Prêmio Itaú Cultural 30 Anos

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Neste ano que marca 30 anos dedicados ao apoio, pesquisa, preservação, ensino, produção, debate, reflexão e difusão no campo das artes e da cultura brasileiras, o instituto premia pessoas, instituições ou coletivos que atuaram de forma expressiva e sinérgica, nesse período, intervindo significativamente na vida artística e cultural do país.

O Prêmio Itaú Cultural 30 Anos homenageia personalidades e instituições em cinco categorias que sintetizam a vocação do instituto: Aprender, Criar, Experimentar, Inspirar e Mobilizar – cada uma contempla dois premiados. Em cerimônia no dia 12 de junho, às 20h, conduzida pela cineasta Marina Person e a jornalista de cultura Adriana Couto e permeada por atrações musicais e performances, no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, a premiação de R$ 100 mil e um troféu por pessoa, será entregue a Ana Mae Barbosa, Mestre Meia Noite, Lia Rodrigues, Véio, Hermeto Pascoal, Teatro da Vertigem, Eliana Sousa e Silva, Niède Guidon, Davi Kopenawa e Sueli Carneiro.

A arte e a cultura do Brasil estão no DNA do Itaú Cultural desde a sua criação, em 1987. Nestes 30 anos, o instituto cresceu, se desenvolveu e transformou acompanhando os debates da sociedade brasileira. Estão em seu legado, o registro de bens culturais, sua preservação e estudo, a formação de uma coleção, o apoio e difusão da cultura com a edição de publicações, o programa Rumos – um dos principais editais de apoio e estímulo à produção cultural e artística brasileira –, a criação da primeira e mais completa enciclopédia das artes do país na web. Sem contar a realização de debates, exposições e extensa programação em todo o território.

Durante essa trajetória o instituto passou por outras mudanças significativas: foi criado um comitê para debater estruturalmente a questão racial e outro para olhar com cuidado e responsabilidade a acessibilidade física e, principalmente, atitudinal por meio da programação, com espetáculos e criações concebidos e realizados por pessoas com deficiência. Mais recentemente, outros temas se somaram às ações do instituto como o debate sobre questões de gênero e das expressões indígenas. Esta é a gênese do Prêmio Itaú Cultural 30 anos, com o propósito de aprofundar e trazer à tona e tais debates.

As categorias

Para a categoria Aprender, a Comissão de Seleção manteve o foco nas ações práticas, reflexivas ou investigativas na área de educação, formal e não formal, que abrangem uma mediação com o mundo da arte e da cultura. Os selecionados foram a arte-educadora Ana Mae Barbosa, que desenvolveu, influenciada pelo educador Paulo Freire (1921-1997), o que chamou de abordagem triangular para o ensino de artes, e Mestre Meia Noite, fundador do Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo, criado para aproximar a comunidade de Chão de Estrelas, na zona norte do Recife, de suas raízes africanas.

A premiação na categoria Criar visa artistas-criadores com trajetória de extrema relevância entre 1987 e 2017: a coreógrafa Lia Rodrigues, que atua na comunidade Nova Holanda, integrante do Complexo da Maré, desde 2007, e Cícero Alves dos Santos, mais conhecido como Véio, um dos mais importantes artistas da arte popular brasileira.

Experimentar se dirige a criadores que, com suas pesquisas e reflexões, foram referenciais e/ou impulsionaram transformações de linguagens artísticas e culturais pelo país. Recebem o prêmio, o compositor, arranjador e multi-instrumentista Hermeto Pacoal e o Teatro da Vertigem, nas mãos de seus integrantes, o diretor e encenador Antônio Araújo, o iluminador Guilherme Bonfanti e a diretora Eliana Monteiro.

A diretora e fundadora da Redes de Desenvolvimento da Maré, instituição da sociedade civil que articula diálogos entre moradores da Maré, o poder público e a iniciativa privada, Eliana Sousa e Silva, e a administradora do Parque Nacional da Serra da Capivara, Niéde Guidon, recebem o prêmio na categoria Inspiração. Esta é dirigida a pensadores que transformaram os campos de atuação e/ou de pesquisa e inspiram seguidores até hoje.

Completando as cinco categorias, Mobilização contempla líderes ou coletivos que realizaram ações mobilizadoras e transformadoras de cenário, provocando alterações, revisões e reflexões. São eles, Davi Kopenawa, xamã e líder político dos ianomâmis, e a filósofa, escritora e ativista Sueli Carneiro, criadora, em 1988, do Geledés – Instituto da Mulher Negra.

A seleção

Para chegar a esses nomes, o instituto criou uma Comissão de Seleção composta pelos professores, curadores e críticos de arte Agnaldo Farias e Carlos Augusto Calil, a escritora Ana Maria Gonçalves, o multiartista Antonio Nóbrega, a jornalista e crítica de arte Beth Néspoli, e a escritora e pesquisadora Heloisa Buarque de Hollanda, além de gestores do Itaú Cultural: Ana Sousa de Fátima, gerente do Núcleo de Comunicação, Edson Natale, gerente do Núcleo de Música, Galiana Brasil, gerente do Núcleo de Artes Cênicas e Valéria Toloi, gerente do Núcleo de Educação e Relacionamento. O diretor do instituto, Eduardo Saron foi o mediador da comissão.

As escolhas foram feitas a partir de nomes do campo da arte e cultura indicados pela instituição, considerando a relevância de sua atuação ao longo desses 30 anos (1987 - 2017) e que tenham transbordado suas áreas de atuação específica, equacionando, ainda, de maneira harmoniosa a sua presença geográfica, por linguagem e por gênero.

INÍCIO

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SERVIÇO

Prêmio Itaú Cultural 30 anos

Dias 12 de junho (segunda-feira), das 20h às 22h

Duração: Duas horas com intervenções artísticas entre as entregas

Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer

info@auditorioibirapuera.com.br