Ferramentas de acessibilidade norteiam a concepção curatorial
e o espaço expositivo da mostra

Os trabalhos de dança desenvolvidos por Angel Vianna, desde os anos de 1960, com pessoas com deficiência e seu olhar voltado para a dança aliada à terapia, impulsionaram a equipe curatorial desta Ocupação a ampliar as questões de acessibilidade na exposição.

Faz já alguns anos que, gradativamente, o Itaú Cultural vem implementando ferramentas de acessibilidade nas atividades que promove. Na Ocupação Angel Vianna, que homenageia esta educadora, coreógrafa e bailarina preocupada com as questões do corpo, elas ganham contornos curatoriais. Da paisagem sonora aos vídeos e videoguias, foto em 3D, réplica de escultura e textos, a mostra traz elementos que facilitam a observação e apreciação de pessoas com deficiência.

De uma parceria entre o instituto e a empresa Museus Acessíveis, saiu uma paisagem sonora que transporta para a Escola e Faculdade Angel Vianna, por meio dos sons do ambiente e sua descrição. Todos os vídeos de entrevistas e depoimentos ali apresentados tem audiodescrição e libras e o acesso às obras segue os padrões de dimensão espacial para cadeirantes e crianças. Os videoguias foram produzidos também em Libras e legendados em português, para atenderem aos surdos fluentes em libras e surdos usuários da língua portuguesa. Para os cegos, o instituto segue oferecendo audiodescrição, mapa tátil e piso podotátil.  Os textos têm versão em braile e estão ampliados para pessoas cegas e com baixa visão.

A dança, importante livro de referência para as artes cênicas, cuja primeira edição foi escrita nos anos de 1990 por Klaus Vianna, companheiro de vida e de trabalho de Angel, é exibido nesta Ocupação e os dois últimos capítulos estão disponíveis em braile e ampliados. Entre os destaques para todos os públicos, tem a réplica da escultura Pé de bailarina, feita pela artista em 1952, como conclusão do primeiro ano de estudos na escola. Com esta peça Angel, conquistou o primeiro lugar na modalidade escultura no 1º Festival Universitário de Arte da Escola de Belas Artes da Universidade do Estado de Minas Gerais. Outros dois, são uma foto 3D de Angel Vianna, em uma de suas coreografias, e uma impressão em relevo de outra fotografia sua, realizada exclusivamente para a Ocupação.

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