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Auditório Ibirapuera

Legado

Em um legado que deixa para a cidade, o Itaú Cultural também promoveu uma maior integração do prédio ao parque, realizou obras estruturais no edifício, instalou uma obra de Waldemar Cordeiro, na lateral ao ar livre, e adquiriu novos instrumentos para a Escola de Música, que foram doados para o Município de São Paulo.

 

Sob a sua administração, o Itaú Cultural criou e implementou políticas e regulamentos para aprimorar a governança do Auditório, como o Manual de Procedimento Sobre Manutenção e Uso de Equipamento Histórico. A criação de um programa de identidade visual e práticas cotidianas de atendimento e de emergência, também foram ações realizadas ao longo da gestão.

 

Durante esse período, a instituição fortaleceu, ainda, a Escola de Música do Auditório. Ela realiza a formação musical de alunos da rede pública de ensino no contraturno escolar, com ênfase na música brasileira e sob a orientação de mestres e músicos tarimbados, como o instrumentista, regente e arranjador Nailor Proveta, o compositor e acordeonista Toninho Ferragutti, a cantora Vanessa Moreno e a também compositora e instrumentista Camila Lordy. A instituição reorganizou a escola com conceito curricular, criou regimento interno, infraestrutura e condições para o estudo da música e o desenvolvimento de repertório.

 

O programa de formação da Escola de Música foi reestruturado e os cursos passaram a ter cinco anos de duração. Nesta iniciativa o Itaú Cultural também garantiu a oferta de bolsas de estudo e de transporte para todos os alunos, além da circulação dos instrumentos para que pudessem estudar em suas casas. No total, a escola formou 92 estudantes de música, que, de outra maneira, dificilmente teriam acesso a um ensino tão profundo e abrangente para este tipo de formação. Grande parte atua na área, inclusive como professoras e professores na própria Escola.

 

Parceria público-privada

O Auditório Ibirapuera foi inaugurado para o público em outubro de 2005. Passados seis anos, em 2011, o Itaú Cultural assumiu a gestão do equipamento, atendendo a chamamento da Secretaria Municipal de Cultura. Ele determinava, em um primeiro momento, que o Itaú Cultural permanecesse por cinco anos na administração do prédio. Em parceria com a prefeitura, no entanto, a instituição ficou à frente do equipamento por quase nove anos, até junho deste ano, quando a Secretaria Municipal de Cultura o assumiu.

 

“A gestão do Auditório Ibirapuera pelo Itaú Cultural é mais um exemplo de que podemos fazer muito pela cultura brasileira, por meio de parcerias entre o poder público e o campo privado. A experiência trouxe grandes aprendizados. Estamos muito orgulhosos do legado que deixamos para a cidade”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. De acordo com ele, desde o primeiro momento, a instituição cuidou da Escola de Música sob a perspectiva do fomento a um legado da música brasileira, por meio da consistente formação de jovens da rede pública, fez do palco um espaço de acolhimento da diversidade da cultura e cuidou do prédio como uma obra de arte, sendo um equipamento idealizado por um dos maiores arquitetos do país.

 

“Esperamos que as próximas gestões continuem elevando a importância e potência do Auditório Ibirapuera e da Escola de Música no incentivo à formação, criação e produção artística brasileira. Uma governança sólida, com propósitos bem definidos e imbuídos de espírito público, resulta em uma parceria público privada de êxito”, conclui Saron.

 

Com iniciativas desta natureza, o Itaú Cultural reafirma o seu compromisso com a democratização do acesso às atividades culturais e a preservação e difusão do patrimônio cultural e artístico do Brasil, de modo a formar um legado perene para o país.