, delineia apenas parte da costa e chama o país de Terra Nova ou Terra dos Papagaios.

Nenhum artista visitou o Brasil nesse período. As imagens existentes foram criadas na Europa a partir de relatos e descrições escritas. O tema dominante era o canibalismo, protagonista de grande parte das gravuras que descrevem o país. Os povos indígenas também são retratados vestidos à moda europeia ou em modelos atléticos imaginados pelos artistas europeus, que nunca os haviam visto