Prêmio Itaú Cultural 30 Anos
contempla dez personalidades
em cinco categorias

 

A trajetória, de 1987 a 2017, dos contemplados com a premiação nas cinco categorias do prêmio – Aprender, Criar, Experimentar, Inspirar e Mobilizar – revelam e sintetizam as vocações do instituto. Conheça aqui o perfil e percurso de cada um

APRENDER

Ana Mae Barbosa

(Rio de Janeiro, 1936)

 

Está na gênese da arte-educação brasileira e conjuga em sua trajetória os verbos aprender e ensinar em todos os seus modos e tempos. Professora aposentada da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), desenvolveu, influenciada pelo educador Paulo Freire (1921-1997), o que chamou de abordagem triangular para o ensino de artes, concepção sustentada sobre a contextualização histórica, apreciação da obra e o fazer artístico. Acumula diversos prêmios e mais de uma dezena de livros que são referência para a arte-educação contemporânea.

 

 

 

Mestre Meia-Noite

(Pernambuco, 1957)

 

Gilson Santana é mestre de capoeira, bailarino e educador. Em 1988, fundou o Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo, que visa aproximar a comunidade de Chão de Estrelas, na zona norte do Recife, de suas raízes africanas. Para isso, a entidade promove aulas de percussão, dança e bordado, cursos de alfabetização e reforço escolar, entre outras atividades, para crianças e jovens da região – capacitando-os, até mesmo, para difundir essas técnicas e saberes por meio de outras iniciativas.

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CRIAR

Lia Rodrigues

(São Paulo, 1965)

 

Coreógrafa, está há mais de duas décadas à frente da companhia de dança que leva seu nome. Com um trabalho reconhecido no Brasil e no exterior, Lia Rodrigues chegou a cursar história pela Universidade de São Paulo (USP), mas abandonou a graduação exatamente por causa do envolvimento com a dança. Participou da criação do Grupo Andança e, com pouco mais de 20 anos, foi estudar em Paris (França), integrando a Companhia Maguy Marin. Em 1983, ela voltou ao Brasil, passando a morar no Rio de Janeiro, onde vive até hoje. Lá, entre outras ações, criou e produziu por muitos anos o Festival Rio Cena Contemporânea. Militante em prol de uma política cultural mais justa, mudou a sede da sua companhia para a comunidade Nova Holanda, integrante do Complexo da Maré, em 2007. Além de aulas para a comunidade, o local promove encontros sobre arte e apresenta espetáculos do repertório do grupo e de outros artistas.

 

 

 

Véio

(Sergipe, 1947)

 

Com um nome colocado em homenagem ao Padre Cícero, figura mítica no cenário religioso nordestino, Cícero Alves dos Santos, ganhou ainda criança o apelido de Véio porque gostava muito de andar com pessoas mais velhas para escutar suas histórias. Foi assim que ele ficou conhecido como artista, um dos mais importantes da arte popular brasileira. Autodidata, fez suas primeiras obras na infância, usando cera de abelha. Com mostras já realizadas no Brasil e no exterior, ele faz esculturas em madeira com dimensões muito variadas – de 1 milímetro a 12 metros de altura –, feitas com restos do que ele encontra na mata perto do sítio onde vive, no município sergipano de Feira Nova.

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EXPERIMENTAR

Hermeto Pascoal

(Alagoas, 1936)

 

Para Hermeto, tudo é música. Compositor, arranjador e multi-instrumentista, não cabe em gêneros e conceitos e surpreende com uma profícua produção de dezenas de discos e centenas de shows. É uma referência para sucessivas gerações de artistas populares e eruditos, um mago dos sons. E a invenção no campo artístico transborda em sua percepção de mundo. Aos 80 anos, disponibilizou grande parte de sua obra para uso livre na web.

 

 

 

Teatro da Vertigem

 

A física mecânica aplicada aos movimentos do ator. A pesquisa sem resultados necessários. O tempo expandido. O corpo presente. A (re)ocupação dos espaços. As inquietações sociais e políticas. Essas são algumas das pistas para descobrir o experimentalismo do Teatro da Vertigem, relevante grupo cênico contemporâneo. Criado em 1991, com sede no Bixiga, em São Paulo, realizou mais de 21 espetáculos por diversas cidades, explorando espaços não convencionais e levando o público a ser coator dos trabalhos. Acumula dezenas de prêmios e segue experimentando sua história, protagonizada pelo diretor e encenador Antônio Araújo (Uberaba, Minas Gerais, 1966), o iluminador Guilherme Bonfanti (Leme, São Paulo, 1956) e a diretora Eliana Monteiro (São Paulo, São Paulo, 1965).

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Eliana Sousa Silva

(Serra Branca, Paraíba, 1962)

 

Vive no Rio de Janeiro desde os sete anos. É diretora fundadora da Redes de Desenvolvimento da Maré, instituição da sociedade civil que articula diálogos entre moradores da Maré, o poder público e a iniciativa privada, em busca de um desenvolvimento sustentável a partir de cinco eixos prioritários: educação, arte e cultura, comunicação, desenvolvimento territorial e segurança pública. Graduada em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eliana tem mestrado em educação e doutorado em serviço social. A Maré, onde atua, é um conjunto de 16 favelas com uma população de 129 mil pessoas. Apesar dos problemas, tem entre suas conquistas o fato de ser a favela com o maior número proporcional de habitantes com ensino superior completo, esse também um dos frutos do trabalho da Redes da Maré.

 

 

 

Niède Guidon

(Jaú, São Paulo, 1933)

 

Vive e trabalha no Piauí desde a década de 1970 e foi lá que se tornou um dos nomes mais atuantes na conservação e na manutenção de relíquias pré-históricas em solo brasileiro. Formada em história natural pela Universidade de São Paulo (USP), com doutorado em arqueologia pré-histórica pela Sorbonne (França), é administradora do Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI). Muito mais que administrar esse Patrimônio Cultural da Unesco, Niède Guidon tem estudos arqueológicos que provam a chegada do homem na América muito antes do que se pensava.

INSPIRAR

MOBILIZAR

Davi Kopenawa

(Amazonas, aprox. 1956)

 

Xamã e líder político dos ianomâmis, é um incansável defensor da Floresta Amazônica e do seu povo, composto de mais de 600 comunidades entre as regiões norte do Brasil e sul da Venezuela. Fundador da associação Hutukara, que representa grande parte da etnia no território nacional, foi um dos principais responsáveis – em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92) – pelo reconhecimento da Terra Indígena Ianomâmi por parte do governo brasileiro. Sua trajetória, sua visão de mundo e suas preocupações acerca do meio ambiente são comentadas nos relatos que deu ao etnólogo Bruce Albert e que resultaram no livro A Queda do Céu, publicado no Brasil em 2015.

 

 

 

Sueli Carneiro

(São Paulo, 1950)

 

Filósofa, escritora e ativista, ela é referência no que diz respeito à luta contra as desigualdades racial e de gênero no Brasil. Fundou, em 1988, o Geledés – Instituto da Mulher Negra, por meio do qual criou programas como o S.O.S Racismo – serviço de atendimento jurídico e psicológico a vítimas de discriminação – e o Projeto Rappers, voltado para a juventude negra. Doutora em educação pela Universidade de São Paulo (USP), participou da audiência pública que o Supremo Tribunal Federal realizou em 2010 para discutir a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades brasileiras – e sua defesa foi decisiva para a manutenção da medida.

 

 

 

INÍCIO

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SERVIÇO

Prêmio Itaú Cultural 30 anos

Dias 12 de junho (segunda-feira), das 20h às 22h

Duração: Duas horas com intervenções artísticas entre as entregas

Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer

info@auditorioibirapuera.com.br

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô

Fones: +55 11 2168-1776/1777

atendimento@itaucultural.org.br

www.itaucultural.org.br

Acesso para pessoas com deficiência

Ar condicionado

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

Assessoria de Imprensa:

Conteúdo Comunicação

Fone: +55 11 5056-9800

www.conteudocomunicacao.com.br

 

No Itaú Cultural:

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