LINHA DO TEMPO

Nasce uma estrela

Laurinda de Jesus Cardoso, que adotaria anos depois o nome artístico de Laura Cardoso, nasceu no dia 13 de setembro de 1927. Cinco anos antes, havia acontecido a primeira demonstração oficial de rádio no Brasil, durante as comemorações
do centenário da independência no país, com a transmissão do discurso do presidente Epitácio Pessoa. Acompanhe, década a década, a trajetória da atriz - de seu nascimento até sua atuação na novela Sol Nascente - nesta linha do tempo feita para a Ocupação em sua homenagem.

DÉCADA DE 20

 

1922

 

  •  Ocorre a primeira demonstração oficial de rádio no Brasil, durante
    as comemorações do centenário da Independência do país,
    com a transmissão do discurso.

 

 

1927

 

  •  Nasce Laurinda de Jesus Cardoso, que adotaria anos depois o nome artístico
    de Laura Cardoso.

 

 

 

DÉCADA DE 30

 

1931

 

  •  No primeiro governo de Getúlio Vargas, o Poder Público passa a regulamentar a atividade de radiodifusão.

 

 

1932

 

  •  Estoura a Revolução Constitucionalista em São Paulo. O rádio paulista apoia o movimento e tem destacada atuação.

 

 

1934

 

  •  É inaugurada a Sociedade Rádio Cosmos.

 

  •  Fundação da Rádio Cultura e inauguração da Rádio Excelsior.

 

 

1936

 

  •  Entra no ar a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

 

 

1937

 

  •  Getúlio Vargas, então na Presidência da República, instaura o Estado Novo, por meio de um golpe de Estado.

 

 

1938

 

  •  Entra no ar a Rádio Tupi de São Paulo, pertencente ao grupo dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand.

 

 

1939

 

  •  Início da Segunda Guerra Mundial.

 

 

 

DÉCADA DE 40

 

1941

 

  •  A Rádio Nacional cria o Repórter Esso durante a II Guerra Mundial. No mesmo ano lança a primeira radionovela transmitida no Brasil – Em Busca da Felicidade, de Leandro Blanco.

 

 

1942

 

  •  Aos 15 anos, Laura ingressa na Rádio Cosmos, na qual inicia sua carreira como radioatriz.

 

 

1944

 

  •  Na Rádio Tupi (SP), a atriz integra o elenco da radionovela A Toutinegra do Moinho, baseada no conhecido romance-folhetim de Émile Richebourg.

 

 

1945

 

  •  Termina a Segunda Guerra Mundial.

 

 

1949

 

  •  Laura Cardoso casa-se com Fernando Baleroni.

 

 

 

DÉCADA DE 50

 

1950

 

  •  Numa iniciativa de Assis Chateaubriand, entra no ar a Tupi-Difusora de São Paulo.
    O Brasil torna-se o pioneiro em transmissão televisiva na América Latina.

 

  •  A TV Tupi apresenta A Vida por um Fio, de Lucille Fletcher. Adaptado e dirigido por Cassiano Gabus Mendes, é considerado o marco inicial do gênero teleteatro na televisão brasileira.

 

 

1951

 

  •  Entra no ar o Grande Teatro das Segundas-Feiras, mais tarde Grande Teatro Monções e depois Grande Teatro Tupi. Dele participavam companhias teatrais especialmente convidadas para o programa, como as de Madalena Nicol, Procópio Ferreira e Maria Della Costa. As peças eram encenadas nos estúdios da emissora, ao vivo.

 

  •  Estreia Sua Vida Me Pertence, de Walter Forster, primeira telenovela da televisão brasileira. Fazem parte do elenco o próprio autor, Vida Alves, Lia de Aguiar, Lima Duarte e outros nomes. Com apenas 15 capítulos, dois por semana, com cerca de 20 minutos cada um, ao vivo. Protagonizada por Walter Forster e Vida Alves, nela ocorreu o primeiro beijo na boca da telenovela brasileira.

 

 

1952

 

  •  Entra no ar a TV Paulista (SP).

 

  •  Estreia o TV de Vanguarda, considerado o mais importante programa de teleteatro da televisão brasileira. Idealizado por Dermival Costa Lima e Cassiano Gabus Mendes, valia-se dos profissionais em sua maioria vindos do rádio e era transmitido quinzenalmente, aos domingos. Ao longo dos anos, o TV de Vanguarda exibiu alguns dos maiores textos da dramaturgia e da literatura mundiais.

 

 

1953

 

  •  Inaugurada a TV Record (SP).

 

 

1954

 

  •  Laura Cardoso estreia na televisão em um dos programas da série Tribunal do Coração (TV Tupi), criada por Teófilo de Barros Filho e produzida por Vida Alves.
    Daí em diante, torna-se frequente a sua participação em teleteatros
    e telenovelas em geral.

 

 

1957-1959

 

  •  Estreia o programa TV de Comédia, que se alternava, aos domingos, com o TV de Vanguarda.

 

  • Treze à Mesa, de Marc-Gilbert Sauvajon (TV de Comédia)
  • Ralé, de Maximo Gorki (TV de Vanguarda)
  • Vende-se um Passado, de Geraldo Vietri (TV de Comédia)
  • Eram Todos Meus Filhos, de Arthur Miller (TV de Vanguarda)

 

  •  Laura Cardoso estreia no teatro, em 1959, com a peça Plantão 21. A montagem projetou o grupo Pequeno Teatro de Comédia e seu diretor, Antunes Filho.

 

 

 

DÉCADA DE 60

 

1960-1962

 

  •  Duas novas emissoras são inauguradas na capital paulista: TV Cultura e TV Excelsior.

 

  • Hamlet, de William Shakespeare (TV de Vanguarda)
  • Há Sempre o Amanhã, telenovela de Vida Alves
  • A Casa de Bernarda Alba, de Garcia Lorca (Grande Teatro Tupi)
  • A Severa, de Júlio Dantas (Grande Teatro Tupi)

 

 

1963

 

  •  Em fins de 1962 e início de 1963, a TV Excelsior reformulou-se totalmente. Técnicos, produtores e artistas em geral foram convidados para trabalhar na emissora com ofertas salariais superiores ao que recebiam habitualmente. Entre as novidades, a TV Excelsior lançou a telenovela diária, que logo conquistou o público.

 

  • Entre Quatro Paredes, de Jean Paul Sartre (TV de Vanguarda)
  • Longa Jornada Noite Adentro, de Eugene O’Neill (Grande Teatro Tupi)
  • O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams (Grande Teatro Tupi)

 

 

1964

 

  •  O presidente da República, João Goulart é deposto e inicia-se o regime militar.

 

  • Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams (TV de Vanguarda)
  • Os Fuzis da Sra. Carrar, de Bertold Brecht (TV de Vanguarda)
  • Gutierritos, o Drama dos Humildes, novela de Stella Calderón adaptada por Walter
  • George Dürst

 

  •  Laura Cardoso estreia no cinema em Imitando o Sol, de Geraldo Vietri

 

 

1967

 

  •  Entra no ar a TV Bandeirantes (SP). Neste mesmo ano a atriz atua como a personagem Fantine em Os Miseráveis, adaptação do romance de Victor Hugo e direção de Walther Negrão.

 

  •  Laura Cardoso volta a trabalhar na TV Tupi e integra o elenco de Os Rebeldes, telenovela de Geraldo Vietri.

 

 

1968

 

  •  Morre Assis Chateaubriand.

 

  •  Laura Cardoso integra o elenco da peça As Criadas, de Jean Genet.

 

  •  A atriz muda de emissora e passa a trabalhar na TV Record, na qual participou de várias telenovelas, como As Pupilas do Senhor Reitor, baseada no romance de Júlio Diniz (1970); Os Deuses Estão Mortos (1971), de Lauro César Muniz, e Vidas Marcadas (1973), de Amaral Gurgel

 

 

1969

 

  •  Em 1º de setembro de 1969, o Jornal Nacional, da Rede Globo, é transmitido em rede para diversos pontos do país. Inicia-se assim uma nova era na televisão brasileira.

 

 

 

DÉCADA DE 70

 

1972

 

  •  Chegada oficial da televisão em cores ao Brasil.

 

 

1973

 

  •  Com direção de Antunes Filho Venha, encena no teatro a peça Venha Ver o Sol na Estrada.

 

 

1976

 

  •  De volta à Tupi, a atriz destaca-se em telenovelas como Os Apóstolos de Judas (1976) e Gaivotas (1979).

 

  •  No cinema: Já Não se Faz Amor como Antigamente, com direção de Anselmo Duarte e John Herbert.

 

 

1977

 

  •  Laura Cardoso interpreta a personagem Canina na peça Volpone, de Ben Johnson, sob a direção de Antônio Abujamra.

 

 

 

DÉCADA DE 80

 

1980

 

  •  A TV Tupi sai do ar.

 

  •  A atriz encena a peça A Nonna, com texto de Roberto Cossa e direção de Flávio Rangel.

 

  •  No cinema: Ariella, adaptação do livro A Paranoica, de Cassandra Rios, com direção de John Herbert.

 

 

1981

 

  •  Laura Cardoso é convidada para trabalhar na TV Globo. A partir de então atua em várias telenovelas, como Brilhante (1981), Mulheres de Areia  (1993), A Viagem (1994), Explode Coração(1996), Salsa e Merengue (1997), Esperança (2002), Caminho das Índias (2009) e Araguaia (2010).

 

  •  A atriz integra o elenco do espetáculo Órfãos de Jânio, de Millor Fernandes, sob a direção de Antônio Abujamra.

 

 

1982-1983

 

  •  A TVS (Sistema Brasileiro de Televisão) inicia suas atividades em São Paulo.

 

  •  Na TV Bandeirantes, Laura Cardoso encena duas novelas marcantes com textos de Jorge Andrade e Geraldo Vietri: Ninho da Serpente e Renúncia, respectivamente. Um ano depois, em 1983, atua ao lado de Nair Belo e Gianfrancesco Guarnieri em Casa de Irene, na mesma emissora.

 

  •  No cinema: Uma Casala de Três (1982), sob a direção de Adriano Stuart.

 

 

1984-1989

 

  •  Em texto de Walther Negrão, a atriz vive a personagem Carolina na novela Livre para Voar (1984) sob a direção de Wolf Maya e Fred Confalonieri. Em 1988, ainda na Rede Globo e com texto do mesmo autor atua em Fera Radical.

 

  •  No cinema: Quincas Borba (1987), sob direção Roberto Santos

 

  •  No teatro: Cerimônia do Adeus (1989), texto de Mauro Rasi e direção de Ulysses Cruz

 

 

 

DÉCADA DE 90

 

1990-1999

 

Em 1990, Laura recebe seu primeiro Prêmio Shell de Melhor Atriz pela atuação na peça Vem Buscar-Me que Ainda Sou Teu (1990), com texto de Carlos Alberto Soffredini e Gabriel Villela. A segunda condecoração do mesmo prêmio veio três anos depois, pelo trabalho que desenvolveu com Antunes Filho no espetáculo Vereda da Salvação (1993), de Jorge Andrade.

 

Durante essa década, outros tantos personagens se destacaram na carreira da atriz, como a dona Lila de Mundo da Lua – seriado exibido pela TV Cultura entre 1991 e 1992 – e Isaura, mãe das gêmeas Ruth e Raquel em Mulheres de Areia (1993). São desse período também as novelas A Viagem (1994), Explode Coração (1995), Irmãos Coragem (1995) e Salsa e Merengue (1996).

 

Na tela dos cinemas, atuou em Terra Estrangeira (1995), sob a direção de Walter Salles

e Daniela Thomas. Laura Cardoso e Luís Melo em Vereda da Salvação (1993).

 

 

 

DÉCADA DE 2000

 

2000-2009

 

Os anos 2000 se iniciam com projetos marcantes: o filme Através da Janela (2000), dirigido por Tata Amaral, e a novela da TV Record Vidas Cruzadas (2000), de Attílio Riccó. O primeiro deles rendeu a Laura Cardoso o Prêmio Lente de Cristal de Melhor Atriz no Festival de Cinema Brasileiro de Miami.

 

Ela volta à Rede Globo em 2001, sob o comando de Roberto Talma, em A Padroeira, e se dedica a papéis em novelas como Esperança (2002), Chocolate com Pimenta (2003), Hoje É Dia de Maria (2005) e Caminho das Índias (2009).

 

As participações no cinema assinalam a década, como Copacabana (2001), de Carla Camurati, Fica Comigo Esta Noite (2006), de João Falcão, Muito Gelo e Dois Dedos D’Água (2006), de Daniel Filho, e A Casa da Mãe Joana (2008), de Hugo Carvana. Os curtasmetragens também entram para o currículo da atriz: Morte, de José Roberto Torero, e No Bar, de Paulo Tarso Mendonça e Cleiton Strinchini, ambos de 2002.

 

No teatro, destaca-se a parceria com Miguel Falabella em Veneza (2004) e com Eduardo Tolentino em Outono e Inverno (2006).

 

 

 

DÉCADA DE 2010

 

2010-2016

 

Nessa época, por serem mais recentes, os papéis de Laura Cardoso tornam-se mais claros na memória. É desse período a novela Araguaia (2010), em que a atriz interpretou brilhantemente a personagem Mariquita, que sofria de mal de Alzheimer. Dois anos depois viveu Doroteia, uma vilã amada pelo público, na segunda versão de Gabriela (2012).

 

Nos anos seguintes Laura marcou presença em Flor do Caribe (2013), Boogie Oogie (2014) e Império (2014). Seu último trabalho, iniciado em 2016 e ainda não finalizado,
é Sol Nascente, em que interpreta mais uma vilã, Sinhá.

SERVIÇO

Ocupação Laura Cardoso

De 22 de fevereiro a 30 de abril

De terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h
(permanência até as 20h30)

Sábado, domingo e feriado, das 11h às 20h

Piso 1

 

Indicada para todas as idades

Entrada gratuita

Acesso para pessoas com deficiência física

Ar condicionado

 

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 12

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô

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