Pequeno Cidadão no Auditório

Rosca de mosca, nhoque de minhoca, batata de barata! No sábado, dia 23 de fevereiro, o palco do Auditório Ibirapuera estará repleto de música e poesia. Nesse dia, a banda Pequeno Cidadão, de Edgar Scandurra, Taciana Barros, Antônio Pinto e seus filhos, se apresenta por lá às 16h, com ingressos a R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).

A banda traz as músicas de seu novo álbum e a maturidade – principalmente das crianças! – desses três anos de estrada. As canções têm um pé no rock, mas misturam outros estilos. As letras são inspiradas no cotidiano dos pequenos: o carro que demora a chegar (“Mamãe Tamo Chegando?”), o futebol com os colegas (“Futezinho na Escola”), o abandono da chupeta (“Tchau Chupeta”).

Mas há outras formas, como a fábula “O Sol e a Lua”, que virou trilha da novela Carrossel, o pop rock “Oi Hello”, que brinca com os cumprimentos em várias línguas, e os versos surreais de “Pirou na Batatinha”, que abriram esta matéria.

Leia abaixo a entrevista com Taciana Barros:

Fale sobre o novo álbum. Quais as diferenças em relação ao primeiro, em sonoridade, letras, composição da banda?

Esses três anos [de um álbum a outro] foram importantes porque aprendemos muito com os shows. Ficamos mais íntimos do universo de música para criança e entendemos melhor onde poderíamos arriscar mais, ousar, ir mais fundo.

Aconteceu que nossos filhos se desenvolveram muito com essa experiência toda e participaram mais das composições também. Eles ficaram mais presentes nos shows e nas gravações, dando ideias inclusive nas brincadeiras ao vivo, nas acrobacias e na cenografia. Neste novo CD tivemos um tempo maior de estúdio e, por isso, gravamos um número maior de vozes e instrumentos; pudemos trabalhar mais cada música e no final percebemos que ele tem mais músicas no formato de canção que o anterior, ele é fácil se você quiser tocar no violão, pela lógica das construções.

A inspiração no dia a dia continua forte. Como vocês fazem as composições, como surgem as ideias? É difícil ser adulto e se comunicar com as crianças?

O dia a dia com nossos filhos e nossas lembranças de infância são nossa inspiração. Vários temas foram compostos durante a situação em si, como “Mamãe Tamo Chegando?”, que aconteceu no carro com Edgard e seus filhos. Para nós, é muito natural ser adulto e se comunicar com crianças porque todos temos filhos, e esse universo é muito presente na nossa vida. No começo não sabíamos se as crianças que não tinham tanto contato com música como nossos filhos iriam entender “Música Psicodélica para Criança”, mas ficamos muito surpresos e felizes com a grande receptividade.

Outra boa surpresa foi perceber que o show é para a família toda, que todos vão lá e se divertem muito. Vemos pais participando tanto quanto os filhos, e isso é muito legal, porque o mesmo acontece no palco, entre nós.

Vocês disseram em outras entrevistas que as crianças aprenderam muito nesse tempo de estrada, que se acostumaram com o palco. Como foi esse processo? Elas fizeram aulas, querem continuar na carreira?

Independentemente de a música virar ou não uma carreira no futuro, acho que o que nossos filhos estão passando  vai ser muito importante porque com toda a diversão vem o aprendizado de se conviver em grupo, de aprender a ouvir e respeitar as ideias do outro, de estar atento nas viagens e nos locais onde nos apresentamos. A música é importante no desenvolvimento da criança; além da alegria e do sentimento bom que tocar nos transmite, ela engloba concentração, percepção, matemática, improviso, sentimento de grupo, criação e tantas outras coisas legais.

Como será o show no Auditório Ibirapuera?

Como acabamos de lançar o segundo CD vamos estrear alguns bonecos e brincadeiras nesse show. Estamos muito animados com a ideia de tocar no Auditório, um espaço mais que especial da nossa cidade. Esse teatro é perfeito para um show para crianças; o fato de o palco ser embaixo da plateia ajuda a criança a se sentir mais dentro do show, e ainda tem a localização e a qualidade acústica e técnica que são maravilhosas. Convidamos também a Banda Alana — formada por crianças e adolescentes do Jardim Pantanal — para participar de duas músicas, na percussão.

Pequeno Cidadão
sábado 23 de fevereiro de 2013
às 16h

ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)

[livre para todos os públicos] L

Os ingressos podem ser adquiridos de duas maneiras:

Ingresso.com: 11 4003 5588 (ou site)

Bilheteria do Auditório
Horários de funcionamento:
terça a quinta: das 11h às 18h
sexta: das 11h às 22h
sábado: das 9h às 22h
domingo: das 9h às 20h