A garantia do acesso de todos os públicos às atividades promovidas pelo Itaú Cultural é ponto de atenção do instituto desde a sua fundação, em 1987. Assim, a instituição também tem implementado ferramentas de acessibilidade às pessoas com deficiência. Atualmente, todas as apresentações de sua programação contam com interpretação em libras, a língua brasileira dos sinais; outras, são acompanhadas de audiodescrição. Essas ferramentas são utilizadas, ainda, nas exposições, que, normalmente, contam com piso e mapa tátil, videoguia e legendas em braile, a Língua Brasileira dos Sinais.

Em Narrativas do Invisível – Mostra Rumos 2015-2016, as quatro mesas de debates, referentes a 12 projetos contemplados nesta edição, serão interpretadas em libras. As outras 12 obras em exposição, nos pisos 1 e -1, vêm acompanhadas de alguma ferramenta no gênero, como audioguia, vídeoguia, audiodescrição e legendas em libras nos audiovisuais. As apresentações dos espetáculos, em outubro, também contam com interpretação em libras e, aos sábados, com audiodescrição.

As edições da revista A Estrela, feitas pela jornalista Natália Martino e o fotógrafo Leo Drumond com recuperandos de unidades prisionais de Minas Gerais, podem ser lidas por cegos sobre mesas com scanner, que transforma os textos em áudio. Os curtas metragens desse projeto também contam com audiodescrição, libras e legendas. O mapa da obra A HISTÓRIA DA _RTE, do artista visual Bruno Moreschi, que revela o que não é levado em consideração pela história oficial da criação artística, tem uma réplica tátil e um caderno com texto em braile.

Os vídeos de Cinema e Sal, projeto audiovisual comunitário realizado com jovens do arquipélago de Cairu (BA), são exibidos com audiodescrição, libras e legendas, assim como o documentário da obra Letras que flutuam, trabalho dos abridores de letras de barcos, artistas que pintam palavras ou nomes em embarcações na Ilha do Marajó no Pará. Esta obra conta, ainda, com peças táteis feitas em madeira da palmeira de Miriti por Valdirzinho, um dos abridores mapeados pelo projeto. Os painéis contam com elementos tridimensionais na pintura.

Duas das fotos em exposição do projeto São Francisco Submerso, do fotógrafo pernambucano Luiz Netto, tem audiodescrição. Elas registram as ruínas de Itacuruba, em Pernambuco, e Rodelas, na Bahia – espaços alagados no final da década de 1980 para dar lugar a usinas hidrelétricas. A mostra tem ainda uma réplica tátil do trípitico Territórios Corporais, em que Yuji Martins Kodato lança mão da macrofotografia para compor uma série de registros de detalhes do corpo de pessoas.

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